O objetivo desse artigo é compreender a (re)produção das territorialidades camponesas nos assentamentos rurais do sudeste goiano (GO), com ênfase em continuidades e mudanças políticas, econômicas e culturais. Nosso recorte espacial abrange seis assentamentos: Assentamento João de Deus (Silvânia, 1987), Assentamento São Sebastião (Silvânia, 1997), Assentamento Olga Benário (Ipameri, 2005), Assentamento Madre Cristina (Goiandira, 2009), Assentamento Buriti (Silvânia, 2009) e Assentamento Maria da Conceição (Orizona, 2010). Por meio de uma abordagem qualitativa, conduzimos a pesquisa teórica, a documental e a de campo (centrada em entrevistas semiestruturadas e registro fotográfico), contando com uma amostragem não probabilística. Concluímos que nos assentamentos rurais do sudeste goiano se (re)produzem as formas de vida tradicionais do campesinato (o valor de uso da terra, o trabalho familiar, a ajuda mútua, o catolicismo popular) conjugadas com mudanças políticas, econômicas e culturais que as famílias assentadas vivenciam por meio da territorialidade, como o trabalho em associações, a experiência da luta pela terra e a adesão ao pentecostalismo.
Resumo O objetivo deste artigo é compreender o processo de (re)territorialização camponesa no Sudeste Goiano, por meio da luta pela terra e da efetivação dos assentamentos rurais como expressões (i)materiais desta (re)territorialização. No âmbito da pesquisa qualitativa, desenvolvemos pesquisa teórica, documental e de campo, com a realização de entrevistas semiestruturadas e registros fotográficos. Compreendemos que a luta pela terra foi um momento importante para a (re)territorialização camponesa no Sudeste Goiano, sendo os assentamentos uma expressão (i)material deste processo, onde os indivíduos e as famílias assentadas produzem seus territórios e territorialidades, no tempo histórico. Da apropriação inicial, passando pela produção de alimentos, a autoconstrução de suas moradias e a expressão das suas religiosidades, temos uma porção do espaço geográfico sendo transformada em território camponês. E isto é significativo em uma região goiana marcada pela agricultura capitalista especializada na exportação de produtos agrícolas. Nesta (re)territorialização, os camponeses assentados adquirem um trunfo para suas vidas, que é o território. Palavras-chave: (Re)territorialização. Território. Territorialidades. Assentamentos rurais. Sudeste Goiano. Résumé Assentamentos rurais no sudeste goiano: Rafael de Melo Monteiro expressões (i)materiais da (re)territorialização camponesa
(CIP) G345 Geografia no Século XXI-Volume 2/ Tabela 01-Relação das plantas medicinais plantadas e suas indicações,2015. PLANTA MEDICINAL INDICAÇÕES ALECRIM Tosse, enxaqueca, dor de cabeça, úlcera estomacais, cistite, Alzheimer, artrite e artrose. ALFAVACA Pode ser usada no tratamento de problemas renais. Ajuda na digestão, melhorando casos de má digestão. Ajuda em casos de febre e/ou tosse, diminuindo ambas. Atua aumentando a lactação. Pode ser utilizada em problemas como câimbra do estômago. Catarro, enxaqueca, gripe, náuseas e problemas na garganta são combatidos e evitados pelo chá. Gases, gastrite e vômitos são amenizados. Indicado para pessoas que têm muito estresse e/ou fadiga. É bom para o tratamento da pneumonia, da bronquite e de doenças mentais. Indicado para epilepsia, distúrbios do trato urinário, infecções cutâneas, micoses, prurido, conjuntivite e reumatismo. Pode ser usado para tratar dor de ouvido. Acaba com as aftas. ALOE-VERA/ BABOSA O tratamento de cortes e feridas, acne, coceiras, manchas na pele, picadas de insetos, dores musculares, problemas digestivos, artrite, sinusite e asma, além do já citado combate eficiente às queimaduras, seja por fogo ou raios solares. ANADOR Problemas pulmonares: tosse, bronquite, bronqueolite, asma. ARRUDA Varizes (em forma de escalda pé, por aumentar a resistência dos vasos sanguíneos). CAPIM-LIMÃO/ CIDREIRA Nervosismo, estresse, distúrbios digestivos. CARQUEJA Problemas gástricos (gastrites, úlceras, queimação do estomago, má digestão); Problemas hepáticos e cálculos biliares; Diabetes. ERVA / SANTA MARIA Era usado para banhar bebês febris, para tratar mordidas de cobra e feridas. O suco da erva é aplicado a hemorroidas. Em forma de lavagem, utilizada para tratar infecções fungosas como pé-de-atleta e lombriga. GUACO Problemas respiratórios como tosse, asma, bronquites e alergias; Aftas; Diarreias e cólicas. Leishmaniose e tripassomíase. Candidíase (uso externo e interno). HORTELÃ Problemas digestivos, cólicas digestivas, flatulência, azia, mau hálito, dor de garganta, dor no trato gastrointestinal, síndrome do intestino irritável, enxaqueca, dores musculares. JURUBEBA As folhas e flores são aperientes, anti-inflamatórios, cicatrizantes, depurativos do sangue, descongestionantes, digestivos, diuréticos, estimulantes, laxantes e tônicos. Já as raízes e frutos são antianêmicos, antidiabéticos, aperientes, diuréticos e tônicos, no tratamento de anemia, desordens digestivas e problemas no fígado.
O objetivo deste artigo é compreender os desdobramentos políticos do (neo)pentecostalismo no Assentamento Olga Benário, localizado no município de Ipameri (GO), com ênfase na compreensão, pelos assentados, acerca do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da luta pela terra e da vida no assentamento. Os depoimentos apresentados foram extraídos da transcrição de 40, das 55 entrevistas realizadas, no ano de 2015, no Assentamento Olga Benário, juntamente com alguns registros fotográficos desta época (2015) e de anos anteriores (2012/13). De modo geral, acreditamos que o (neo)pentecostalismo contribui com a dissociação entre os fiéis e seus problemas políticos, fazendo-os transferirem ao plano espiritual a solução das dificuldades da vida, ficando, sem generalizações, alheios à mobilização e reivindicação objetivas, realizadas no tempo e espaço presentes. Por isso, mesmo tendo participado do MST, muitos relativizam e/ou negam a importância política deste movimento social e se colocam diante de uma solução individual dos problemas ou em conjunto, mas restrita à comunidade de fiéis que compõem uma igreja. Isto mostra também, possivelmente, uma desresponsabilização dos indivíduos sobre o destino das suas vidas, contando com a onipresença, onipotência e onisciência de Deus para a salvação eterna e a ascensão ao paraíso.
O objetivo desse artigo é compreender, pela análise do Coletivo Margarida Alves e da ASPROAB, as disputas de poder em torno do trabalho e da produção do território no Assentamento Olga Benário, em Ipameri (GO). O aporte teórico-conceitual parte das discussões sobre território e relações de poder, com base em autores como Foucault, Raffestin e Saquet, além dos que tratam do campesinato e dos assentamentos rurais, a exemplo de Woortmann, Turatti, Pessoa e Ferrante, entre outros. Na pesquisa de campo, foram realizadas 55 entrevistas semiestruturadas, entre janeiro e maio de 2015. Em 2019, foram feitas, também, 20 entrevistas com membros da ASPROAB. O trabalho se tornou eixo central das relações de poder e da produção do território no Assentamento Olga Benário, investido em diferentes projetos políticos: de um lado, a recusa do assentamento coletivo, pela maioria das famílias, e a adesão ao modelo associativo, que conserva a posse da terra e a organização familiar do trabalho, com a preocupação de assegurar a estabilidade de vida na terra; por outro lado, o Coletivo Margarida Alves, a despeito do seu desfazimento, também imprimiu sua importância na dinâmica histórica do assentamento, por sua proposta alternativa de trabalho e terra coletivos, sintonizada com a perspectiva de transformação social do MST. Palavras-chave: Território. Relações de poder. Assentamento Olga Benário. Ipameri. Goiás.
O objetivo deste artigo é compreender os desdobramentos políticos do (neo)pentecostalismo no Assentamento Olga Benário, localizado no município de Ipameri (GO), com ênfase na compreensão, pelos assentados, acerca do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da luta pela terra e da vida no assentamento. Os depoimentos apresentados foram extraídos da transcrição de 40, das 55 entrevistas realizadas, no ano de 2015, no Assentamento Olga Benário, juntamente com alguns registros fotográficos desta época (2015) e de anos anteriores (2012/13). De modo geral, acreditamos que o (neo)pentecostalismo contribui com a dissociação entre os fiéis e seus problemas políticos, fazendo-os transferirem ao plano espiritual a solução das dificuldades da vida, ficando, sem generalizações, alheios à mobilização e reivindicação objetivas, realizadas no tempo e espaço presentes. Por isso, mesmo tendo participado do MST, muitos relativizam e/ou negam a importância política deste movimento social e se colocam diante de uma solução individual dos problemas ou em conjunto, mas restrita à comunidade de fiéis que compõem uma igreja. Isto mostra também, possivelmente, uma desresponsabilização dos indivíduos sobre o destino das suas vidas, contando com a onipresença, onipotência e onisciência de Deus para a salvação eterna e a ascensão ao paraíso.
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