O presente artigo proporciona um espaço para contar histórias de vida de mulheres que trabalham na catação de materiais recicláveis na Cooperativa de Reciclagem Santa Rita, localizada na cidade de Rio Grande/RS. Para isso, utilizamos como metodologia, pressupostos da história oral e entrevista aberta. Tendo como objetivo geral compreender como as mulheres que se ocupam da catação, na cooperativa de reciclagem Santa Rita, se reconhecem enquanto mulheres e como este reconhecimento está atrelado ao mundo do trabalho e educação. Mesmo que as mulheres sejam a maioria no espaço da catação, conforme dados encontrados ao longo da realização da pesquisa, há ainda uma resistência em reconhece-las enquanto liderança nesse espaço. Além disso, é possível observar, a partir das histórias de vida das mulheres, que todos os espaços nos educam e elas fazem o trabalho de educar-se entre si. O que concluímos a partir da pesquisa é a construção coletiva dessas mulheres do direito de ser mulher, compreendendo sua importância e lugar no mundo. Além disso, é possível encontrar em sua prática, conceitos importantes para o feminismo, como, por exemplo, a dororidade.
Resumo: As mulheres vivenciam a cultura patriarcal em casa, no trabalho, nas relações familiares, de amizade e profissionais. Mas como essa cultura está presente nos espaços de privação de liberdade? Como se dão as relações interpessoais e institucionais nessas instituições? Essas questões foram a base para a produção deste artigo que tem como objetivo principal realizar uma discussão sobre a percepção de mulheres que atuam em espaços de privação de liberdade sobre situações de violência e opressão de gênero vivenciadas no cotidiano profissional. Os escritos aqui apresentados originam-se de uma pesquisa realizada, no estado do Rio de Janeiro, que investigou a presença ou não de formas de violência e discriminação no cotidiano profissional a partir da percepção de mulheres trabalhadoras que atuam no sistema de privação de liberdade. A pesquisa é de caráter qualitativo, sendo a entrevista aberta ou etnográfica o principal instrumento de coleta de dados. Foram realizadas entrevistas com quatro mulheres que trabalham (ou já trabalharam) como professoras, pedagogas e assistentes sociais nesses espaços. Dentre os resultados observados, destacam-se os relatos de situações de opressão e violência de gênero, vivenciadas no cotidiano do trabalho. Palavras-Chave: Privação de liberdade. Mulheres trabalhadoras. Gênero. Educação. WORKING WOMEN’S VOICE: EDUCATION AND GENDER RELATIONS IN LIBERTY DEPRIVATION PLACESAbstract: Women experience patriarchal culture at home, at work, in family relationships, friendship and work. But how is that culture present in liberty deprivation places? How do interpersonal relationships work in these institutions?These questions were the basis of this article whose main purpose is to discuss the perceptions that women who work in places of liberty deprivation have about violence situations and gender oppression faced on their daily work. The writings presented here originated from a survey conducted in the State of Rio de Janeiro, investigating forms of violence and presence or absence of discrimination in daily work from perspectives of women working in liberty deprivation system. This is a qualitative research, with an open or ethnographic interview as the main instrument of data collection. Interviews were conducted with four women working (or that had worked) as teachers, social workers or pedagogues in these places. Among the results found, there were reports of oppresion situations and gender violence experienced in their daily work.Keywords: Liberty deprivation. Working women. Gender. Education.
Álbum de fotos - Marielle Presente!
Nascido no início da década de 1960, Rubens Rufino era caçula de Dora, que já tinha três outros filhos. Devido às dificuldades, Dora pensou em desistir da gravidez, mas Lélia incentivou sua irmã a ter o filho, pois era independente financeiramente, portanto, poderia auxiliá-la. Desta forma, Rubens tornou-se o filho único de Lélia Gonzalez (1935-1994. Formado em Economia, Rubens foi o responsável por datilografar a obra da mãe: manifestos, cartas, artigos, palestras e panfletos. Atualmente, é o idealizador do Projeto "Lélia Gonzalez Vive", que busca preservar e manter vivo o legado de Lélia.
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