Apresentamos neste artigo a tentativa de institucionalização da psicanálise no meio educacional, através das iniciativas do psiquiatra Julio Porto-Carrero e do educador Deodato de Moraes junto à “Associação Brasileira de Educação”. Trazemos também, junto a esse debate, as críticas realizadas pelo educador paulista Renato Jardim com relação a essa inserção da psicanálise no meio educacional.
Resumo O objetivo deste artigo é apresentar uma correspondência enviada em 1932 pelo psiquiatra Julio Porto-Carrero ao psiquiatra Arthur Ramos, informando sobre as atividades da Sociedade Brasileira de Psicanálise e a preocupação em sistematizar alguns conceitos psicanalíticos para sua tradução na língua portuguesa. Por meio dessa correspondência, juntamente com a análise de outras fontes, pretende-se mostrar como os psiquiatras-psicanalistas cariocas buscavam incluir a psicanálise no meio médico-científico do período, procurando estimular um número cada vez maior de especialistas a se interessar pela teoria de Freud no país.
Resumo: O artigo analisa como a teoria psicanalítica foi apropriada por médicos psiquiatras nas primeiras décadas do século XX, inserida num amplo contexto de discussão de projetos para a nação brasileira. Num segundo momento, tomamos o ano de 1926 como um marco importante porque foi quando se criou a Clínica de Psicanálise e seções de estudo sobre tal saber dentro da Liga Brasileira de Higiene Mental, proporcionando um local institucionalizado de discussão e aplicação dessa teoria. Por fim, concluímos com uma breve discussão sobre os caminhos que tal teoria assumiria nos anos posteriores.
O presente artigo pretende contribuir com o entendimento de como as dinâmicas próprias do tempo histórico moderno e da temporalidade histórica atualista, diagnosticada contemporaneamente, intensificam as possibilidades da reprodução de experiências traumáticas e reduzem drasticamente a possibilidade da experiência do luto, ainda mais imprescindível em tempos de catástrofe pandêmica. A intensão é realizar essa reflexão a partir de uma interlocução entre estudos no âmbito da teoria da história e da psicanálise. Mediante à reflexão sobre essas dinâmicas histórico-temporais hegemônicas, pretende-se apontar e favorecer a emergência de outras formas de abertura para a articulação das experiências da historicidade, capazes de dar voz à diferença, assim como à corpos e afetos disruptivos.
Resumo A nota de pesquisa apresenta considerações sobre a recepção da teoria psicanalítica, antes dessa se tornar uma ferramenta científica institucionalizada, pelos médicos psiquiatras no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX. Para compreender os contornos de tal recepção, analisa, do ponto de vista da circulação do conhecimento científico e do processo adaptativo ao contexto local, como as leituras que os psiquiatras faziam da teoria psicanalítica se inseriam nas teorias e pressupostos científicos então vigentes, inicialmente nos debates sobre as categorias histeria e nervosismo. Propõe ainda que seja aprofundada a contribuição da teoria psicanalítica para outras discussões da época, como sexualidade e doenças nervosas.
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