ResumoA ocorrência de mamíferos não humanos como reservatório da esquistossomose sempre foi um fator agravante a ser estudado. Roedores da família dos cricetídeos, como o Nectomys sp, parecem desempenhar importante papel na potencialização da disseminação da mesma. No entanto, para Holochilus sp (Rodentia: Cricetidae), encontrado no Maranhão, estudos com essa finalidade parecem pouco elucidativos. Desse modo, objetivou-se analisar o índice de infecção desses animais por S. mansoni na cidade de São Bento -MA, área endêmica para o parasito. Para tanto, foi realizado um monitoramento desses roedores durante 12 meses, através de armadilhas do tipo Tomahawk para captura e triplicatas de lâminas cropológicas, confeccionadas por meio do kit KatoKatz, para exame parasitológico. Foram contabilizados um total de 101 roedores, sendo que 28,7% apresentaram-se naturalmente infectados para S. mansoni, (17,3% fêmeas e 82,7% machos). Tal análise evidenciou que, por mês, uma média de 2,4 roedores estavam infectados para o período de um ano. Sendo possível encontrar animais positivos em quase todas as coletas. Portanto, o roedor Holochilus sp. é um possível candidato à manutenção do ciclo da esquistossomose na região em estudo. Palavras-chave: esquistossomose; roedores silvestres; vigilância epidemiológica.
AbstractThe occurrence of non-human mammals such as schistosomiasis reservoir has always been an aggravating factor to be studied. Family cricetidae rodents like Nectomys sp, seem to have an important role in the potentiation of the spread of it. However, for Holochilus sp. (Rodentia: Cricetidae), found in Maranhão, studies with this function seem scarce. Thereby, we aimmed to analyze the infection rate of these animals for S. mansoni in São Bento -MA, endemic area for the parasite. These rodents were monitored during 12 months, by the Tomahawk traps for caught and