RESUMO Diante da carência de estudos sobre a frequência de dermatopatias que acometem cães por região geográfica no Brasil, o presente estudo objetivou conhecer a frequência das principais doenças cutâneas que afetam cães na região metropolitana de João Pessoa, Paraíba, Brasil. Os dados foram coletados de cães que passaram por atendimento dermatológico no período de setembro de 2014 a dezembro de 2016. Além dos exames clínicos e dermatológicos os cães foram submetidos a exames complementares (citológico, raspado de pele, parasitológico, tricograma, bacteriológico, micológico, histopatológico e molecular). No período do estudo, foram atendidos 1.083 cães, em que 18,65% (202/1.083) apresentavam algum tipo de dermatopatia não tumoral. Dos 202 cães acometidos, 51,49% (104/202) eram machos e 48,51% (98/202), fêmeas. Desses 202 cães, 13 tinham dois diagnósticos, totalizando 215 dermatopatias. Dos cães afetados, 62,87% (127/202) eram de raça definida e 37,13% (75/202), sem raça definida (SRD). As lesões observadas com mais frequência caracterizaram-se por áreas alopécicas, hipotricoicas, maculosas, erosivas e ulcerativas, placoides, eritematosas, assim como comedões, colaretes, seborreia. As dermatopatias parasitárias foram as mais frequentes (35,35%; 76/215), seguidas pelas dermatopatias bacterianas (24,19%; 52/215), dermatopatias alérgicas (20,00%; 43/215), dermatopatias fúngicas (17,21%; 37/215), dermatopatias por outras causas (2,32%; 5/215) e pelas dermatopatias autoimunes (0,93%; 2/215). Os exames físicos e dermatológicos, incluindo anamnese detalhada, histórico clínico apurado, associado a exames complementares, são ferramentas importantes para o diagnóstico das dermatopatias em cães. Presume-se que a frequência de dermatopatias em cães na região de estudo possa ser maior do que a observada.
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