Resumo Objetivos: São objetivos deste estudo a validação do Questionário da Medicina Centrada no Paciente em Portugal (MCP-PT), e a verificação da existência de MCP na opinião do consulente, relacionando-a com a Capacitação, segundo instrumento próprio (PEI/ICC). Tipo de Estudo: Observacional, multicêntrico, não aleatorizado. Local: Três Unidades de Saúde Familiar do ACeS Baixo Mondego.Abstract Objectives: To validate the questionnaire of Patient--Centered Medicine in Portugal (PCM-PT), in order to get the patients' opinion about the existence of the PCM, and to co-relate it to the Enablement, according to the PEI/ICC. Design: observational, multicentric, non-randomised.Setting: Three Family Health Units (FHU), ACeS Baixo Mondego. Pontos a reter:O conceito da Medicina Centrada no Paciente (MCP) data da década de 1980 e nos nossos dias começa a ocupar um papel central nos cuidados médicos. A MCP apresenta-se como uma abordagem que abrange a experiência total de doença do paciente, enfatizando a importância de tomar as crenças e características do mesmo em consideração na tomada de decisões clínicas.A sua avaliação deve ser feita pelo lado do consulente pelo que se fez trabalho de desenvolvimento de questionário específico e se verificou a sua fiabilidade confrontando os resultados com a Capacitação.O Questionário MCP-PT para a população portuguesa permite aferir a opinião do consulente sobre a aplicação da MCP durante a consulta com o Médico de Família e verificámos uma correlação positiva entre a MCP e a Capacitação, mesmo que 42,5% da amostra não tivesse em plenitude percebido os seis componentes da MCP.Deste modo, compreendemos que um método clínico centrado no paciente, que privilegia a comunicação, a parceria e a promoção de saúde, tem repercussões positivas no paciente, que se sente mais habilitado e capaz de lidar com a sua vida e as suas doenças.
Formação 18Resumo Introdução: A capacitação (enablement) traduz-se pelo ganho que o doente adquire numa consulta para poder compreender e lidar com a sua doença. O Patient Enablement Instrument (PEI) é um instrumento que permite analisar e medir o resultado de uma consulta em função da capacitação do consulente.Objetivos: Desenvolver uma tradução portuguesa do PEI.Métodos: Foi efetuada uma tradução do questionário PEI para português, designada por Instrumento de Capacitação do Consulente (ICC), segundo as regras internacionalmente aceites para este género de tarefas. O ICC foi aplicado a 55 consulentes, para validade de conteúdo, pela linguística e conhecimento de problemas de percepção.Resultados: A tradução do questionário mostrou conformidade linguística e semântica com o instrumento original e sem problemas na sua interpretação populacional.Discussão e Conclusão: Foi possível desenvolver uma tradução portuguesa do PEI. Deve agora ser desenvolvida a validação para a população portuguesa. Palavras-Chave:Medicina Geral e Familiar, Cuidados de Saúde Primários, capacitação, Patient Enablement Instrument, consulta. Pontos-chave:A capacitação é o ganho que o doente adquire numa consulta para poder compreender e lidar com a sua doença. Pode ser atualmente medido por meio de questionário. Realizou-se trabalho que venha a permitir adaptar a escala para Portugal. AbstractIntroduction: Enablement means the gain a patient acquires in a medical consultation to understand and cope with his diease or medical condition. The Patient Enablement Instrument (PEI) is an instrument that allows the measurement and analysis of the result of a medical consultation.Objetiv: To develop a portuguese translation oh the Patient Enablement Instrument.Methods: A English to Portuguese translation of the PEI was made according to the best international scientific proceedings. A back to english translation was made and the translated PEI was then applied to 55 portuguese patients to know about linguistic perception problems. Results:The portuguese translation of the PEI has shown good match with the english one and free of important perception problems. Conclusion:A portuguese translation of the PEI was made. Its validation process must now de performed. 5 (21,7)Capaz de se ajudar a si próprio Muito Melhor 11 (28,9) 4 (23,5) 3 (20,0) 12 (80,0) 9 (23,7) 6 (35,3) 0 (0,0) 9 (31,0) 6 (21,6)
The concepts of enabling and empowerment followed the evolution of Medicine and assume greater prominence in Primary Health Care. The European definition of General Practice / Family Medicine integrates these concepts into the person-centred care core competency. The Health Promotion Glossary defines empowerment as a process through which people gain greater control over decisions and actions affecting their health. Enabling is defined as the collaboration with individuals or groups to empower them.Person-centred care model seeks to answer to person care complexity. Its application in consultation environment, with reduced time and under the influence of results, is a challenge for the General Practitioner / Family Doctor.The tools to enabling require specific training. Communication skills play a key role in this area of medical intervention. Reflection should focus on evaluating the current context for these skills and the value assigned in medical training.
Objetivo: Estudar a tendência evolutiva da classificação com a CIAP-2 no Capítulo Z, no período de 2006 a 2011 quanto a: variação de frequência do número total de componentes de sinais e sintomas; volume de "classificação ajustada à população" e, através da coleta de informação SOAP, quais dos seus componentes foram mais frequentemente registrados nos campos Subjetivo (S) e Avaliação (A). Métodos: Estudo transversal, observacional e descritivo dos registros eletrônicos efetuados por todos os médicos na plataforma Serviço de Apoio ao Médico (SAM) utilizando a ferramenta de coleta de dados (SAM-Estatísticas) em agosto de 2012 em um centro de saúde em Coimbra, região central de Portugal. O volume de codificação foi estudado em código/1.000 hab./dia, tendo como base de cálculo a metade de cada ano estudado. Foram selecionados os seis códigos mais frequentes de cada ano. Resultados: Verificou-se uma dinâmica de crescimento positivo nos componentes registrados nos campos Subjetivo e Avaliação entre 2006 e 2011, tanto no número total de códigos (S:+4,83 e A:+6,44) e volume de codificação-código/1.000 hab./dia (S:+4,40 e A:+6,44) como na percentagem de diferentes componentes de sinais e sintomas do Capítulo Z (S:+0,30; A:+0,56). Conclusão: Entre 2006 e 2011 verificou-se uma dinâmica de crescimento positivo na classificação no Capítulo Z da CIAP-2 que foi mais importante no campo Avaliação e nos tipos de componente. O desenvolvimento profissional e a educação médica continuada são necessários para melhorar o desempenho na tarefa de classificar e registrar adequadamente, bem como no criterioso registro das anotações clínicas feitas na consulta, evitando perda de informação clínica.
Objetivo: Este estudo pretendeu conhecer aspectos dos utentes e consultas em que se fez pela primeira vez o diagnóstico de depressão. Métodos: Estudo observacional, transversal e descritivo. População obtida por aplicação de critérios de exclusão aos utentes que, em consulta durante 2011, tiveram em “Avaliação” a codificação “Perturbações depressivas”. Pela análise do registro da consulta, estudaram-se as variáveis: idade, sexo, mês, tipo de consulta, consulta presencial/não presencial, sinais/sintomas depressivos anotados e/ou codificados, prescrição de psicofármacos, prescrição pela primeira vez/renovação de receituário. No caso de prescrição pela primeira vez: psicofármacos segundo grupo farmacológico e Denominação Comum Internacional, prescrição de antidepressivo na dose terapêutica e referência ao tempo de tratamento antidepressivo. Resultados: População de 105 indivíduos. Consultas maioritariamente presenciais (79%). Maior codificação de sinais/sintomas depressivos que anotação apenas ou que anotação e codificação. O sinal/sintoma mais codificado foi “Sensação de depressão” (28%). Houve prescrição de ansiolíticos isoladamente e um caso de prescrição subterapêutica do antidepressivo. Quanto à duração do tratamento antidepressivo, em 13,7% das receitas houve menção de que o tratamento deveria prolongar-se no mínimo por 6 meses. Conclusão: A obtenção de uma população pequena e possíveis vieses de informação foram limitações encontradas. Achamos curioso que o sinal/sintoma depressivo mais codificado fosse “Sensação de depressão”. É necessário melhorar os registros clínicos e prescrição na depressão.
Objetivos: assumindo a obrigatoriedade de classificação ICPC-2 em cada consulta, conhecer a informação, em consultas passadas pelo método de Weed-SOAP segundo o gênero e idade de quem consulta o médico (consulente ou paciente), caracterizando o nível de registro pelo método SOAP em Subjetivo (S) -classificação e anotações -em Objetivo (O) anotações sobre o estado do paciente, em Avaliação (A) da classificação e em Plano (P) da classificação e anotações. Métodos: estudo observacional, transversal em outubro de 2012, em amostra aleatorizada das consultas presenciais de dois médicos orientadores de internato de especialidade, em três meses sorteados do 1º semestre de 2012, e em quatro dias sorteados em cada mês, em amostra representativa com intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 6%. Utilizou-se estatística descritiva e inferencial. Resultados: amostra de 318 consultas, n=149 (46,9%) no gênero masculino, n=61 (19,2%) no grupo etário <18 anos e n=194 (61,0%) no ≥18 e <65 anos, ns por grupos etários e gênero. Em S, há classificação em 98,7% e anotação em 47,2% das consultas; Em O, verificamos "As anotações demonstram o estado do paciente" em 66,0% e "As anotações são explícitas e entendíveis" em 79,9%; em A, 97,8% das consultas têm classificação; Em P, há classificação em 96,5% e anotações explicando o plano em 23,0% das consultas. Distribuição sem significado por grupo etário para as variáveis estudadas. É mais frequente haver no gênero feminino em S "As anotações são explícitas e entendíveis" e em P "Há classificação de procedimentos". Conclusão: há campo para mais completa coleta da informação na consulta, permitindo, assim, melhor conhecimento de cada consulta e caso para o futuro. Resumo Palavras-chave:Referência e Consulta Classificação Internacional de Atenção Primária Registros MédicosComo citar: Santiago LM, Carvalho R, Botas P, Miranda P, Matias C, Simões AR, Pereira C, Glória Neto M. A informação na consulta presencial em Medicina Geral e Familiar: classificações segundo a ICPC-2 e anotações livres para a memória futura no SOAP. Rev Bras Med Fam Comunidade. 2015;10(36) declaram não haver.
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