RESUMO Objetivos Verificar o conhecimento dos médicos de UTI sobre o diagnóstico de morte encefálica (ME) e averiguar a opinião dos médicos de UTI sobre doação de órgãos. Métodos Estudo quantitativo, exploratório, descritivo e transversal. Foram entrevistados 38 médicos que trabalham em UTI adulto em um hospital estadual da cidade do Rio de Janeiro. O instrumento de coleta de dados foi dividido em três partes: a primeira se referia a informações profissionais; a segunda era composta por nove questões fechadas, de múltipla escolha, que abordavam critérios técnicos para a realização do diagnóstico de morte encefálica; outras sete questionavam a opinião dos entrevistados sobre morte encefálica e doação de órgãos. Resultados A população do estudo possui média de idade de 38,45 anos (DP = 10,58). Em relação ao tempo de formação, observou-se a média de 11,87 anos (DP = 8,94). O quantitativo geral de acertos das questões conceituais foi de 8,07 (DP = 0,78). Dos 38 participantes, apenas 31,57% acertaram todas as questões. Observou-se que dois entrevistados (5,2%) não se consideravam seguros em realizar o exame clínico. Não foram encontradas diferenças significativas nos números de acertos em comparações referentes a idade e/ou sexo dos entrevistados. Conclusão Somente o grupo profissional de intensivistas teve participantes que acertaram todas as questões técnicas. No entanto, algumas questões básicas precisam ser mais bem discutidas. É importante a incorporação de disciplinas que abordem o tema nos cursos de graduação da área de saúde. Atitudes educativas sobre o tema podem ser mais bem difundidas nos cursos de graduação das diversas áreas de saúde, com a inclusão de disciplinas na grade curricular, bem como a abordagem do tema de forma extensiva nos cursos de especialização em terapia intensiva, de modo a permitir que se formem profissionais com maior grau de conhecimento sobre todo o contexto que envolve a ME e o processo doação-transplante, uma vez que esse processo não admite falhas em nenhuma das etapas.
O decreto Nº 9.175, de 18 de outubro de 2017 trouxe consideráveis e necessárias mudanças ao texto da Lei de Doação de Órgãos, visando dar maior rapidez e garantia para que os procedimentos sejam realizados com pleno êxito, levando-se em consideração que o Brasil figura em posição privilegiada na lista dos países que mais realizam transplantes no mundo. Por este motivo, este estudo tem por objetivo verificar a efetividade da agilização da doação de órgãos frente a nova legislação brasileira. Utilizou-se como metodologia a revisão integrativa, com busca nos bancos de dados BVS, SciELO e LILACS, que levou a seleção de 10 artigos que analisados levaram a criação de três categorias temáticas: A Conduta da enfermagem frente ao Provável Doador; Fatores que levam a doação ou não de órgãos e A Efetividade da Nova Legislação na Agilização da Doação de Órgãos. Concluiu-se que fica nítida a necessidade de verificação mais aprofundada junto aos órgãos competentes, que forneçam dados a respeito da efetivação da doação de órgãos e que aumentem o número de publicações informando e auxiliando o profissional da saúde na minimização de filas e na melhoria de qualidade de vida daquele que tanto almeja uma chance de transplante.
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