This article aims to analyze the 1814 novel The Wanderer, or female difficulties by English writer Frances Burney and how its depiction of Britain at the time of the French Revolution can contribute to the understanding of the emergence of what François Hartog called the modern regime of historicity. Like many authors analyzed by Hartog in his books Regimes of Historicityand Croire en Histoire, Burney was personally affected by the French revolutionary process, a fact that is reflected in her last work. However, the time of its publication – when the Napoleonic Wars were at their end – made it outdated, something that was compounded by the debates regarding the Revolution and issues of gender that it was steeped in. By analyzing this novel, I will argue that issues of gender also played a role in the changes of how men and women related to time at this period as part of the transformations in the concept of History that occurred at the turn of the eighteenth century.
Em 1824, o romancista nova-iorquino James Fenimore Cooper empreendeu uma viagem de pesquisa até a cidade de Boston, Massachusetts, para escrever o romance histórico Lionel Lincoln. A intensão inicial do autor era publicar uma série de treze romances, cada um ambientado nas treze colônias que deram origem aos Estados Unidos da América durante os eventos da Guerra de Independência (1775-1783) intitulada Legends of the thirteen republics. No entanto, o fracasso desta obra sepultou a ideia e Lionel Lincoln ficou sendo o único de seus trabalhos que Cooper considera uma “obra histórica”. Apesar de não ter feito sucesso de crítica ou público, Lionel Lincoln não deixa de ser um exercício em gênero que ainda não tinha muitos adeptos no continente americano e que mostra a apropriação de diversos tipos de narrativa por parte de seu autor, sobretudo o romance gótico e relatos de campanhas militares. O objetivo deste trabalho é analisar essas apropriações tendo em vista o estabelecimento de uma forma de prosa romanesca que ainda estava em desenvolvimento no início do século XIX.
Resumo:Este artigo evidencia como a fronteira americana em seu avanço inexorável para Oeste produziu obras ficcionais muito carregadas de emoção, mesmo passados os tempos épicos dos pioneiros. Mais que isso, elas recriaram os seus dramas fora daquelas paisagens ocupadas pelos grandes rebanhos de gado e seus cowboys, mas justamente nos núcleos civilizatórios que já se haviam instalado no Oeste. A mitologia dos pioneiros mudava para uma realidade menos glamourizada, mas talvez mais verossímil. Assim, o que propomos é uma leitura comparada de dois contos que se reportam ao avanço da fronteira "civilizatória" para o Oeste:
O presente artigo tem como objetivo fazer algumas considerações sobre as questões que tangem a relação entre a história e a literatura na primeira metade do século XIX, especificamente nos Estados Unidos, através do romance The spy (1821) do nova-iorquino James Fenimore Cooper (1789-1851) e de textos críticos do autor contemporâneos à essa obra. Buscar-se-á elucidar algumas questões sobre como eram pensados os papeis do historiador e do romancista naquele contexto específico e de como essas diferenças se refletem no processo de formação de Cooper enquanto autor de um determinado modelo de romance histórico.
RESUMO O presente artigo tem como objetivo analisar o romance The Antiquary, do escritor escocês Walter Scott, em sua relação com as transformações no conceito de história no período entre o final do século XVIII e o início do século XIX. Essas transformações dizem respeito não apenas a práticas historiográficas, mas também à própria história enquanto experiência e que, de acordo com as teses de autores como Reinhart Koselleck e François Hartog, fundamentalmente ensejaram a queda do Antigo Regime. O romance de Scott trata do encontro entre um jovem oficial do exército britânico de origem obscura e um antiquário na costa da Escócia na década de 1790. Não apenas ambos lidam com o mistério das origens do jovem oficial, mas também com o impacto das transformações políticas ocorridas no continente e como elas incidem na estrutura da sociedade britânica do período.
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