A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade em virtude de seu caráter pandêmico e gravidade. O uso da terapia antirretroviral está associado ao desenvolvimento de diferentes tipos de dor, sendo a dor neuropática uma delas. A dor neuropática ocorre pela lesão do sistema nociceptivo, que envolve mudanças moleculares, fisiológicas e anatômicas. Considerando que a infecção por HIV gera custos elevados para o sistema de saúde, e que suas comorbidades elevam ainda mais esses custos, a compreensão dos mecanismos da dor nessa população possibilita uma melhor assistência e uma redução da carga para o sistema. A dor neuropática pode apresentar diferentes possíveis mecanismos fisiopatológicos envolvidos, tornando-se um desafio para o tratamento de pacientes com HIV. A compreensão sobre a neurofisiologia da dor neuropática e o HIV pode promover melhores abordagens aos pacientes e a redução de comorbidades associadas, com impacto na qualidade de vida.
Este estudo apresenta vivências de acadêmicos de Enfermagem e Psicologia em um projeto de iniciação científica, dentro de uma ONG situada em Porto Alegre/RS, especializada no atendimento de pacientes com HIV/AIDS. Os acadêmicos realizaram a produção de dados para uma pesquisa transversal que analisa a neurofisiologia da nocicepção e sensibilização central em indivíduos com neuropatia por HIV, na busca de melhor compreensão dos mecanismos fisiopatológicos envolvidos na dor e de sua correlação com a manifestação clínica em diferentes estágios da doença. Nesse contexto, o presente artigo pretende descrever experiências dos acadêmicos junto aos pacientes soropositivos, bem como o aprendizado proveniente das atividades realizadas. Nota-se a importância da inserção do aluno de iniciação científica em projetos de pesquisa, visando o treinamento de um profissional investigador, o contato com pacientes do estudo enriqueceu o saber e promoveu vivências em situações onde é preciso além de coletar dados saber escutar o indivíduo que muitas vezes está em situação de vulnerabilidade. Nesse contexto destaca-se a importância da organização de um estudo e na prática a responsabilidade e empatia no qual os pesquisadores (alunos e professores) abordam os participantes do estudo.
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