Nosso paper irá se debruçar sobre um problema específico: a maneira como, no imaginário jurídico e político de nossa civilização, grupos raciais subalternizados (negros, indígenas, asiáticos etc.) são associados a determinadas doenças. O rabalho se desenvolverá em três etapas: em um primeiro momento, discutiremos, de forma ampla, as reverberações do racismo estrutural sobre a pandemia de COVID-19; em seguida, faremos uma breve apresentação da Teoria Racial Crítica (exercício que se revela necessário, considerando que se trata de uma corrente jusfilosófica ainda pouco debatida, no Brasil); por fim, recorreremos à CRT para refletir sobre como, em um imaginário social racista, populações não-brancas tendem a ser representadas como vetores de doenças. Considerando as tentativas, de governos como o britânico, o estadunidense e o brasileiro, de imputar à China a difusão do COVID-19, recorreremos à Teoria Racial Crítica Asiática – AsianCrit –, uma das inúmeras vertentes da CRT, como ponto de partida para debater a racialização da doença.
O objetivo deste artigo é analisar o espaço ocupado pelos "direitos do homem" no sistema filosófico de Alfred Rosenberg. No Pós-Guerra, muitos autores - como Hannah Arendt, Hans Kelsen e Karl Popper - argumentaram que o totalitarismo político seria uma consequência do "totalitarismo filosófico", isto é, da tentativa de criar um modelo teórico capaz de abarcar todas as esferas da existência humana. O culto ocidental à razão teria conduzido a Europa ao fascismo, rejeitando o pluralismo e a diversidade cultural. Contudo, nenhum dos autores que desenvolveram essa abordagem se ocuparam de uma análise aprofundada da filosofia produzida por intelectuais nazistas, durante o Terceiro Reich. É preciso questionar como filósofos nazistas compreendiam o humanismo, o racionalismo, e a tensão entre universalismo e relativismo cultural. A leitura dos escritos de Rosenberg — o mais influente filósofo da Alemanha nazista — refuta a tese segundo a qual o totalitarismo derivaria da pretensão universalizante do pensamento ocidental. Rosenberg é relativista e antiintelectualista, e sua defesa teórica do nazismo se desenvolve a partir de uma crítica aos "direitos humanos" e, de forma geral, à busca filosófica por categorias metaempíricas que poderiam funcionar como referência para toda a humanidade.
devoted his life and his work to combat such systems. The intellectual output of Mata Machado reflects the political activism of the author. Mata Machado seeking an alternative to the "totalitarian spirit" in Christian Philosophy. The catholic intellectual bases his thinking on the doctrine of Thomas Aquinas. Mata Machado finds inspiration in Christian personalism developed by neo-Thomistic philosopher Jacques Maritain.
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