The purpose was to analyze gender differences in the graffiti written on restroom walls by Brazilian students. We compared graffiti produced by men and women at secondary schools and on the university campus. We expected that the gender gap would be narrower in the older and more schooled group of undergraduates. Of the total of 1349 graffiti collected in 56 restroom stalls, 37% came from the university and 63% from secondary schools. At secondary schools we found less graffiti in women's than in men's restrooms, but no significant difference on the university campus In both places romantic contents predominated in women's restrooms but in men's restrooms they were virtually absent. A striking finding, which is contrary to previous studies, was the high frequency of sexual graffiti in women's restrooms on campus, comparable to that found in men's restrooms. Sex became a more central theme of both men's and women's graffiti on campus than in secondary schools. On the whole, a greater number of categories distinguished the sexes at the secondary school than on campus (7 vs 2). This supports the hypothesis of a narrower gender gap with increasing education.
Foram analisadas diferenças de gênero em grafitos de banheiro (N = 1349), focalizando-se aspectos da sexualidade humana. Grafitos foram coletados em banheiros de "cursinhos" pré-vestibulares e de uma universidade, localizados em São Paulo, SP, Brasil. Não foram encontradas diferenças de gênero significativas em termos de freqüência de grafitos sexuais. Contudo, a análise do conteúdo sexual das inscrições revelou diferenças significativas. Foi utilizado o Modelo de Regressão Logística para verificar quais categorias de grafitos sexuais diferenciavam homens de mulheres. Nos "cursinhos", as categorias diferenciadoras foram "analidade" (B: 1,7560, gl = 1, p <= 0,01) e "xingamento" (B: 0,8843, gl = 1, p <= 0,01), temas preferidos pelos homens. Na universidade, as categorias diferenciadoras foram "xingamento" (B: 0,4445, gl = 1, p <= 0,05) e "elogio sexual" (B: -0,7654, gl = 1, p <= 0,05): os homens produziram maior número de xingamentos, enquanto que as mulheres realizaram mais elogios. "Xingamento", portanto, foi uma categoria diferenciadora de gêneros nos dois ambientes: os homens se mostraram mais agressivos que as mulheres ao produzirem grafitos sexuais. Este resultado indica que pode haver alguma relação entre agressividade e sexualidade.
A insatisfação com a imagem corporal (IIC) tem sido cada vez mais perceptível entre os adolescentes. O objetivo deste estudo foi o de identificar o que é retratado pelos artigos científicos, nos últimos anos, sobre a IIC em adolescentes e sua relação com a mídia, padrões de beleza impostos pela sociedade e transtornos alimentares. Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada por meio de busca de artigos publicados em periódicos indexados no Portal Periódicos da Capes, de janeiro de 2015 a outubro de 2021, com a temática de IIC em adolescentes de 12 a 19 anos. Foram analisados 12 artigos, identificados após rastreio e aplicação dos critérios de inclusão. Observou-se, de um modo geral, uma mensagem comum no que tange à influência cultural, de que os meninos são impulsionados a praticarem atividades esportivas com maior enfoque no desenvolvimento de força física, e as meninas são estimuladas a fazerem exercícios físicos para perda de peso, podendo tais condições serem impulsionadas por um padrão social e midiático de padrão de beleza. Fatores como bem-estar, transtornos alimentares, estado de humor e sintomas depressivos podem estar interligados com a IIC. Diante desses achados, é preciso ofertar a todos os jovens, por meio de políticas públicas, nos mais diversos ambientes, como o escolar, oportunidade de discussão sobre a temática imagem corporal, mídia e sociedade com o objetivo de minimizar problemas de saúde e transtornos físicos e sobretudo mentais, em decorrência de uma imposição social-midiática de um padrão de beleza.
ResumoO presente estudo avaliou a associação da saúde mental com fatores do ambiente de trabalho de professores brasileiros. Para tanto, foram aplicados um questionário semiestruturado com questões socioeconômicas e o Hospital Anxiety and Depression Scale para 499 professores, recrutados por meio do Facebook e Instagram. Desses, 391 eram do gênero feminino e 108 do masculino. Verificou-se que 32,7% apresentaram escore indicativo de improvável quadro de ansiedade; 26,8% possível e 40,5% provável. Por outro lado, 45,1% exibiram escore de improvável depressão; 31,5% possível e 23,4% provável. Foi identificado que ser do gênero feminino interferiu negativamente nos escores de ansiedade e depressão (p<0,001); assim como a inadequação e insatisfação com a renda (p<0,001); a classificação como péssimo ou regular ambiente de trabalho (p<0,001); o espaço físico inadequado (p<0,001); ter sofrido violência provocada pelos estudantes ou seus respectivos pais (p<0,001). Além disso, trabalhar por um tempo ≥40 horas (p=0,030) foi indicativo de maior ansiedade. Muitos professores brasileiros sofrem com quadros de ansiedade e depressão e fatores controláveis interferem diretamente. Sugere-se que o poder público e os proprietários de escolas privadas intervenham nesses contextos para evitar o colapso da saúde desses profissionais.
O presente estudo teve como objetivo revisar sobre os aspectos que possam relacionar as concepções acerca da imagem corporal (IC), a prática de exercícios físicos, bullying e transtornos alimentares (TA) em adultos. Trata-se de uma revisão sistemática. Foi realizada uma busca de artigos sobre o tema na base de dados Portal Periódicos da Capes publicados entre as datas 01/01/2016 e 08/10/2021, sendo selecionados os artigos que corresponderam ao tema proposto e excluídos todos os que eram revisões bibliográficas, resenhas, livros, teses, dissertações e estudos que não abrangessem o tema escolhido. Foram selecionados 14 artigos. De um modo geral, esses apontaram um alto índice de indivíduos adultos insatisfeitos com sua IC, em sua maioria do sexo feminino, que buscavam diminuir suas silhuetas, enquanto os indivíduos do sexo masculino desejavam aumentar sua massa corporal. Houve menções sobre associações entre a estimação da imagem corporal e as variáveis, como a prática de exercícios, indícios de TA, doenças e/ou sintomas depressivos, distorções na imagem corporal, estilo de vida e outros, sem estabelecer uma relação entre essas percepções negativas com riscos de bullying e transtornos relacionados que possam ter sido vivenciados na adolescência. Grande influência da mídia, família, amigos e os padrões socialmente estabelecidos sobre a percepção que os indivíduos detêm sobre sua imagem corporal foi relatada. Diante desse contexto, é necessário descontruir a imagem de um corpo padrão perfeito pela própria mídia e espaços como escolas e ambiente familiar, evitando que se multipliquem quadros de distorção de IC, TA e consequentes quadros de depressão.
Em dezembro de 2019, foi notificado, na China, o primeiro caso do mundo de COVID-19. Já em março de 2020, em função dessa doença, as escolas começaram a ser fechadas no Brasil. Diante desse contexto, o presente estudo teve como objetivo verificar sob a óptica dos professores da Educação Básica brasileira se a educação brasileira estava preparada para toda essa conjuntura promovida pela pandemia da COVID-19. Para tanto, foi aplicado um questionário estruturado em um número máximo possível de professores. A divulgação do estudo perdurou entre os meses de junho e agosto de 2020, via Facebook e Instagram, e teve a intenção de entrevistar uma amostra de conveniência de pelo menos 500 professores. Foi identificado que grande parte deles não estavam preparada para o ensino remoto emergencial (ERE) e que não tinham estrutura de trabalho adequada em suas casas para suas ações. Além disso, relataram que boa parte dos estudantes não participaria ou participaria do ERE e demonstraram receio quanto à possibilidade de aglomerações e contaminação pela COVID-19 em escolas, assim como ansiedade e preocupação quanto ao ERE. Sugere-se que o contexto analisado é suficiente para promover desgastes emocionais e sobrecarga de trabalho. É intuitivo concluir ser necessário que os órgãos governamentais desenvolvam políticas de acompanhamento próximas aos professores, instituindo programas de acompanhamento psicológico, bem como que criem políticas de capacitação em ferramentas tecnológicas de forma contínua e retomem mais políticas de investimentos em educação, melhorando os processos de ensino-aprendizagem e reduzindo riscos de piora das condições de trabalho docente. Palavras-chave: Educação. COVID-19. Pandemia
A escola é um ambiente de pluralidade de ideias e situações de conflitos. Neste estudo, objetivou-se avaliar os quadros de violência escolar sofrida por professores. Para tanto, um questionário online foi aplicado em professores da rede básica de ensino avaliando questões socioeconômicas e violência escolar. Muitos professores relataram já terem sofrido algum tipo de violência, predominantemente a agressão verbal. Outros tipos também foram identificados: agressão física, ameaças, dano ao patrimônio, assédio sexual e racismo. Observou-se que professores das redes municipal e estadual estão mais expostos, mulheres e os que atuam no Centro-Oeste. Conclui-se que são muitos professores sujeitos à violência em seu ambiente de trabalho. Adicionalmente, o fato de termos encontrado um maior percentual dessa violência nas redes municipal e estadual indica um possível baixo investimento, por parte dos governos estaduais e municipais, na qualidade do trabalho docente e no controle de indicadores que podem estar ligados a essa violência.
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