Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa que teve por objetivo investigar como os discursos de diferentes campos de saber se articulam para constituir as práticas pedagógicas das professoras do Atendimento Educacional Especializado (AEE) que atuam em salas de recursos multifuncionais de um município do Rio Grande do Sul. Toma como objeto empírico o material produzido a partir de entrevistas semiestruturadas com cinco professoras do AEE. A pesquisa fundamentou-se na perspectiva pós-estruturalista, principalmente no pensamento de Michel Foucault. Assim, o conceito de discurso foi utilizado como ferramenta teórico-metodológica para tratar, organizar e analisar o volume de informações produzidas a partir do exame do material empírico. Os resultados da pesquisa possibilitam afirmar que: (1) alguns discursos-especialmente os discursos legais e psicológicosfundamentam a formação acadêmica e profissional das professoras do Atendimento Educacional Especializado e acabam participando da produção das práticas realizadas na sala de recursos multifuncional; (2) as práticas desenvolvidas na sala de recursos multifuncional têm se voltado com maior ênfase para o atendimento clínico-terapêutico e, de forma mais incipiente, para o atendimento pedagógico especializado. Palavras-chave: inclusão escolar, atendimento educacional especializado, sala de recursos.
Resumo Tendo a docência brasileira como objeto de pesquisa, a partir de uma perspectiva histórica, o presente artigo procura responder ao seguinte questionamento: quais práticas podem ser descritas acerca da docência brasileira na literatura pedagógica da segunda metade do século XX? Realiza-se uma análise documental de três obras de importante impacto na literatura educacional e propõe-se um breve exercício analítico, que, longe de esgotar tais fontes documentais, busca mapear algumas pistas acerca das concepções de pesquisa sobre a docência na educação básica que predominaram no Brasil. Assim, são mapeadas três tendências que compuseram (e ainda compõem) as pautas da pesquisa acadêmica nesse período, quais sejam: na década de 1960, as articulações entre docência e tradicionalismo; na década de 1980, os debates em torno da competência técnica e do compromisso político; e nos anos 1990, a centralidade na prática dos professores.
resumo: Este artigo apresenta e discute os resultados de uma análise realizada a partir da produção acadêmica de uma importante associação de pesquisa em educação do Brasil, a ANPEd, desenvolvida por pesquisadoras e pesquisadores vinculados ao GT 23: Gênero, Sexualidade e Educação. Tal análise foi elaborada para subsidiar pesquisas vinculadas a um Programa de Pós-Graduação em Educação. A partir dessa produção, tomando como referencial teórico os Estudos de Gênero e os Estudos Foucaultianos, o presente artigo examina 25 trabalhos apresentados em reuniões anuais, entre 2004 e 2014. Essa análise possibilita refletir sobre os modos como gênero e sexualidade são abordados ao focalizar a formação de professores, e oferece contribuições para que se possa construir e delimitar futuros problemas de pesquisa sobre esses temas. pAlAvrAs-ChAve: Gênero. Sexualidade. Formação de professores. ANPEd.
<p>O presente artigo tem como objetivo examinar e problematizar os significados acerca dos processos de avaliação escolar que, contemporaneamente, são produzidos no interior do discurso pedagógico e os modos pelos quais são visibilizados por revistas brasileiras, contribuindo para a produção de uma educação cada vez mais individual e customizada. Para análise do material empírico toma-se como pano de fundo os estudos sociológicos de Zygmunt Bauman sobre os processos de individualização e responsabilização dos indivíduos dentro de uma racionalidade neoliberal. Mostra-se que a proliferação de mecanismos para avaliação dos estudantes atua de um lado produzindo maior controle e intensificação do trabalho docente e de outro opera fortalecendo a constituição de uma educação cada vez mais customizada diminuindo as possibilidades para que a escola atue como um espaço de transmissão de uma “cultura comum”.</p>
Este artigo apresenta e discute os resultados de uma análise realizada a partir da produção acadêmica de uma importante associação de pesquisa em educação do Brasil, a ANPEd, desenvolvida por pesquisadoras e pesquisadores vinculados ao GT 23: Gênero, Sexualidade e Educação. Tal análise foi elaborada para subsidiar pesquisas vinculadas a um Programa de Pós-Graduação em Educação. A partir dessa produção, tomando como referencial teórico os Estudos de Gênero e os Estudos Foucaultianos, o presente artigo examina 25 trabalhos apresentados em reuniões anuais, entre 2004 e 2014. Essa análise possibilita refletir sobre os modos como gênero e sexualidade são abordados ao focalizar a formação de professores, e oferece contribuições para que se possa construir e delimitar futuros problemas de pesquisa sobre esses temas.Palavras-chave: gênero; sexualidade; formação de professores; ANPEd.
O presente texto propõe-se a estabelecer uma reflexão crítica sobre a profissionalização do magistério no Brasil, revisitando os primeiros estudos sociológicos de Luiz Pereira acerca da escolarização em nosso país. Utilizando-se do procedimento metodológico da análise documental e operando com o conceito de prática a partir dos Estudos Foucaultianos, é possível mapear e descrever alguns enunciados que se referem à profissionalização do magistério na década de 1960, no Brasil. O primeiro desses enunciados mapeados se refere ao declínio da concepção artesanal-missionária relacionada à docência em processo de substituição por concepções mais burocratizadas dessa profissão. O segundo enunciado relaciona-se com as capacidades integrativas, mostrando como a integração de papéis domésticos e profissionais no magistério fortaleceu sua feminização no período analisado.
RESUMO O presente ensaio busca problematizar a questão “Por que precisamos da diferenciação pedagógica?”, considerando o debate educacional estabelecido no decorrer do século XX acerca da individualização. Alvo de críticas bastante severas, assim como bandeira de luta de movimentos que apregoam a inovação pedagógica, o conceito de individualização carece de uma reflexão interdisciplinar que efetivamente o mantenha no campo da controvérsia. Ao longo do ensaio, defende-se que a ênfase exclusiva na sociedade pode se converter em violência (na forma dos variados totalitarismos engendrados no século XX), ao mesmo tempo que a ênfase exclusiva no indivíduo, além de pedagogicamente irresponsável, bloqueia as possibilidades de diálogo, a convivência democrática e a constituição de uma pauta formativa comum.
O presente artigo deriva-se de uma investigação que objetivou compreender os variados sentidos formativos advindos das políticas de educação integral implementadas pelo Estado brasileiro nas duas primeiras décadas do século XXI. A pesquisa foi organizada a partir de uma metapesquisa que abrangeu a produção científica brasileira em periódicos. Após uma incursão genealógica na história do conceito, apresentada na primeira seção, foram mapeados alguns sentidos predominantes acerca da noção de educação integral na Modernidade Pedagógica. Posteriormente, são explicitados os procedimentos investigativos que foram mobilizados para a realização da metapesquisa. Por fim, são apresentadas as quatro tendências investigativas que predominaram no debate acadêmico sobre as políticas de educação integral, quais sejam: a) tempos escolares e a integralidade educativa; b) políticas e gestão da escola integral; c) territórios e comunidades educativas; d) currículos, saberes e práticas pedagógicas.
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