Este trabalho trata sobre a concepção dos Museus Regionais promovida pelo empresário Assis Chateaubriand em campanha iniciada em 1966. Mesmo com a doação de 42 obras em 1968 o Museu Regional do Maranhão não aconteceu. O trajeto do insucesso e o destino das obras doadas estão presentes neste trabalho, bem como, o cotejamento da coleção maranhense com a coleção do Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, ambas com doações de Chateaubriand. Entre as obras destinadas ao Maranhão encontra-se uma serigrafia de Pablo Picasso, que por ser indiscutivelmenteo nome mais relevante da coleção, recebeu estudo mais acurado. O objetivo do estudo é contribuir para questões museológicas e patrimoniais tão escassas nos aparelhos culturais deste estado.
ResumoA imagem botânica percorreu tendências e possibilidades técnicas singulares ao longo da sua história. Diferentes teorias influenciaram na representação das imagens das plantas, bem como a importante relação entre artista, desenhista, gravador e cientista, uma confluência entre teoria e prática - ciência e arte – apresentadas em edições fundamentais da historiografia botânica. Houve, portanto, a necessidade de formação do ilustrador para as edições científicas e de distingui-lo do artista paisagista ou pintor de flores. Contudo, essa distinção foi tênue, levando-se em conta que a própria Taxonomia de Lineu, com a publicação da obra Systema Naturae (1735), por destacar a flor na classificação, fez com que as imagens científicas estivessem muito próximas às pinturas florais decorativas. Necessitou-se da parceria do artista com o botânico, uma combinação que não ficou reservada às edições de livros e trocas de informações teóricas, mas difundiu-se igualmente na metodologia de ensino em botânica.Cabe notar que, além de desenhos ou gravuras para o aprendizado, também existiam tratados e manuais direcionados para a formação inicial do artista botânico. Este trabalho pretende mostrar que a instrução do ilustrador botânico era complexa e dependia substancialmente de esforços colaborativos entre o cientista e o artista. Principalmente na sua integração às concepções e orientações científicas para se diferenciar do pintor comum, e não apenas da habilidade artística.Palavras-chave: História da Ciência. Artista botânico. Ensino. AbstractThe botanical image has traced trends and unique technical possibilities throughout its history. Different theories influenced the representation of plant images, as well as the important relation between the artist, the draftsman, the engraver and the scientist, a confluence of theory and practice - science and art – featured in fundamental editions of botanical historiography. Therefore, there was a need for illustrators to be trained for scientific editions and to distinguish themselves from landscape artists or flower painters. However, this distinction was subtle, with the very Taxonomy of Linnaeus in his work Systema Naturae (1735) containing images that resembled decorative floral paintings due to the flowers being highlighted for classification. The partnership between the botanist and the artist became necessary not only in publishing and for scientific communication but was also incorporated in methodologies used for botany teaching. It is noteworthy that, in addition to drawings and engravings used as learning material, there were also treatises and manuals intended for the initial training of botanical artists. This work intends to show that the instruction of the botanical illustrator was complex and depended substantially on collaborative efforts between the scientist and the artist. Mainly in its integration to the scientific conceptions and orientations to differentiate itself from the common painter, and not just artistic ability.Keywords: History of Science. Botanical artist. Education.
Este estudo aponta a importância da Companhia de Jesus em São Luís do Maranhão, sobretudo no que se refere ao contexto das práticas artísticas jesuíticas encontradas na Catedral da Sé e sua preservação. Para efetuar esta tarefa, relata-se a contribuição dos inacianos a partir do século XVII na edificação do Colégio e da Igreja da N. S. da Luz e o percurso até se transformarem no Palácio Episcopal e Catedral da Sé. Os edifícios sofreram intervenções significativas e drásticas, principalmente as realizadas para as comemorações do Centenário da Independência do Brasil, em 1922. A pesquisa mostra que apenas o retábulo do séc. XVII sobreviveu até a atualidade, e prova que, ainda no início do século XX, existia uma pintura realizada pelos jesuítas no forro da capela-mor considerada “magnífica”, entretanto, destruída com as inúmeras reformas do templo.
Resumo A investigação trata dos primeiros livros impressos, os incunábulos. A tipologia escolhida foi o Livro de Horas, objeto repleto de imagens, destinado à oração em contexto laico. Estudou-se dois livros: o Horae ad usum Romanum (1493) e o Devote ghetidē vanden levē en̄ passie ihū cristi (1498). Objetivou-se comparar a solução gráfica nas duas edições, a repetição da gravura xilográfica relacionada à memória visual e o recurso da cor, com destaque para os fazeres e saberes gráficos do medievo. O resultado mostra que apesar da possibilidade reprodutiva da imagem impressa com a redução de custo, esse recurso foi pouco utilizado nas obras e a estética visual atendeu a públicos diferentes. Palavras-chave: Livro de Horas, Incunábulo, Xilografia. Abstract This research deals with the first printed books, the incunabula. The typology chosen was the Book of Hours, a fully image decorated prayer object used in secular context. Two books were studied: the Horae ad usum Romanum of parchment (1493) and the Devote ghetidē vanden levē en̄ passie ihū cristi of rag paper (1498). The aim was to compare the graphic solution in the two editions, related to visual memory the reiteration of woodcut engraving, the colour use, emphasizing the medieval knowledge and praxis. The result shows that despite the reproductive possibility of the printed image with the cost reduction, this resource was little used in the works and the visual aesthetics served different audiences. Keywords: Book of Hours, Incunabulum, Woodcut Engraving.
O estudo aborda ações invasivas caracterizadas por riscos, marcas e anotações caligráficas ocorridos em duas obras do século XIX, são elas: o jornal O Conciliador do Maranhão e o livro Memória sobre a tipografia maranhense, de José Maria Correa de Frias. Os motivos das escolhas se deram pelo fato do jornal ser a primeira impressão no Maranhão, em 1821, e o livro por tratar de um relato sensível e significativo do autor e impressor Frias referente às atividades gráficas daquele momento em São Luís. Abordou-se sobre o bem público, a educação patrimonial e a fragilidade do papel. Sobre este último o estudo apontou sua história e diferentes modos de fabricação, com destaque para o uso como matéria prima da impressão no oitocentos. Como resultado, infere-se que as obras sofreram interferências de consulentes específicos, e não agressões feitas por público leigo, e que os rastros deixados são irreversíveis e um mau exemplo.
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