The term media art is responsible for encompassing poetics interested in the adventure between media and technological supports –in an artistic conception based on the formal convergence between expressions. Therefore, this article, dialoguing with the theoretical production arising from the universes of communication and literary theory, critically reflects the translation operated by Ivan Cardoso in the short film Hi-Fi(1999) of the aesthetic information contained in the poetics of Augusto de Campos, hybridizing poetry, music, visual arts, etc. in cinematographic language, in an opening dynamic, as conceptualized by Eco (1988). We will also discuss the post-utopian panorama (CAMPOS, 1997) of contemporary artistic production, an index of modernity
A poética de Augusto de Campos – desde a fase ortodoxa da poesia concreta ao período participante, em que há a abertura intersemiótica para os diálogos com a música popular, por exemplo – se insere no campo da invenção, isto é, no campo da pesquisa em termos de linguagem poética, mirando a oxigenação desta. Para tal, o poeta paulistano se valerá, em termos teóricos, de uma perspectiva poética sincrônica (CAMPOS, 1977), no sentido de que o que vale na história da literatura não é certa ordenação em dinâmica temporal linear, mas a novidade, a radicalidade ou a autenticidade formal. É a partir desse acorde dominante que Campos passará a investir nas novas mídias, levando a cabo o projeto mallarmaico de tensionamento do verso nas esferas da materialidade da linguagem. O presente trabalho tratou de investigar, portanto, a interação do fazer artístico do poeta, crítico e tradutor Augusto de Campos com o suporte computador – sobretudo na produção disponível em sua página do instagram: @poetamenos – e as implicações éticas e estéticas de tal incursão. Para tal, valemo-nos da chave interpretativa da recusa para analisar os poemas “LULALIVRE” e “SEXTILHA FANOMELOGOPAICA em –aica e em –aico”, publicados no livro-manifesto Lula livre/Lula livro (2018), organizado por Marcelino Freire e Ademir Assunção. A leitura foi realizada no sentido de pontuar a plasmação dos aspectos semânticos dos poemas com as suas estruturas sintáticas, em lúdico jogo verbivocovisual, operando uma recusa à redução da arte poética ao mero utilitarismo político-ideológico.
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A produção cinematográfica brasileira – e o pensamento teórico/crítico gestado por tal – apresenta, de maneira recorrente, influxos acerca do problema do subdesenvolvimento. O movimento do Cinema Novo é simbólico nesse sentido por tentar incorporar criativamente a própria precariedade econômica e técnica, índices do terceiro mundo, na linguagem cinematográfica de seus filmes, buscando uma dicção original, isto é, independente dos repertórios estrangeiros. Outras manifestações artísticas também irão pôr em perspectiva a construção da identidade nacional em diálogo com o discurso da precariedade (como o tropicalismo na música e o cinema marginal, por exemplo), e é nessa toada que este artigo pretende analisar o filme Bacurau (2019), dirigido pelos cineastas pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Para tal, recorremos sobretudo ao estudo da violência como produto de uma estética derivada da Estética da fome, manifesto escrito por Glauber Rocha para definir a ética e a estética do cinema produzido em terras tupiniquins. Além disso, buscamos mapear historicamente o longa no campo da contemporaneidade, identificando elementos por vezes anacrônicos acoplados a tessitura cinematográfica do filme. Debruçamo-nos, pois, tanto a investigação dos aspectos próprios da linguagem fílmica (enquadramentos, diálogos, movimentos de câmara etc.), quanto à interação desses elementos com estudos ligados ao campo da história e da sociologia, de modo a tornar a leitura dinâmica, dialética, no sentido de discutir arte e sociedade.
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