O município de Arapiraca, situado na mesorregião do Agreste Alagoano, encontra-se numa área de transição climática entre osclimas tropical úmido e tropical semiárido, possuindo, assim, clima tropical semiúmido. A geologia é composta de rochascristalinas pré-cambrianas e sedimentares, onde esta última situa-se em uma faixa direção noroeste-sudeste, cortando quase todoo município. O relevo é formado basicamente por um planalto rebaixado suavemente plano, com presença de algumas elevaçõesque compõem as principais serras do município. Os solos são em sua maioria de baixa fertilidade, com destaque para a presençados argissolos férteis em direção a sudeste. As demais classes de solos observadas foram latossolos, litossolos e planossolos. Omunicípio de Arapiraca faz parte de 4 bacias hidrográficas: bacia do rio Traipu, bacia do rio Coruripe, bacia do rio Perucaba ebacia do rio Piauí. A vegetação original é de transição entre os biomas da Mata Atlântica e da Caatinga, sendo que grande parteda cobertura original já foi devastada, restando apenas alguns poucos fragmentos, como os situados na Serra dos Ferreiras e naMassaranduba. Por fim, conclui-se que o município apresenta limitações naturais associadas a baixa fertilidade natural dos solose o regime de chuvas concentradas. Por outro lado, a estabilidade do relevo associada a sua forma predominantemente aplainadaproporcionam baixo risco a ocorrência de processos erosivos.
Artigo recebido em 13/01/2013 e aceito para publicação em 30/01/2013 Resumo O objetivo deste trabalho foi caracterizar a dinâmica espaço-temporal do regime fluvial do Rio Paraíba. Para tanto, foram utilizados dados de séries históricas disponíveis no site da ANA, através do sistema de informações hidrológicas (HIDROWEB). A análise dos dados permitiu verificar que a distribuição é assimétrica e com desvio padrão superior à média, sugerindo ocorrência de regimes extremos. O mês de abril foi, em toda a bacia, o de maior vazão registrada, seguido pelos meses de março e maio. Os meses de menor vazão foram setembro, outubro e novembro, refletindo a dinâmica climática regional. O Rio Paraíba responde rapidamente às fortes chuvas, devido ao predomínio do escoamento superficial na bacia, o que produz hidrogramas de vazão com "picos". Contudo, foi confirmada a influência dos açudes na regularização da sua vazão. Palavras-chave: regime fluvial; açudes; semiárido; Rio Paraiba.
ResumoO Médio Vale do Rio Paraíba do Sul (MVRPS) vem sendo amplamente estudado nos últimos anos, e sua evolução durante o Quaternário Tardio foi descrita por dois ciclos de instabilidade morfodinâmica. O primeiro resultou de uma alteração climática para mais quente e úmido, durante a transição Pleistoceno-Holoceno, gerando intensos processos erosivos nas encostas e entulhamento dos fundos de vale. A relativa estabilidade geomorfológica foi alcançada com a instalação da fl oresta atlântica. O segundo ciclo ocorreu com a entrada do cultivo de café na região, ocasionando o rápido desmatamento da fl oresta e, reativando processos erosivos em escala regional. Nesse sentido, os diversos estudos na área apontam para uma evolução geomorfológica marcada por processos mecânicos que deixaram marcas (feições) na paisagem. A bacia do rio Turvo, apesar de ser afl uente do MVRPS, não apresenta feições geomorfológicas típicas a essa área, como voçorocas, espessos terraços fl uviais, etc.. Diante desse quadro, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma caracterização geomorfológica da bacia do rio Turvo tendo como base a realização de um mapeamento das principais feições geomorfológicas. O mapeamento permitiu a identifi cação, quantifi cação e a espacialização das principais formas, bem como a discussão sobre os seus processos geradores que, em última análise, seriam responsáveis pela evolução geomorfológica recente da bacia. Para fazer o mapeamento geomorfológico foram utilizadas fotografi as aéreas e cartas topográfi cas na escala 1:50.0000. Através do mapeamento geomorfológico foram identifi cadas 222 depressões fechadas em divisores de drenagem, evidenciando forte atuação de mecanismos geoquímicos.
ResumoA bacia do Alto Rio Paraíba é estratégica para a gestão dos recursos hídricos no Estado da Paraíba. Recentemente, a bacia começou a receber águas da transposição do Rio São Francisco, gerando a perenização do rio principal até o Açude Epitácio Pessoa, principal reservatório hídrico da região, que abastece Campina Grande. Contudo, a realização de estudos sobre as perdas de solo na bacia são fundamentais para se analisar o comportamento hidrossedimentológico nesta bacia. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo avaliar as perdas de solo e as áreas mais propensas à erosão dos solos na bacia do Alto Rio Paraíba. Para tanto, neste estudo foi utilizada a Universal Soil Loss Equation (USLE), a partir da álgebra de mapas. As estimativas das perdas de solos predominaram entre baixa a moderada (0120 t/ha.ano). Os resultados mostraram que as taxas de perdas de solo estimadas são compatíveis com a literatura para ambientes semiáridos. O fator "uso e cobertura" foi considerado o mais importante no cálculo da USLE para a bacia.Palavras-chave: perdas de solo. USLE. semiárido. ESTIMATED SOIL LOSS IN THE UPPER PARAÍBA RIVER BASIN, SEMIARID OF PARAÍBA STATE AbstractThe Upper Paraíba River basin is strategic for the management of water resources in the Paraíba State. Recently the basin began to receive waters of the transposition of the São Francisco River, generating the perenization of the main
A bacia hidrográfi ca do Alto Rio Paraíba é de grande importância para o uso e gestão dos recursos hídricos no Estado da Paraíba. Em seu alto curso, desde 2017, são lançadas águas do Rio São Francisco, com o objetivo de perenizar seu curso principal e garantir segurança hídrica para os reservatórios. Com o objetivo de analisar e interpretar as características morfométricas da bacia do Alto Rio Paraíba, foram aplicados diversos índices morfométricos para a maior compreensão da morfodinâmica fluvial na esculturação do relevo da bacia. Para tanto, os dados foram processados utilizando o Modelo Digital de Elevação do SRTM, com resolução espacial de 30 metros e a rede de drenagem foi obtida na escala 1:100.000. Os parâmetros morfométricos utilizados foram: ordem hierárquica do canal (U), número de canais (N u ), comprimento dos canais (L u ), comprimento da bacia (L b ), razão de bifurcação (R b ), área (A), perímetro (P), densidade de drenagem (D d ), densidade de rios (D r ), textura da drenagem (T), Informações sobre o ArtigoRecebido (
Diversos estudos vêm demonstrando um aumento da degradação das terras na bacia do rio Taperoá, região semiárida da Paraíba. O município de Juazeirinho, situado no alto curso da bacia do rio Taperoá, apresenta menos de 20% de área de caatinga em seu território, refletindo o processo de desmatamento na região. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo avaliar a vulnerabilidade erosiva das terras do município, bem como mensurar taxas de erosão em diferentes tipos de uso. Para tanto, foi utilizado a metodologia proposta por Crepanni (2001) para a realização da vulnerabilidade a erosão. Foram instaladas 3 parcelas hidro-erosivas (milho, palma e pasto). Os resultados mostraram que as perdas de água são altas e semelhantes as encontradas na literatura. A produção de sedimentos é elevada, mesmo em situação de baixa declividade, o que reforça a fragilidade do ambiente. Conclui-se que apesar da vulnerabilidade ser estável a moderadamente estável, as taxas de perdas de água e solos são elevadas, mostrando que o uso e o manejo do solo têm papel fundamental nos processos erosivos locais.
O aspecto mais marcante do clima na Região Semiárida do Brasil é a alta variabilidade espaço-temporal das chuvas. O presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise espacial da precipitação pluvial mensal na bacia hidrográfica do rio Taperoá, localizado na região semiárida paraibana. Este tipo de estudo tem a sua importância devido ao fato da precipitação pluvial ser bastante variável nas escalas temporal e espacial, e, por isso, conhecer esta variabilidade é de grande importância para a gestão e planejamento dos recursos hídricos, sobretudo em áreas semiáridas onde os valores precipitados são mais baixos se comparados a outas áreas tropicais. Para tanto, foram utilizados dados de precipitação de 22 postos pluviométricos, sendo 14 no interior e 8 fora da respectiva bacia. Os dados foram acessados no site do DCA/UFCG, e a partir deles, por meio de ferramentas de geoprocessamento, foram criados mapas que mostraram a variabilidade espacial e temporal das chuvas. Todas as análises foram trabalhadas, através do software Qgis 2.14, e através de técnicas de interpolação foram gerados mapas. Os resultados obtidos apontam que a BHRT apresenta uma distribuição sazonal irregular das chuvas com valores máximos em março e abril o que representa a estação chuvosa na bacia e um período de estiagem bastante pronunciado nos meses de setembro, outubro e novembro. Palavras-chave: chuvas, variabilidade, geoprocessamento. Spatial analysis of rainfall in the Taperoá river basin, semiarid region of Paraíba A B S T R A C T The most important aspect of the climate in the region of semiarid Brazil is the high variability spatiotemporal rainfall. This paper aims to make a spatial analysis of monthly rainfall in the Taperoá river basin, located in Paraíba semiarid region. This type of study has its importance due to the fact that rainfall is highly variable in time and space scales, and therefore know this variability is of great importance for the management and planning of water resources, especially in semi-arid areas where precipitates values are lower compared to other relatively tropical areas. Therefore, rainfall data were used in 22 rainfall stations, 14 in and 8 out of its bowl. The data were accessed in the DCA / UFCG site, and from them through geoprocessing tools, maps were created that showed the spatial and temporal variability of rainfall. All analyzes were worked through Qgis 2:14 software, and through interpolation techniques maps were generated. The results indicate that BHRT has an irregular seasonal rainfall distribution with a peak in March and April which is the rainy season in the basin and one dry season quite pronounced in the months of September, October and November.
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