Pacientes em tratamento de hemodiálise devido ao seu sistema imunológico diminuído são facilmente acometidos por enteroparasitas, que levam a uma piora do quadro de saúde destes indivíduos. O objetivo desta pesquisa foi identificar a prevalência de enteroparasitas nos pacientes renais crônicos em tratamento de hemodiálise e possíveis associações com os fatores socioambientais. Trata-se de um estudo transversal com 53 pacientes. Para análise de associação foi utilizado os testes qui-quadrado (x²) de Pearson e Razão de Odds (OR). Os exames coprológicos foram analisados utilizando as técnicas de Hoffman e Sheather. A positividade de enteroparasitas atingiu 92.5%, sendo Blastocystis sp. o mais predominante (95.9%). Em relação aos helmintos, apenas Ascaris lumbricoides foi encontrado (4.1%). Infecções mistas apareceram em 53% dos casos. A associação dupla mais comum foi entre Blastocystis sp. e Endolimax nana, observada em 22.4% dos casos. Nossos resultados mostraram alta prevalência de protozoários de repercussão preocupante para saúde desses pacientes como Cryptosporidium sp., Giardia lamblia e Entamoeba histolytica, evidenciando a necessidade de estratégias de prevenção das infecções parasitárias e intervenções adequadas nos pacientes sob tratamento de hemodiálise.
Conforme a população envelhece, aumenta o número de doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas a insuficiência renal crônica, que em fase terminal leva o paciente a realizar uma terapia renal substitutiva, um dos métodos é na forma de hemodiálise, um tratamento que mantêm a vida, porém exige do paciente conviver com as restrições impostas pelas condições de saúde e tratamento. O objetivo deste trabalho é reconhecer as principais dificuldades vivenciadas pelos idosos em tratamento de hemodiálise no município de Cáceres-MT. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, realizado com 16 idosos, entre os meses de agosto à novembro de 2020 para a entrevista utilizou-se um questionário semiestruturado contendo perguntas abertas. Entre os idosos entrevistados, 50% eram do sexo masculino e 50% feminino, com uma idade que variou de 60 a 81 anos. Após a análise das entrevistas obtivemos três categorias: percepções e vivências acerca do impacto da doença e o processo de aceitação do tratamento de hemodiálise; o idoso em tratamento de hemodiálise: principais dificuldades vivenciadas; e fé, família e equipe multiprofissional: enfrentamento da doença e apoio na adesão ao tratamento. Este estudo revelou que o idoso em hemodiálise convive com várias limitações e dificuldades, necessitando do total apoio dos familiares, sociedade, principalmente a equipe de enfermagem, ajudando-lhes na resolução das dificuldades encontradas, saber ouvi-los e compreendê-los em sua individualidade e magnitude, criando ações educativas para promover uma melhor qualidade de vida para que apesar das limitações estes idosos possam viver melhor.
O objetivo da presente pesquisa foi avaliar o grau de conhecimento dos pais de crianças moradoras do município de Mirassol D’Oeste acerca das parasitoses intestinais e as possíveis vias de contaminação. Foi realizado um estudo transversal com estatística descritiva e análise de dados qualitativos que através de questionário baseou-se na compreensão, experiência ou conhecimento, de pais ou responsáveis por 60 crianças de até treze anos, acerca das parasitoses intestinais. A maioria dos pais e responsáveis das crianças, 45%, possuem ensino superior; 76,67% usam água de poço para consumo; 81,67% tem coleta pública de lixo; 80% dos entrevistados responderam saber o que é parasita intestinal; 78,33% sabem reconhecer quando a criança está parasitada; 88,67% já tomou remédio antiparasitário e 85% referiram que as crianças lavam as mãos antes das refeições. Este estudo mostra que a população estudada possui conhecimentos básicos sobre as parasitoses intestinais, que pode ser o reflexo do nível de escolaridade e acesso a informações sobre a temática. A maioria dos entrevistados sabem identificar os sintomas, realizam exames de fezes nas crianças e utilizam medicamentos antiparasitários. Nossos resultados demonstram que o acesso a informações e o conhecimento acerca das parasitoses intestinais é a maior medida preventiva contra as infecções. Assim fica evidente a necessidade de ampliar ainda mais o acesso a informação, seja através de redes sociais, podscast, vídeos educativos, palestras, panfletagem, visitas domiciliares, para abranger toda a comunidade elevando os níveis de higiene e autocuidado e diminuindo as taxas de infecções.
Pacientes portadores de insuficiência renal crônica apresentam alta sintomotalogia na presença de enteroparasitas, o que leva a uma piora do estado de saúde desses indivíduos. Por isso, é imprescindível a identificação e caracterização dessas infecções parasitárias, sobretudo o diagnóstico e acompanhamento dos pacientes. Considerando a importância dos diagnósticos de enfermagem para melhor direcionamento de cuidados que levam a melhora do estado de saúde do pacientes e considerando ainda que a presença de parasitas intestinais nestes, leva a um agravo dos sintomas e consequentemente piora o quadro de saúde e qualidade de vida, o presente estudo teve por objetivo traçar os principais diagnósticos de enfermagem (DE) e intervenções de enfermagem para pacientes hemodialisados com diagnóstico positivo e sintomáticos para parasitas intestinais. Trata-se de um estudo transversal, com amostra não probabilística, sendo a população formada por 53 indivíduos portadores de insuficiência renal crônica sob tratamento de hemodiálise, residentes no município de Cáceres/MT. Para análise descritiva foi utilizado frequência e o teste qui-quadrado de Pearson e para descrever os diagnósticos de enfermagem foi utilizado a taxonomia de Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I e para as intervenções de enfermagem a taxonomia de Classificação das Intervenções de Enfermagem – NIC. Todos os 53 participantes, apresentaram presença de pelo menos um sintoma, sendo os mais relatados: plenitude pós-prandial (58,5%), adinamia (58,5%), flatulência (50,9%), dor abdominal (39,6%), prurido e distensão abdominal (34%) e náuseas (24,5%). Para a sintomatologia referida pelos pacientes, foram detectados 11 DE classificados de acordo com a sua relevância: Motilidade gastrintestinal disfuncional; Mobilidade física prejudicada; Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais; Dor aguda; Integridade da pele prejudicada; Náusea; Diarreia; Conforto prejudicado; Risco de desequilíbrio eletrolítico; Risco de infecção e Risco de choque. O DE deve ser realizado de maneira correta e com muita atenção, afim evitar perdas e negligências de informações importantes, que podem prejudicar o cuidado com o indivíduo. Por isso, a importância do processo de enfermagem aos pacientes hemodialisados com enteroparasitoses, pois resulta em uma melhor visualização da situação de saúde do indivíduo, se atentando para achados clínicos apresentados e realizando pedido de exame de fezes de rotina, para que assim possa reconhecer situações sugestiva de enteroparasitoses e poder intervir o mais rápido possível.
Objetivo: evidenciar as tendências da mortalidade por câncer gástrico no município de Cáceres e no estado de Mato Grosso, no período de 2010 a 2019. Metodologia: estudo ecológico, com mortalidade proporcional e abordagem de estudo de tendência das taxas de mortalidade por neoplasia maligna do estômago no período de 2010 a 2019 em Cáceres, Mato Grosso, Brasil. Resultados e Discussão: As taxas de mortalidade proporcionais foram maiores na faixa etária de 45 a 79 anos e apesar das taxas terem se apresentado oscilantes e crescentes durante o período estudado, elas não foram significativas (p>0,05) para o município de Cáceres. Os resultados encontrados, coincidem com outros estudos na literatura, que apontaram a predominância dos óbitos por câncer de estômago no sexo masculino, e associaram esse fator não apenas a genética como também ao estilo de vida. Conclusão: Ressalta-se a importância da ampliação de ações com ênfase no fortalecimento das ações de prevenção e promoção em saúde, na Atenção Básica, a fim de diminuir a morbimortalidade, aumentar a expectativa de vida e proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes.
O presente estudo teve como objetivo descrever o perfil das internações hospitalares de indivíduos idosos (idade 60+) no Brasil Estudo quantitativo descritivo, longitudinal, com dados extraídos do DATASUS. O número de internações em idosos se apresentou maiores no sexo masculino, na faixa de 60 a 69 anos, sendo as principais doenças causadoras dentro dos capítulos do CID-10: Doenças do aparelho circulatório; Doenças do aparelho respiratório e Neoplasias.
Resumo: A osteoartrite (OA) é uma patologia caracterizada pela degeneração da cartilagem articular ocasionada por fatores genéticos, metabólicos, bioquímicos e biomecânicos, gerando déficit funcional e estrutural nas articulações sinoviais, com início insidioso, lento e progressivo ao longo do tempo. A articulação do joelho é a mais acometida, apresentando maior incidência em mulheres. Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo verificar os benefícios da aromaterapia com óleos essenciais no tratamento da osteoartrite (OA) de joelho Trata-se de uma revisão integrativa da literatura onde foi realizada uma busca nas bases de dados LILACS, PubMed, MEDLINE, PEDro, SciELO e ScienceDirect. Os artigos que compõem essa revisão integrativa foram publicados entre os anos de 2016 a 2019. A amostra total foi composta por 405 indivíduos com idade média variando entre 55,88 e 78,30 anos. O uso da aromaterapia se caracterizou de forma diversa nos cinco estudos, por períodos de tempo que variaram de três semanas a um mês, utilizando óleos essenciais isolados ou combinados.Nesta revisão, 80% dos estudos associaram a aromaterapia à massagem, utilizando técnicas como effleurage e petrissage. De forma geral, os resultados mostraram que a aromaterapia aplicada na osteoartrite de joelho é eficaz no alívio da dor, melhora da rigidez e da realização das atividades de vida diária, estado funcional e qualidade de vida, sendo considerada uma prática integrativa e complementar que apresenta grande potencial para utilização por profissionais de saúde na população acometida por OA.
O câncer gástrico está entre os cânceres mais incidentes no Brasil, sendo o tipo histológico mais frequente o adenocarcinoma, responsável por cerca de 95% dos casos deste tumor. O prognóstico da neoplasia gástrica depende fortemente de seu estadiamento no momento do diagnóstico e início do tratamento, o que infelizmente não segue uma padronização no Brasil. O presente estudo teve como objetivo apresentar o perfil epidemiológico das neoplasias malignas de estômago no Brasil no ano de 2020. Trata-se de um estudo descritivo, longitudinal através de dados secundários do Sistema de Dados do Ministério da Saúde (DATASUS). Observando os dados obtidos notou-se um aumento considerável no número de casos de neoplasias malignas do estômago no Brasil, onde no ano de 2013 tivemos o total de 5.723 casos, e no ano de 2020 um total de 16.655 casos, tendo um aumento de 291% dos casos nos últimos anos. Quando estratificado por faixa etária, observou-se mais casos na faixa etária de 60-64 anos, com um total de 2.266 casos no ano de 2020, seguido pela faixa etária de 65-69 anos com 2.245, e 55- 59 anos com 2.142 casos. Quanto ao sexo (ou genêro?) prevaleceram mais casos no sexo masculino, com um total de 8.782 casos, para 7.873 casos no sexo feminino. Verificou-se que no ano de 2020 houve um aumento no número de casos de início de tratamento nos estádios 3 (2.179 total de casos) e 4 (2.478 total de casos) e quanto ao tempo para início do tratamento tem-se um maior números na categoria “sem informação do tratamento”, acompanhado da categoria ignorado para o estadiamento, com um total de 9.047 casos, seguido pela categoria “até 30 dias” com 3.059 casos. Deste modo, percebe-se que há dificuldades em se diagnosticar o câncer gástrico em sua fase inicial, diminuindo assim as chances de cura. O profissional de enfermagem tem papel fundamental no que se refere à assistência desses pacientes, uma vez que está em contato com os mesmos em maior frequência, além de ter a educação em saúde como forte aliada na prevenção e promoção da saúde.
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