Sobre o problema do mundo exterior em Wittgenstein Versão corrigida São Paulo 2013 "Agora nos dizem que não é o mundo o que devemos entender, mas apenas sentenças, e se supõe que todas as sentenças podem ser tomadas como verdadeiras exceto aquelas proferidas por filósofos. (...) Eles [os seguidores do Segundo Wittgenstein] diriam, 'todos nós sabemos o que você quer dizer quando afirma que viu o Professor Z passar pela sua janela. Se você pretende analisar mais um pouco essa afirmação, estará caindo na metafísica'. A acusação de metafísica se tornou, em filosofia, algo como a acusação de ser um risco para a segurança no serviço público. De minha parte, não sei o que se quer dizer com a palavra 'metafísica'. A única definição que encontrei que se encaixa em todos os casos é: 'uma opinião filosófica não sustentada pelo presente autor'." Bertrand Russell Agradecimentos Agradeço ao professor João Vergílio, pela orientação de muitos anos, pela confiança e pelo exemplo intelectual. A minha mãe, pela ajuda de todo o dia, pelas conversas filosóficas e mundanas, pelas leituras sempre atentas de várias versões deste texto e de outros. Sem ela, tudo teria sido muito mais difícil. Alguns outros professores foram fundamentais neste processo. Agradeço ao professor Crispin Wright, pela orientação inestimável durante o período em que visitei a New York University. Aos professores Mauro Engelmann e Roberto Bolzani Filho, pelos comentários no exame de qualificação. A este último, em especial, por ter sido parte fundamental de minha formação filosófica. Ao professor Ricardo Navia, por ter me apresentado o tema da metafilosofia. Aos professores Marcos Lopes, Pedro Santos e Rodrigo Bacellar, pela amizade e conselhos acadêmicos sempre úteis. A todos os colegas do grupo de orientação (de antes e de agora), pelos comentários de partes deste texto (e de muitos outros), e pelas conversas filosóficas. Ao Evan, pelas conversas, pelo apoio, paciência e amor, sem os quais o término desta dissertação teria sido muito mais estressante. A Chantal e família, pelo acolhimento em Nova York e pelos momentos felizes. Aos meus amigos Camila, Daniel, Fernando, Nara, Nathalie, Patrícia, Renata, Zé Wilson. Aos secretários do Departamento de Filosofia, pela paciência, ajuda e amizade. A Fapesp, pelo apoio financeiro. RESUMO KREMPEL, R. A. Sobre o problema do mundo exterior em Wittgenstein. 2013. 116 f. A presente dissertação visa avaliar o tratamento que Ludwig Wittgenstein oferece ao tradicional problema cético da existência do mundo exterior. É sobretudo em Sobre a Certeza que encontramos reflexões relevantes sobre o tema, como discussões sobre o sentido da dúvida cética e de alegações de conhecimento. Wittgenstein basicamente rejeita o problema. Contra o ceticismo, Wittgenstein defende que nossas certezas básicas estão fora do âmbito da dúvida e funcionam como condição de possibilidade de qualquer jogo de linguagem (inclusive o da própria dúvida). Contra Moore e a tradição filosófica em geral, denuncia a ausência de sentido não só da própria apresentaçã...
In this introduction we present Patrick Duffley's book Linguistic Meaning meets Linguistic Form, as well as the contributions that each scholar has brought into the debate on linguistic meaning and form. They deal with semantic and foundational issues regarding a sign-based approach to meaning.
My goal here is to assess whether Wittgenstein's metaphilosophical conception of a descriptive philosophy is in accordance with his philosophical practice.
Parece haver na fi losofi a cética, tal como apresentada por Sexto Empírico, três pressupostos fundamentais: (1) a constatação da equipolência entre argumentos contrários levaria necessariamente à suspensão de juízo; (2) aquele que suspende o juízo alcançaria necessariamente a tranquilidade; (3) a suspensão de juízo seria condição sufi ciente para a obtenção do estado de tranquilidade. Procuraremos problematizar neste artigo esses aspectos centrais do ceticismo pirrônico, tentando mostrar que eles não excluem defi nitivamente a possibilidade de uma fi losofi a dogmática. Caberá, também, questionar se esses pressupostos não conferem ao ceticismo um teor dogmático, na medida em que pretende se autoconferir a característica de melhor fi losofi a a ser seguida. Palavras-chave: Ceticismo -Equipolência -Suspensão de juízo -Tranquilidade Equipollence, suspension of judgment and tranquillity in pyrrhonian skepticism Skeptical philosophy seems to rest on three main assumptions, based on the exposition made by Sextus Empiricus in Outlines of skpticism: (1) once noticed the equipollence among confl icting accounts, it would be necessary to suspend judgment regarding the nature of things; (2) those who suspend judgment would be lead necessarily to tranquility; (3) only by means of skepticism, that is, by suspension of judgment, it would be possible to remain in a state of tranquility. In this article, we try to examine these main aspects of pyrrhonian skepticism arguing that they do not prevent the possibility of dogmatism. It will also be argued that such assumptions may lend skepticism a dogmatic feature, since they recommend skeptical suspension as the best philosophical attitude.
Raciocínios analógicos são tradicionalmente concebidos como processos que envolvem a comparação de representações mentais. Mais recentemente, com o surgimento de teorias não-representacionalistas da cognição humana, surge a questão de como explicar processos tradicionalmente concebidos como representacionais. Nesse contexto, levantamos a discussão sobre se representações mentais farão parte de uma explicação dos raciocínios analógicos, oferecendo um embate de perspectivas e tendo como principal objetivo o fomento do debate. Primeiramente, apresentamos a visão segundo a qual raciocínios analógicos são processos mentais representacionais. Em seguida, apresentamos alguns problemas levantados por Fodor para o seu tratamento computacional, mas sugerimos que esses problemas não afetam a ideia de que raciocínios analógicos envolvem representações mentais. Na seção seguinte, apresentamos a teoria enativista linguística e sugerimos a possibilidade de compatibilização dessa teoria com uma concepção de analogia enquanto processo de categorização não-representacional. Por fim, sintetizamos as duas propostas apresentadas e sugerimos que o contraste de perspectivas divergentes sobre capacidades cognitivas é especialmente frutífero para a nossa compreensão da mente.
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