RESUMO. Este artigo discute os resultados de uma pesquisa realizada em uma escola municipal de Educação Infantil -EMEI -da cidade de São Paulo, que teve como objetivo identificar os indicadores de envolvimento no trabalho com as crianças e aqueles que determinam a construção de um ambiente inclusivo. A coleta de dados foi feita por meio de observações dos três estágios da Educação Infantil e do levantamento da documentação pedagógica. O trabalho com as diferenças apresenta contradições importantes de serem pensadas, que se expressam como desigualdades no tratamento junto às crianças. A concepção de inclusão se restringe ao atendimento de crianças deficientes, enquanto as necessidades das demais crianças e dos profissionais que trabalham na escola são muitas vezes desconsideradas. O isolamento e o envolvimento com questões marginais do trabalho pedagógico são pontos centrais a serem considerados no enfrentamento das barreiras atitudinais para a construção de um ambiente inclusivo. Palavras-chave: Educação inclusiva; educação infantil; preconceito.ABSTRACT. This article discusses the results of a research carried out at a Children Education Municipal School -EMEI -in the city of São Paulo, and aims at identifying both the indicators of involvement in the work with children, and those determining the building of an inclusive environment. The data collection was accomplished through observations during the three steps of Children Education, and through survey on pedagogical documents. The work developed according to diversity presents important contradictions to be thought about, expressed through unequal treatment toward children. The concept of 'inclusion' is restricted to assisting disabled children and the needs of both the remaining children and the professionals working at school are most of the time disregarded. The isolation and the involvement with marginal questions of the pedagogical work are crucial points to be considered when coping with attitude barriers in building an inclusive environment. The project is supported by FAPESP. AMBIENTES INCLUSIVOS EN LA EDUCACIÓN INFANTIL: POSIBILIDADES E IMPEDIMIENTOS RESUMEN. Este artículo discute los resultados de una investigación llevada a cabo en una Escuela Municipal EducaciónInfantil -EMEI -en la ciudad de São Paulo, y tiene por objeto la identificación de los indicadores de participación en el trabajo con los niños, y los que determinan la construcción de un ambiente inclusivo. La recolección de datos fue realizada a través de observaciones durante los tres pasos de Educación Infantil, y por medio de encuesta sobre documentos pedagógicos. El trabajo con las diferencias presenta contradicciones, expresadas a través de un trato desigual hacia los niños. El concepto de "inclusión" se limita a prestar asistencia a los niños discapacitados y las necesidades de los niños y los profesionales que trabajan en la escuela son la mayoría de las veces ignorados. El aislamiento y la participación con situaciones marginales de la labor pedagógica son puntos fundamentales que...
Este artigo discute as relações entre os atores institucionais que participam de uma proposta de educação escolar inclusiva. Com essa finalidade, foram utilizados recortes dos dados coletados em uma pesquisa sobre a construção de ambientes inclusivos, realizada em uma escola municipal de educação infantil em São Paulo, no período de 2006 a 2008. Os dados foram organizados em torno da questão expor-se ou resguardar-se?, que dá visibilidade aos movimentos presentes nas relações institucionais. A pesquisa utilizou a etnografia como método de coleta de dados, e a análise foi feita com base no referencial da teoria crítica da sociedade. Os resultados apontam a presença do sentimento de ameaça, que gera a necessidade de resguardo, e também de situações de abertura à experiência no trabalho desenvolvido com as crianças, que pressupõem a necessidade de expor-se diante de si e do(s) outro(s). Segundo autores da Escola de Frankfurt, a origem desse sentimento de ameaça é social, e o medo deve tornar-se consciente para que seus efeitos destrutivos para o indivíduo e para as relações sociais possam ser evitados. A abertura à experiência, por outro lado, é necessária para a produção de uma consciência verdadeira, que é o principal objetivo da educação segundo Theodor Adorno, e deve ser considerada elemento fundamental para os processos educacionais inclusivos.
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