Em "Psicologia x Psicanálise: um ponto de vista lacaniano", texto publicado em Estudos de Psicologia, 1996, v. 1, n. 2, 287-298, argumenta-se que Psicanálise e Psicologia seriam disciplinas absolutamente distintas, em função de diferenças radicais de objeto de estudo e no posicionamento em relação à Ciência. A Psicologia aspiraria à cientificidade, restringir-se-ia ao estudo das formações imaginárias do Eu e direcionaria suas práticas à reprodução da ordem social. Já a Psicanálise não poderia ser incluída entre as ciências modernas, por não lidar com fatos objetivos nem observá-veis; além disso, ela rejeitaria os objetivos da Psicologia de adequação e adaptação do Eu à realidade. O presente artigo apresenta o questionamento de elementos importantes dos argumentos e conclusões do texto citado. Rejeitam-se as idéias de que a Psicologia fundamentar-se-ia na concepção aristotélica do que seja a verdade do conhecimento e de que teria como vocação inescapável a reprodução da ordem social existente. Recordam-se as opiniões de Freud sobre a cientificidade da Psicanálise, assinalando-se a oposição entre seu ponto de vista e o do texto em exame. Questiona-se a concepção apresentada no texto do que seja replicabilidade em Ciência, argumentando-se que ela parece refletir uma posição empiricista e positivista radical do que seja Ciência. Palavras-chave: Psicologia,
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