A doença de Alzheimer afeta de forma bastante importante as atividades diárias do doente e das pessoas responsáveis pelo seu cuidado. Desta forma, haja vista o grande desgaste físico e emocional dos cuidadores, o objetivo deste trabalho foi analisar como o cuidado dispensado aos pacientes com Alzheimer pode impactar física e emocionalmente os cuidadores. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, aonde foram utilizadas as bases de dados Scielo e PubMED, e os descritores “impactos físicos”, “impactos emocionais”, “cuidadores”, “doença de Alzheimer” e “familiares”, em diferentes combinações. Foram incluídos artigos publicados entre 2010 e 2020, nos idiomas inglês, espanhol, português e francês. Observou-se que a maioria dos cuidadores de pacientes demenciados são mulheres, em geral, familiares do doente. Além disso, com o progresso da doença, o esgotamento físico e emocional dos cuidadores tende a aumentar, provocando estresse exacerbado, aparecimento de doenças crônicas, ansiedade, abdicação de atividades prazerosas ao cuidador, depressão e sentimentos de solidão e abandono. Dessa forma, visualizou-se que o processo de cuidado dos pacientes com Alzheimer é bastante complexo, sobretudo nos estágios mais avançados da doença, provocando abdicação das vontades do cuidador e impactos físicos e emocionais negativos na sua saúde e qualidade de vida.
Introducão: A sífilis gestacional é a infecção por Treponema pallidum na gestante, podendo ocorrer em qualquer fase da gravidez, e é causa frequente de morbidade perinatal, além de provocar aborto espontâneo, natimortalidade ou morte perinatal em cerca de 40% dos fetos de gestantes não tratadas. Nos últimos cinco anos, ocorreu um aumento do número de casos no Brasil de sífilis em gestantes, que pode ser explicado pelo aumento na distribuição de testes rápidos, pela diminuição do uso de preservativo e baixa administração de penicilina na atenção básica e seu desabastecimento mundial. Objetivo: O objetivo foi descrever o perfil clínico-epidemiológico de sífilis gestacional segundo aspectos socioeconômicos e clínico-epidemiológicos no estado de Alagoas, Brasil, de 2010 a 2019. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico descritivo, usando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação no período 2010-2019. Resultados: O perfil das mulheres com sífilis gestacional evidenciou maior incidência em mulheres pardas, de 20 a 29 anos, com ensino fundamental incompleto. Quanto à classificação clínica, foi predominante o estágio primário da doença no momento de diagnóstico materno, o qual ocorre mais frequentemente no segundo e terceiro trimestres gestacionais. Os dados referentes ao perfil socioeconômico das gestantes alagoanas com sífilis foram semelhantes à realidade no restante do país. O diagnóstico materno no primeiro trimestre gestacional passou a ser maior do que no segundo e terceiro trimestres nacionalmente em 2015, enquanto Alagoas ainda não experimentou essa realidade. O estadiamento clínico no momento do diagnóstico de sífilis gestacional nacionalmente era primário — como Alagoas — até 2016, passando a ser latente de 2017 a 2019. Conclusão: Em Alagoas, mulheres de etnia parda, com nível de escolaridade fundamental incompleto e entre 20 e 29 anos são mais propensas a contraírem a sífilis gestacional. O diagnóstico no estado se dá, majoritariamente, no estadiamento clínico primário e durante o segundo e terceiro trimestres gestacionais.
No abstract
Introdução: O câncer do colo uterino é uma neoplasia de grande impacto na saúde pública do Brasil. Apesar de ser altamente evitável, a doença mata 35,7 mil mulheres a cada ano nas Américas. A maioria (80%) desses casos ocorre na América Latina e no Caribe, onde as taxas de mortalidade são três vezes mais altas do que na América do Norte, destacando as desigualdades existentes em termos de riqueza, gênero e acesso aos serviços de saúde na região. Objetivo: O objetivo desta pesquisa foi analisar a prevalência de câncer do colo uterino diagnosticados no Hospital Universitário de Alagoas nos anos de 2018 e 2019. Métodos: Foi realizada uma análise retrospectiva dos casos diagnosticados de câncer do colo uterino em 2018 e 2019. Foram observadas as seguintes variáveis: idade, atipias em células escamosas e diagnóstico de células atípicas de significado indeterminado, por meio de frequência absoluta e relativa. Resultados: No total, 55 casos foram diagnosticados, sendo 26 (47,3%) casos no ano de 2018 e 29 (52,7%) no ano de 2019. A idade variou de 19 a 82 anos, sendo 11 (20,0%) idosas. Foi observado que a doença acometeu um número maior de mulheres entre 34 e 49 anos, 27 (49,09%). Foi observado também que apenas quatro pacientes utilizavam anticoncepcional oral (7,27%), sete (12,72%) já haviam realizado tratamento por radioterapia e nove (16,36%) tiveram sangramentos durante relação sexual. Houve uma maior incidência de atipias em células escamosas (60%), entre as quais as lesões intraepiteliais de alto grau tiveram predominância (60,6%). O diagnóstico de células atípicas de significado indeterminado foi observado em 21 casos (38,2%), entre os quais 13 (61,9%) são casos de células escamosas em que não se pode afastar lesão de alto grau e 11 dos casos de câncer apresentaram sinais sugestivos de doença sexualmente transmissível (20%). Conclusão: Os resultados revelaram que o sangramento durante relações sexuais pode ser um indício de alterações no colo do útero e que a idade da perimenopausa e as infecções sexualmente transmissíveis podem aumentar as chances de surgimento de câncer do colo uterino, bem como que a maioria dos casos em que houve resultado positivo as lesões eram de alto grau, o que evidencia uma demora na procura pelos serviços de diagnóstico.
Introdução: O condiloma acuminado é uma doença causada pelo papilomavírus humano e a principal via de transmissão é a relação sexual. Trata-se de uma infecção sexualmente transmissível com manifestação clínica, principalmente no trato anogenital. Contudo, pode ocorrer em outros sítios a exemplo da cavidade oral. O período de latência do vírus pode variar de meses a anos sem promover manifestações subclínicas ou clínicas e sua expressão ativa depende da permissividade celular, tipo de vírus e do sistema imunológico do hospedeiro. As lesões condilomatosas são polimórficas e pontiagudas, únicas ou múltiplas, apresentando superfície fosca, aveludada ou semelhante à da couve-flor. Nas mulheres há um acometimento maior de vulva, vagina e cérvice. Objetivo: Relatar um caso clínico envolvendo a associação de lesões condilomatosas, em sítios distintos, em uma paciente idosa. Métodos: Os dados foram obtidos por meio de consulta ginecológica, entrevista, registro dos métodos diagnósticos aos quais a paciente foi submetida e revisão de literatura. Resultados: Paciente do sexo feminino, 76 anos, compareceu ao ambulatório de ginecologia por apresentar lesões proliferarias na vulva e ventre da língua. Ao exame físico vulvar identificou-se hipotrofia, lesões espiculares distribuídas unicamente por monte de Vênus e introito vaginal. As lesões foram biopsiadas sob visão colposcópica e foram compatíveis com condiloma acuminado. Conclusão: O papilomavírus humano é uma infecção de grande impacto social e para a saúde humana em razão do seu potencial maligno, portanto é imprescindível a realização de consultas preventivas ginecológicas independentemente da faixa etária em que a mulher se encontra, assim como a investigação em todos os sítios do organismo.
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