RESUMO: EStE tExtO pREtEndE diScUtiR algUMaS qUEStõES SObRE a lEitURa litERáRia E O papEl da litERatURa na EScOla, SEUS pRESSUpOStOS hiStóRicOS E tEóRicOS E O pRagMatiSMO daS atividadES pEdagógicaS EnvOlvidOS nES-Sa ESpEcificidadE dE lEitURa. abStRact: thiS papER will diScUSS SOME qUEStiOnS abOUt thE litERaRy REading and thE ROlE Of litERatURE in SchOOl, thEiR hiStORical and thEOREtical aSSUMptiOnS and pRagMatiSM Of thE activitiES invOlvEd in SpEcific tEaching Of REading.
A recepção, de Aristóteles aos modernosMatéria que foi objeto de consideração da Teoria da Literatura nas últimas décadas do século XX, a recepção pode reivindicar procedência ilustre e milenar, já que, observada sob o enfoque da longue durée, como a concebe Fernand Braudel, * remonta a Aristóteles e à Poética. Nessa obra, em que defi ne a poesia enquanto mímesis, Aristóteles reconhece que a representação de ações humanas provoca um efeito sobre o público. Esse efeito, a catarse, tem características pró-prias, facultando ao ser humano experimentar emoções intensas, ao mesmo tempo expurgando-as e purifi cando-se. A catarse é introduzida por Aristóteles no contexto de sua defi nição de tragédia:É a tragédia a representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem exornada, cada parte com o seu atavio adequado, com atores agindo, não narrando, a qual, inspirando pena e temor, opera a catarse própria dessas emoções. * Na tragédia, a mímesis é direta, porque as personagens aparecem por meio das ações -práxis -dos atores; e essas ações inspiram "pena e temor" ou, segundo outra tradução, piedade e terror. * Esses sentimentos não são sofridos pelas fi guras que se encontram no palco, mas pelos espectadores que ocupam o anfi teatro. Catarse signifi ca, pois, a reação de cada indivíduo que participa da audiên-cia da tragédia, sendo que, para Aristóteles, apenas aquele gênero produz, de modo cabal, tal resultado em seus destinatários.Aristóteles expõe sua tese em um tempo em que a transmissão da poesia fazia-se por meio da voz, e não da escrita, sendo vivenciada de modo direto. A tragédia duplica esse processo, já que pertence à sua natureza delegar à fala a construção da fábula, sem mediações, como é a do narrador, no caso da epopéia. Por essa razão, a catarse se apresenta de modo pleno, enquanto que nos outros gêneros praticados pelos gregos, a poesia épica, no âmbito da narrativa, ou a comé-dia, no âmbito do drama, o processo dá-se de modo parcial.
Fastos da ditadura militar (1890), by Eduardo Prado, contains the fi ve articles originally published between 1889 and 1890 in the Revista de Portugal. In the fi rst two articles, he condemns the republican regime then recently established; in the following three articles, he examines the diplomatic, fi nancial and ethical errors of Deodoro da Fonseca's government. As a conclusion, he warns about the role the Army will play from then on in Brazilian life, assigning to his articles the role of document and diagnosis of a period of national history. Resumo: EduardoPrado reuniu no livro Fastos da ditadura militar, de 1890, os cinco artigos originalmente publicados entre 1889 e 1890 na Revista de Portugal, editada em Paris. Nos dois primeiros artigos, condena o regime republicano então recentemente implantado, nos três seguintes examina os equívocos diplomáticos, fi nanceiros e éticos do governo de Deodoro da Fonseca. Adverte sobre o papel que doravante o exército desempenhará na vida brasileira, atribuindo a seus artigos a função de documento e diagnóstico de um período da história nacional. Palavras-chave: Eduardo Prado; Fastos da ditadura militar; ditadura; República.A última vez que vi Eduardo Prado foi na véspera de deixar o Rio de Janeiro para recolher a S. Paulo, dizem que com o gérmen do mal e da morte em si. Naquela ocasião era todo vida e saúde. Quem então me dissesse que ele ia também deixar o mundo, não me causaria espanto, porque a injustiça da natureza acostuma a gente aos seus golpes; mas, é certo que eu buscaria maneira de obter outras horas como aquela, em que me detivesse ao pé dele, para ouvi-lo e admirá-lo.Machado de Assis (ASSIS, 1959, p. 260)
This essay assumes a hypothetical independence of Rio Grande do Suland, from this viewpoint, describes the outline of “gaúcha” literature, which wouldbegin the “‘sul-rio-grandense literary canon”. Afterwards, this hypothesis is argued,by showing the duality in the literary production of Rio Grande do Sul: following themodels established by the center of the country, or accepting the “Regionalism” andthus becoming marginal.
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