Resumo Atentando para a narrativa de Mhudi – An Epic of South African Native Life a Hundred Years Ago, publicado em 1930 pelo político e jornalista sul-africano Sol Plaatje, analiso como os impactos das políticas segregacionistas que se intensificaram após a consolidação da União Sul Africana, em 1910, entrelaçam-se a aspectos fundamentais desse romance histórico. Na construção de sua personagem principal, Mhudi, Plaatje projeta não apenas um protagonismo feminino negro desejado para a nação sul-africana, mas também retoma aspectos da memória política sul-africana na tentativa de tecer novas possibilidades para as relações raciais naquele país.
Recentes interpretações do romance O Coração das Trevas, de Joseph Conrad, argumentam que o literato polonês, apesar de seu conhecido engajamento na luta contra as atrocidades da ação imperialista no continente africano, não teria conseguido deixarde refletir, em seu texto, boa parte dos preconceitos da época em relação àquele território. O objetivo deste trabalho é resgatar, na leitura do romance, pontos que possam corroborar com a idéia de que este romance de Conrad é, sim, uma bandeira fundamental na denúncia da insanidade da ação imperialista.
Analisando o romance histórico Mhudi, An Epic of South African Native Life a Hundred Years Ago, escrito pelo político, literato e jornalista sul-africano Sol Plaatje ao longo das décadas de 1910 e 1920 mas publicado somente no ano de 1930, podemos perceber muitas das principais preocupações e motivações políticas do autor da narrativa-em especial, seu diálogo com um cenário social em constantes transformações após a consolidação do estado nacional sul-africano, em 1910.
Este artigo é um mapeamento inicial dos impactos do fotojornalismo do grupo que ficou conhecido como "O Clube do Bang Bang", na África do Sul, no período de transição entre o final da política de apartheid e as primeiras eleições democráticas no país, em 1994. Qual o papel assumido pelo registro fotográfico, com o senso de realidade que impõe àquilo que apresenta, na construção da memória política sul-africana?
Palavras-chave: África do Sul, apartheid, fotojornalismo, memória.
Tese de Doutorado apresentada ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, para obtenção do título de Doutora em História e área História Social. Este exemplar corresponde à versão final da tese defendida pela aluna Raquel Gryszczenko Alves Gomes, orientada pelo Prof. Dr. Omar Ribeiro Thomaz e aprovada em 24/03/2015. Campinas 2015 iv v vi vii Resumo A partir da análise da obra de Sol Plaatje, literato, jornalista e político de origem Baralong, pretende-se explorar os impactos de uma legislação que, a partir de 1902, preocupa-se cada vez mais em controlar a inserção do nativo no cenário social sul-africano, intensificando seu catáter segregacionista. Neste sentido, além das obras literárias e jornalísticas de Plaatje, nossa análise contemplará também documentos oficiais do período, com especial destaque para relatórios produzidos por comissões instituídas com a intenção de estudar meios para cercear a relação do nativo com o Estado nacional surgido em 1910. O objetivo da presente pesquisa é o de inserir o autor nos círculos de debate e organização de resistência ao crescente aumento da opressão política e social, explorando fontes até então trabalhadas de modo incipiente, especialmente na relação que estabelecem entre siimprensa, literatura e fontes oficiais.
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