RESUMO Este artigo, escrito no formato de ensaio teórico, tem como objetivo apresentar a necessidade de um pensamento multiculturalmente orientado na Educação Musical, bem como apresentar um possível caminho teórico para professores e pesquisadores que se interessam pelo tema. Para tal, se argumenta que por meio do entendimento de como os conceitos de cultura, currículo e identidade se relacionam entre si e com a Música, poder-se-á compreender a urgência de uma Educação Musical multicultural. Por fim, aponta-se caminhos para que tal filosofia educacional se torne algo concreto nas salas de aula.
The objective of this research was to analyze the daily life of a teacher in a public school located in the city of Valença - RJ. According to Alves (2003), each day of the school is different, therefore, it is necessary that different types of studies show how knowledge is constructed and reconstructed in the school environment, as well as highlight what are the expectations of the teacher in relation to teaching and report the their working conditions. This is a qualitative research (Gerhardt & Silveira, 2009), which were produced through on-site observations of the school's daily life and based on a semi-structured interview conducted with the teacher. Once produced, the data were analyzed via categorization (Moraes, 1999). The results point to the precariousness of the school, the difficulties that the teacher goes through in the exercise of teaching and a mixture of hope and pessimism in relation to the changes in the actions of the authorities in relation to rural education.
RESUMO: O presente artigo tem como objetivo levantar reflexões sobre como as diferentes abordagens do multiculturalismo podem favorecer ou desfavorecer a inclusão escolar. Este texto se torna importante, pois o reconhecimento da falta de neutralidade do multiculturalismo, que pode ser tanto utilizado por grupos que buscam resistir à imposição cultural como por grupos que querem a normalização da sociedade, é extremamente necessário para pensarmos o multiculturalismo como uma verdadeira política de inclusão. De cunho qualitativo e elaborado sob a forma de um ensaio teórico, este artigo chega à conclusão de que não existe uma abordagem multicultural perfeita e que todas elas, com maior ou menor grau, favorecem a exclusão. Devemos, portanto, não engessar nossas práticas em somente uma e usar favoravelmente essas diferentes abordagens em prol de uma inclusão mais abrangente dos nossos estudantes. (2012) concordam que discussões sobre temas relacionados à diversidade cultural e religiosa, relações étnico-raciais e atitudes feitas para incluir indivíduos pertencentes a grupos que são historicamente estereotipados e marginalizados no cotidiano escolar estão em voga no momento atual, configurando-se, de certa forma, em um modismo. PALAVRAS-CHAVE: Multiculturalismo. Inclusão Educacional. Legislação do Ensino. INTRODUÇÃO Autores como Canen e Xavier (2011), Candau (2008) e WalshTalvez tal modismo se dê pelo fato de que, nas últimas décadas, tem havido uma preocupação dos governos de vários países da América do Sul, tais como o Equador, Bolívia e Guatemala, em reconhecer suas próprias realidades plurais e em implementar políticas públicas
O presente texto, escrito em formato de ensaio teórico e amparado pela crítica decolonial, disserta sobre questões éticas, metodológicas e pedagógicas imbricadas ao processo de ensino e aprendizagem de instrumentos não ocidentais. Pretende-se argumentar que determinados instrumentos musicais têm uma relação intrínseca com determinada espiritualidade, grupo étnico e/ou uso social, o que, por conseguinte, levanta reflexões sobre como um(a) professor(a) que não faz parte de tal ambiente cultural deveria (ou não) ensinar sobre tal instrumento para estudantes que também não são oriundos de tal cultura. Dentre diferentes possibilidades, as reflexões aqui tecidas terão como ponto de partida instrumentos provenientes da etnia Guarani Mbya e do candomblé Ketu. De forma geral, o artigo recomenda que as(os) professores(es) interessadas(os) em ensinar músicas e instrumentos de outras culturas busquem também informar as(os) estudantes sobre o contexto cultural, e o uso social e religioso no qual tais instrumentos estão situados. Tal atitude diminuiria a possibilidade de (re)produção de estereótipos sobre tais culturas no processo de ensino de Música e potencializaria a aprendizagem sobre elas, corroborando para o desenvolvimento da sensibilização cultural, bem como uma interpretação instrumental mais bem executada.
Este artigo tem como objetivo analisar como questões de interesse do multiculturalismo, como diferenças de raça, gênero e sexualidade, perpassam o cotidiano da gestão de uma escola particular localizada à zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Parte-se do pressuposto de que uma gestão realmente democrática não pode deixar omisso o tratamento de tais assuntos. Para tal, foi feita uma análise documental do Boletim Informativo da escola, observações do conselho de classe relativo ao ensino fundamental I junto à mesma e uma entrevista semiestruturada com a diretora adjunta da instituição. De forma geral, os resultados apontam para uma dicotomia: embora a escola teoricamente se esforce em tratar positivamente de problema relacionados com as diferenças culturais junto aos discentes, foi notado que parte da equipe gestora e parte das(os) professoras(es) parece reproduzir estereótipos relacionados ao gênero e à sexualidade.
Diferentes linguagens artísticas perpassaram o dossiê, contudo todos os textos são unânimes em indicar que ainda existe a necessidade de haver uma melhor preparação do profissional da educação que irá atuar nessa frente. Nesse sentido, esses textos tensionam a formação inicial e continuada de professores de Arte e explicitam que a inclusão em diferentes ambientes artístico-educacionais é urgente.
Sabe-se do estado de precarização da docência enquanto profissão no Brasil. Não são desconhecidas as péssimas condições de trabalho em que milhares e milhares de professores(as) precisam desempenhar suas práticas docentes. Tal precariedade inclui, por exemplo, escolas sucateadas e insalubres, pouco material de trabalho (como livros didáticos, paradidáticos e demais materiais impressos, quadros, canetas, laboratórios etc.), salários indecorosos, pouco prestígio social, pressões excessivas por resultados, formação, por vezes, pouco condizente com a prática, haja vista a ênfase nas teorizações e afastamento das demandas sociais, entre outros aspectos (Saviani, 2011;Gatti, 2014). No que concerne a esta questão, Lüdke e Wall (1983), baseadas na literatura inglesa, apontam essa disparidade e desestabilização provocada no encontro dos saberes e formação universitária com a realidade social de reality shock.Contudo, sabe-se também do poder que os(as) professores(as) têm em suas mãos: o conhecimento, que tem potencial para abalar a sociedade, formando cidadãs(os) conscientes e críticos, capazes de modificar as estruturas dominantes socialmente estabelecidas (Young, 2007(Young, , 2011. Nessa perspectiva, concorda-se que a precarização da educação e da docência é, na verdade, um projeto que visa evitar modificações sociais e manter as elites no poder.Porém, apesar desses poderes "latentes", o(a) professor(a) é visto(a) como um(a) fraco(a), despreparado(a), digno(a) de pena; em suma, é desprestigiado socialmente, ou seja, subalternizado (Spivak, 2010). De acordo com a autora, os subalternos são sujeitos heterogêneos e plurais, mas que, por conta da atuação de forças coercitivas, consideramos uma categoria alijada de poder, e têm sua autonomia cerceada. Desse modo, conforma-se o processo de marginalização, na medida em que as vozes desses sujeitos são silenciadas, na medida em que não ocupa um lugar na hegemonia enunciativa. Sua voz, então, não pode ser ouvida, posto que não há vigor enunciativo nem produção discursiva ocupando um espaço de amplificação
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