Objetivo: sistematizar estudos brasileiros sobre saúde mental no trabalho de segurança pública no período de 2007 a 2017. Metodologia: buscas em bancos de produção acadêmica nacionais e internacionais de acesso gratuito na internet. Resultados: deparou-se com o predomínio de estudos voltados a servidores ligados à polícia militar e a leituras de gênero e suas repercussões na saúde das trabalhadoras, além de dados epidemiológicos relacionados ao estresse profissional. Conclusão: a noção de valorização do trabalhador desse segmento ainda é recente, com predomínio de estudos segmentados que não se aprofundam em uma abordagem sistêmica, o que abre oportunidade de novos estudos.
As mudanças demográficas, o desemprego, as crises internacionais, a necessidade do aumento da renda familiar, entre tantas necessidades particulares, levam os indivíduos a se arriscarem em busca de melhores condições de vida e de trabalho em outro país. Os movimentos migratórios clandestinos, por vezes resultados de circunstâncias sociais graves, culminam por potencializar a vulnerabilidade social do migrante e, no caso da mulher, reforça a desigualdade para papéis de gênero. Nesse contexto, os empregos focados no trabalho informal e precário, principalmente nas tarefas domésticas e do cuidado, os horários e condições de trabalho inadequadas, o acesso desigual a recursos materiais e a documentação necessária para garantia dos seus direitos determinam uma cruel exploração dessa população. Neste sentido, evidencia-se a necessidade de um estudo sobre as populações migrantes e seus riscos profissionais a fim de fortalecer as políticas públicas de atenção a esse grupo, em especial para mulheres. Este trabalho pretende estudar a saúde da trabalhadora em situação de migração traçando paralelos entre a teoria, com base na revisão de literatura, e a vida real enfrentada por essas mulheres, como na trajetória fictícia representada pela jovem Maria no filme “Maria Cheia de Graça”.
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