A precipitação é um elemento meteorológico de grande importância, e seu conhecimento histórico torna-se relevante para o monitoramento de impactos causados pelo seu excesso ou falta prolongados. Objetivou-se, no presente trabalho, analisar a distribuição da precipitação mensal e anual e os níveis de probabilidade de ocorrência de chuvas, utilizando-se o modelo probabilístico de distribuição Gama incompleta, para os dados de precipitação pluviométrica de Cáceres (MT). Utilizou-se uma série de dados de 26 anos, disponibilizada pelo Instituto Nacional de Meteorologia, o qual possui uma estação em Cáceres. A precipitação anual teve grande variabilidade, com mínima de 972,9 mm, em 1985, e máxima de 1.624,1 mm, em 1998. Observou-se, por meio dos dados mensais, que existem duas estações bem definidas, a seca (maio a setembro) e a chuvosa (outubro a abril). As menores médias mensais ocorreram nos meses de junho, julho e agosto, com 16,59 mm, 17,90 mm e 20,09 mm, respectivamente. As estimativas do parâmetro α variaram de 0,9, em junho e agosto, a 13,4, em março. O parâmetro β variou de 13,2, em março, a 33,1, em janeiro. O período com maior probabilidade de precipitação vai de dezembro a março, enquanto junho, julho e agosto foram os meses em que a probabilidade de ocorrência de precipitação foi mais baixa.
A s cucurbitáceas representam um grande volume de hortaliças comercializadas no Brasil. Incluem várias espécies que se destacam economicamente no abastecimento nacional pela ampla aceitação popular como o melão, melancia e abóboras (Filgueira, 2008). Em geral, as cucurbitáceas são produzidas em quantidades relativamente pequenas para consumo local e não costumam figurar nas estatísticas de produção de forma mais significativa, embora constituam itens importantes na dieta alimentar de muitos povos, na medida em que uma ou mais espécies sempre estão presentes nas áreas de cultivo, sejam em escala comercial ou não. No Brasil o pepino (Cucumis sativus) apresenta uma produção de 215.117 toneladas (aproximadamente 4,4% da produção nacional de hortaliças), a região centro-oeste contribui com uma produção de 19.723 toneladas (IBGE, 2006).O pepino encontra-se entre as hortaliças de frutos com maior interesse comercial no Brasil. É muito apreciado e consumido em todo o país, na forma de fruto imaturo em saladas, curtido em salmoura ou vinagre na forma de picles e raramente maduro e cozido. Além do valor econômico e alimentar, o cultivo do pepino também tem grande importância social, na geração de empregos diretos e indiretos, pois demanda grande quantidade de mão-de-obra, desde o cultivo até a comercialização (Fontes & Puiatti, 2005;Filgueira, 2008).Através do cultivo em ambiente protegido é possível obter aumento nos rendimentos, bem como um produto de melhor qualidade para comercialização, principalmente fora das épocas tradicionais de cultivo na região, minimizando o efeito da sazonalidade de produção, além de possibilitar o controle parcial de fatores responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento das plantas. O cultivo RESUMOAvaliou-se a produção de pepino japonês Tsuyataro, com diferentes métodos de orientação do crescimento das hastes, a partir do controle de brotações laterais das hastes e do número de hastes por planta, realizados através da poda. O trabalho foi desenvolvido no período de outubro a dezembro de 2010, em ambiente protegido em Tangará da Serra-MT, adotando-se o delineamento em blocos casualizados, distribuídos em esquema fatorial 2x3. O primeiro fator foi constituído de desbrota, ou seja, realização ou não da retirada dos ramos laterais das hastes e o segundo fator foi constituído pelo controle do número de hastes por planta: uma, duas e três hastes/planta, em cinco repetições. Foram avaliadas as características número de frutos total e comercial; taxa de frutos comerciais, comprimento, diâmetro, relação comprimento/diâmetro do fruto, produtividade total e comercial de frutos por planta; e massa média dos frutos do pepino. A condução da haste principal sem a retirada dos ramos laterais foi o tratamento que apresentou superioridade com relação ao número de frutos total e comercial por planta (19,4 e 16,0), e também maior produtividade total e comercial de frutos (4.235,8 e 3.438,3 g/planta). Já a poda das brotações laterais promoveu aumento no comprimento, diâmetro e na massa média dos frutos do p...
A alface, dentre as hortaliças folhosas, é a mais comercializada no Brasil. Apresenta elevado teor de vitaminas e possui grande quantidade de sais minerais. É originária de clima ameno, seu cultivo é próprio para o inverno, atingindo nesse período as maiores produções. Devido ao crescente aumento no consumo dessa hortaliça, faz-se necessário o aumento na quantidade e qualidade do produto. Porém, a qualidade final de um produto agrícola é resultado de diversos fatores, dentre estes da dose de nutrientes (Bernardi et al., 2005).Entre os tipos de alface cultivados, atualmente, tem-se destacado a alface americana. Esse destaque se deve, principalmente, às características apresentadas por esse grupo. A alface americana diferencia-se dos demais grupos por apresentar folhas externas de coloração verde-escura, folhas internas de coloração amarela ou branca, imbricadas e crocantes assemelhando-se ao repolho (Yuri et al., 2002). O cultivo comercial de hortaliças em ambiente protegido é uma atividade consolidada e crescente, principalmente nas proximidades de grandes centros urbano, onde a capacidade de produção intensiva em pequenas áreas atende a grande demanda que estes locais apresentam, tanto em quantidade como em qualidade de produtos hortigranjeiros (Araújo et al., 2010). Segundo Rodrigues et al. (1997), a principal vantagem desta técnica consiste na possibilidade de produção, principalmente de hortaliças, nos períodos de entressafras, permitindo maior regularização da oferta e melhor qualidade dos produtos.Com o processo de modernização da agricultura houve uma desvalorização dos processos naturais e biológicos, priorizando, principalmente, o uso de adubos minerais de alta solubilidade. O emprego de fertilizantes minerais na cultura da alface é uma prática agrícola que traz resultados satisfatórios em termos de produtividade. Contudo, deve-se levar em consideração a qualidade final do produto, pois sabe-se que seu uso desordenado pode prejudicar a saúde dos consumidores, através da contaminação do lençol freático, além de onerar os custos de produção (Souza & Resende, RESUMOEste trabalho foi realizado na Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus universitário de Tangará da Serra, com objetivo de avaliar as características agronômicas de cultivares de alface americana mediante doses de torta de filtro, em ambiente protegido. Foi utilizado delineamento experimental de blocos casualizados, em arranjo fatorial de 3x4, constituído por três cultivares (Júlia, Tainá e Rafaela) e quatro doses (0, 10, 20 e 40 t ha -1 ), com quatro repetições. O tamanho das parcelas foi de 1,2x1,2 m com 16 plantas e espaçamento 30x30 cm, onde foram analisadas quatro plantas centrais de cada parcela. Foram avaliadas a massa fresca total, massa fresca comercial, massa fresca da cabeça, número de folhas totais, número de folhas comerciais, comprimento do caule, diâmetro do caule, diâmetro da planta. A cultivar Rafaela apresentou desempenho superior para massa fresca total, comercial e da cabeça, na dose de 20 t ha -1 de torta de filtro. A...
Climate change promotes variations in climatic elements necessary for crop growth and development, such as temperature and rainfall, potentially impacting yields of staple crops. The objective of this study was to assess future climate projections, derived from Intergovernmental Panel on Climate Change, and their impacts on second season maize in a region of Mato Grosso state. Field experiments in the 15/16 season comprising different sowing dates and hybrids maturities in rainfed conditions were used for crop model adjustment and posterior simulation of experiments. Crop simulations comprised historical (1980-2010) and future (2010-2100) time frames combined with local crop management practices. Results showed decreases of 50-89% in grain yields, with the most pessimistic scenarios at the latest sowing date at the end of the century. Decreases in the duration of crop cycle and in the efficiency of water use were observed, indicating the negative impacts of projected higher temperatures and drier conditions in crop development. Results highlight the unfeasibility of practicing late sowing dates in second season for maize in the future, indicating the necessity of adjusting management practices so that the double-cropping production system is possible.
This study assessed potential impacts of climate on the dynamics of soybean-maize systems, a widespread cropping practice in Central Brazil, in regions of Mato Grosso state. Baseline (historical) and future climate scenarios in the mid and end of the twenty-first century were locally defined. Climate projections were input in a crop model, which was used to analyze their impact on first season's crop (soybean), and more emphasis was given on the second season's crop, maize development. In the climate projections, we observed a generalized increase in temperature for all scenarios, with variability of rainfall amount and pattern. Soybean growth showed a general enlargement of cycle length (average of up to 16%) and increase of yields (average of up to 34%) in future conditions. Soybean sowing dates and future climate contributed to the shortening of recommended maize sowing window and yield decreases. At most extreme scenarios of future climate, only soybean sown at the earliest dates would enable the latest maize sowing dates, bringing the greatest losses to the latter crop. Estimated maize yields showed relative average variations from baseline of − 22.5% and − 32.5% in RCP 4.5 in the mid and end of the century, while variations were of − 34% and − 55% in RCP 8.5 in the mid and end of the century, respectively. Timing of soybean sowing dates in a future climate will become more important in influencing the dynamics of subsequent maize's sowing dates and yields under a more extreme and unfavorable climate for its development.
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