Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa que teve por objetivo investigar como os discursos de diferentes campos de saber se articulam para constituir as práticas pedagógicas das professoras do Atendimento Educacional Especializado (AEE) que atuam em salas de recursos multifuncionais de um município do Rio Grande do Sul. Toma como objeto empírico o material produzido a partir de entrevistas semiestruturadas com cinco professoras do AEE. A pesquisa fundamentou-se na perspectiva pós-estruturalista, principalmente no pensamento de Michel Foucault. Assim, o conceito de discurso foi utilizado como ferramenta teórico-metodológica para tratar, organizar e analisar o volume de informações produzidas a partir do exame do material empírico. Os resultados da pesquisa possibilitam afirmar que: (1) alguns discursos-especialmente os discursos legais e psicológicosfundamentam a formação acadêmica e profissional das professoras do Atendimento Educacional Especializado e acabam participando da produção das práticas realizadas na sala de recursos multifuncional; (2) as práticas desenvolvidas na sala de recursos multifuncional têm se voltado com maior ênfase para o atendimento clínico-terapêutico e, de forma mais incipiente, para o atendimento pedagógico especializado. Palavras-chave: inclusão escolar, atendimento educacional especializado, sala de recursos.
resumo: Este artigo apresenta e discute os resultados de uma análise realizada a partir da produção acadêmica de uma importante associação de pesquisa em educação do Brasil, a ANPEd, desenvolvida por pesquisadoras e pesquisadores vinculados ao GT 23: Gênero, Sexualidade e Educação. Tal análise foi elaborada para subsidiar pesquisas vinculadas a um Programa de Pós-Graduação em Educação. A partir dessa produção, tomando como referencial teórico os Estudos de Gênero e os Estudos Foucaultianos, o presente artigo examina 25 trabalhos apresentados em reuniões anuais, entre 2004 e 2014. Essa análise possibilita refletir sobre os modos como gênero e sexualidade são abordados ao focalizar a formação de professores, e oferece contribuições para que se possa construir e delimitar futuros problemas de pesquisa sobre esses temas. pAlAvrAs-ChAve: Gênero. Sexualidade. Formação de professores. ANPEd.
RESUMO O presente ensaio busca problematizar a questão “Por que precisamos da diferenciação pedagógica?”, considerando o debate educacional estabelecido no decorrer do século XX acerca da individualização. Alvo de críticas bastante severas, assim como bandeira de luta de movimentos que apregoam a inovação pedagógica, o conceito de individualização carece de uma reflexão interdisciplinar que efetivamente o mantenha no campo da controvérsia. Ao longo do ensaio, defende-se que a ênfase exclusiva na sociedade pode se converter em violência (na forma dos variados totalitarismos engendrados no século XX), ao mesmo tempo que a ênfase exclusiva no indivíduo, além de pedagogicamente irresponsável, bloqueia as possibilidades de diálogo, a convivência democrática e a constituição de uma pauta formativa comum.
Este artigo apresenta e discute os resultados de uma análise realizada a partir da produção acadêmica de uma importante associação de pesquisa em educação do Brasil, a ANPEd, desenvolvida por pesquisadoras e pesquisadores vinculados ao GT 23: Gênero, Sexualidade e Educação. Tal análise foi elaborada para subsidiar pesquisas vinculadas a um Programa de Pós-Graduação em Educação. A partir dessa produção, tomando como referencial teórico os Estudos de Gênero e os Estudos Foucaultianos, o presente artigo examina 25 trabalhos apresentados em reuniões anuais, entre 2004 e 2014. Essa análise possibilita refletir sobre os modos como gênero e sexualidade são abordados ao focalizar a formação de professores, e oferece contribuições para que se possa construir e delimitar futuros problemas de pesquisa sobre esses temas.Palavras-chave: gênero; sexualidade; formação de professores; ANPEd.
<p>O presente artigo tem como objetivo examinar e problematizar os significados acerca dos processos de avaliação escolar que, contemporaneamente, são produzidos no interior do discurso pedagógico e os modos pelos quais são visibilizados por revistas brasileiras, contribuindo para a produção de uma educação cada vez mais individual e customizada. Para análise do material empírico toma-se como pano de fundo os estudos sociológicos de Zygmunt Bauman sobre os processos de individualização e responsabilização dos indivíduos dentro de uma racionalidade neoliberal. Mostra-se que a proliferação de mecanismos para avaliação dos estudantes atua de um lado produzindo maior controle e intensificação do trabalho docente e de outro opera fortalecendo a constituição de uma educação cada vez mais customizada diminuindo as possibilidades para que a escola atue como um espaço de transmissão de uma “cultura comum”.</p>
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