A ocorrência das doenças foliares de final de ciclo em soja (Glycine max) causadas pelos fungos Septoria glycines e Cercospora kikuchii é facilmente observada no campo. Entretanto, são necessárias informações precisas sobre a quantificação de danos e perdas na produtividade. A falta de um método padrão de quantificação visual para essas doenças pode levar a estimativas imprecisas da severidade das mesmas, induzindo a conclusões erradas. Com o objetivo de elaborar uma escala diagramática para quantificar a severidade dessas doenças, foram coletadas em campo, folhas apresentando diferentes níveis de severidade. A área de cada folha e sua correspondente severidade foram determinadas e, obedecendo-se a "Lei do estímulo de Weber-Fechner", foi elaborada uma escala com os níveis de severidade de doença: 2,4; 15,2; 25,9; 40,5 e 66,6%. A validação foi realizada por nove avaliadores, sem experiência na avaliação das doenças de final de ciclo, os quais estimaram a severidade de 30 folhas de soja com sintomas destas doenças. A precisão das avaliações variou de acordo com o avaliador (0,84<R²<0,65), bem como a acurácia (0,00<a<3,40; 0,90<b<1,29), não ocorrendo erro sistemático na superestimativa ou subestimativa da doença entre os avaliadores, demonstrando que a escala desenvolvida é adequada para a avaliação das doenças de final de ciclo em soja.
Avaliou-se o desempenho produtivo de três cultivares de soja, pertencentes a diferentes ciclos de maturação, instalados em épocas de semeadura normal, tardia e safrinha. Cada época constituiu experimento individual delineado em blocos casualizados num fatorial 3 x 3 (três cultivares: IAC-12, IAC-17 e IAC-19; três densidades de plantas: 10, 20 e 30 plantas.m-1), com três repetições. Os componentes da produção, destinados à avaliação do rendimento, número total de vagens por planta e número total de grãos por planta, foram determinados em 10 plantas aleatórias na parcela útil. A massa de 1000 grãos e o rendimento de grãos foram determinados com base na população final de plantas na área útil de cada parcela. Concluiu-se que: os caracteres componentes do rendimento apresentam variações entre eles, com efeito de compensação, no sentido de uniformizar o rendimento de grãos, entre cultivares, densidades e época de semeadura; o cultivar IAC-19 apresenta melhor desempenho para rendimento de grãos em época de semeadura safrinha, independente das densidades; a época de semeadura é o fator que mais influencia no rendimento de grãos.
Como parte da rede oficial do Estado de São Paulo relativa à competição de linhagens de soja, desenvolveu-se no município de Piracicaba-SP, durante o ano agrícola 1996/97, experimento de campo visando avaliar o desempenho vegetativo e produtivo de linhagens e cultivares de soja (Glycine max L. Merrill) pertencentes ao ciclo de maturação precoce. Delineado em blocos ao acaso com 20 tratamentos (linhagens e cultivares) e 4 repetições, o experimento foi instalado em Terra Roxa Estruturada eutrófica. As parcelas foram constituídas por 4 linhas espaçadas entre si de 0,50 m com 5,0 m de comprimento. Como padrões de comparação das novas linhagens, foram utilizados os cultivares IAS-5 (atualmente o mais cultivado no Estado de São Paulo) e IAC-17 (com elevada produtividade nos últimos ensaios no Estado de São Paulo). Foram avaliadas as seguintes características: estande inicial; época de florescimento; época de maturação; altura de planta no florescimento e na maturação; altura de inserção da primeira vagem; grau de acamamento e rendimento em grãos. Concluiu-se que: a) baixo estande de plantas promoveu menor altura final, menor altura de inserção de vagem e menor rendimento em grãos; b) as linhagens BR 92-4428, BR 92-6528, IAC 93-680, IAC 90-938, IDS 413-F4, IAC 93-598 e IAC 90-1000, foram as mais produtivas, superando ambos os padrões; c) as linhagens FT 90-2687 e BR 92-5261, apresentaram os piores rendimentos.
RESUMO Com o objetivo de avaliar o comportamento de genótipos de soja aos herbicidas imazaquin, diclosulan e sulfentrazone, foi conduzido um ensaio na Fazenda Três Irmãos, pertencente ao município de Jataí-GO, durante a safra 2000/2001. Após semeados os genótipos de soja em solo de textura arenosa contendo 17,19% de argila; 3,44g/Kg de matéria orgânica e CTC de 12,49cmol c /dm 3 , foram aplicados em pré-emergência os herbicidas imazaquin, diclosulan e sulfentrazone nas doses equivalentes a 140 e 280g/ha, 35 e 70g/ha, 600 e 1200g/ha, respectivamente. Aos 15 e 30 dias após a aplicação dos tratamentos (DAT), foi avaliada a fitotoxicidade dos herbicidas nos genótipos de soja. Por ocasião da colheita, foram avaliadas a altura de plantas e de inserção da primeira vagem, o estande final e o rendimento. Concluiu-se que: a) Os genótipos EMGOPA 302, GO BR 93-12 2243 RNC, GOIÂNIA, EMGOPA 3l6, LUZIÂNIA, foram os mais sensíveis ao herbicida sulfentrazone; b) Diclosulan 70 g/ha causou sintomas visíveis de fitotoxidez as cultivares SANTA CRUZ, EMGOPA 313 e EMGOPA 316; c) Os genótipos EMGOPA 302, SANTA CRUZ e GOIÂNIA, foram os que apresentaram maiores sensibilidade ao herbicida imazaquim 280 g/ha d) Nas doses testadas, os herbicidas não afetaram significativamente a densidade populacional, nem a altura de inserção da primeira vagem dos genótipos de soja; e) Sulfentrazone na dose equivalente a 1200 g/ha provocou reduções significativas na altura de plantas dos genótipos GOBR 93-1283, EMGOPA 316 e CRIXÁS, em relação à testemunha. GOIÂNIA, GOBR93, 122243 RNC e LUZIÂNIA.Diclosulan, em dose equivalente a 35 g/ha, provocou redução na altura de plantas dos genótipos GOIÂNIA, GOBR 93-122243 RNC e LUZIÂNIA; já GOBR 93-122243 RCN, GOIÂNIA, LUZIANIA, EMGOPA 316, SANTA CRUZ e CRIXÁS tiveram suas alturas afetadas em relação à testemunha, em dose equivalente a 70 g/ha de diclosulan. Imazaquin, em dose equivalente a 280 g/ha, afetou significativamente a altura de plantas da variedade CRIXÁS; d) Diclosulan em dose equivalente a 70 g/ha proporcionou reduções significativas nos rendimentos dos genótipos GOBR93-122243 RCN, EMGOPA 302, SANTA CRUZ e EMGOPA 313. Sulfentrazone, utilizado em dose equivalente a 1200 g/ha causou redução na produtividade dos genótipos GOBR 93-122243 RNC, GOIATUBA, LUZIÂNIA, EMGOPA 316, EMGOPA 314, SAMBAÍBA, EMGOPA 302, EMGOPA 313 e CRIXAS. Já os genótipos GOIATUBA, EMGOPA 316 e SANTA CRUZ apresentaram reduções na produtividade com o uso de imazaquin em dose equivalente a 280 g/ha; e) Os genótipos de soja apresentaram tolerância diferenciada aos herbicidas sulfentrazone, diclosulan e imazaquin, em especial quando foi empregado o dobro da dose. Palavras chave: Glycine max, fitotoxicidade, rendimento de grãos e pré-emergência.
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