As formigas estão distribuídas no mundo todo, exceto nos polos e compõe a família Formicidae. Em formicídeos os estudos são em sua maioria taxonômicos e ecológicos. Dessa maneira, o trabalho objetivou realizar um levantamento dos estudos citogenéticos em formigas da tribo Attini, analisando as diferenças e semelhanças entre os cariótipos já descritos. Concomitantemente, analisar citogeneticamente a espécie Acromyrmex coronatus coletada no município de General Carneiro-PR e comparar com resultados de população de Viçosa-MG. Assim, estudos citogenéticos clássicos e moleculares auxiliam na compreensão evolutiva e taxonômica desse grupo. Para realizar o presente estudo, foram utilizados (livros, monografias, dissertações e teses) e com palavras chaves para serem encontradas na web através das fontes como Google Scholar e Scorpus. A filtração de tais materiais ocorreu no modelo de publicação, a língua (PT-EN-ES), e a análise ocorreu de maneira descritiva. Os resultados encontrados apontaram que dentro dos 17 gêneros pertencentes a tribo Attini, apenas dez possuem descrição cariotípica, com informações em sua maioria apenas para o número diploide (2n) e fórmula cariotípica (FC). Analisando o número de cromossomos na subfamília Myrmicinae, verifica-se uma grande variabilidade em Mycocepurus goeldii 2n = 8 cromossomos a Mycetarotes parallelus 2n = 54 cromossomos. Já os gêneros Acromyrmex, Apterostigma, Chyphomyrmex Mycetarotes, Mycethopylax e Trachymyrmex apresentaram uma maior variação em relação ao número diploide (2n = 12 a 54). Em contrapartida Atta, Mycocepurus, Sericomyrmex não foi verificado variação em relação ao número diplóide. Foi observado também que a maioria dos estudos foram realizados no Brasil no estado de Minas Gerais. A espécie A. coronatus coletada em General Carneiro-PR apresentou o mesmo 2n para a já descrita em Viçosa-MG.
O gênero Nesomyrmex é composto atualmente por cerca de 83 espécies válidas, distribuídas nas regiões Neotropical e Afrotropical. No Brasil o gênero é representado por 12 espécies e entre elas Nesomyrmex costatus (Emery, 1896). Pouco se conhece sobre a biologia e ecologia dessa espécie em particular, sendo que somente quatro estados brasileiros registram sua ocorrência. No período compreendido entre setembro de 2018 e janeiro de 2021, durante coleta de formigas em São Mateus do Sul, Paraná, Brasil (25°44'30.59"S 50°25'59.48" O; 24º 46' 41.6''S 50º 24'1" O e 25º 44' 49.4''S 50º 25'42.9" O), observamos sua presença na captura direta e em pitfall arbóreo. Objetiva-se, portanto, cobrir uma lacuna na sua distribuição geográfica para o Sul do país; auxiliar no reconhecimento da mirmecofauna do estado; e colaborar com informações sobre sua interação com espécies vegetais. A espécie foi registrada na primavera de 2018 e nos verões de 2019 e 2021, sobre Ilex paraguariensis e Mimosa scabrella, em área de silvicultura de erva mate, e sobre Senegalia sp. num fragmento de Ombrofila Mista. A captura direta foi responsável por seis exemplares e o pitfall arbóreo por três. Este estudo, além registrar N. costatus para o Estado do Paraná, reforça a observação de que esta espécie apresenta hábitos arborícolas. Destaca ainda a importância dos agroecossistemas de cultivo de I. paraguariensis, assim como fragmentos de mata nativa, para conservação e manutenção da diversidade de formigas.
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