Trigona spinipes (abelhas-arapuá) atacam o broto apical da planta de Khaya ivorensis (mogno-africano), causando atrofia e brotação, provocando ramificações que irão depreciar o fuste se não manejado. Danos à cultura de K. ivorensis já foram relatados para o Brasil, porém nunca antes para a savana brasileira. O objetivo desta pesquisa foi realizar o levantamento do ataque de Trigona spinipes e relatar como primeiro registro a presença e o dano causado um plantio de mogno-africano na savana brasileira. A área apresenta cerca de 16,6 hectares de monocultivo de mogno-africano no município de Piracanjuba, Goiás, sendo utilizado 21 parcelas de 400 m², pré-definidas e o método de amostragem aleatória simples, nas quais foi realizado inventário florestal e observação de rebrotas da parte apical do caule e consequente desrama artificial das rebrotas. Também foram visualizadas as abelhas realizando atividade de forrageamento cortando os brotos de K. ivorensis. No plantio, 6,14% das árvores apresentaram rebrotas, podendo indicar a partir deste percentual a quantidade de árvores atacadas. O total de árvores com rebrota representa uma grande quantidade de árvores que poderão se desenvolver com problemas, gerando mais de um fuste ou galhos, assim impossibilitando que a madeira afetada seja utilizada para a finalidade de movelaria.
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