Existe uma fantasia bastante difundida acerca do ofício do pesquisador. Nessa fantasia, o pesquisadoré geralmente representado como um ser distanciado, dedicadoà solitária tarefa de produzir conhecimento, de trazer luz sobre aquilo que nãoé conhecido. Essa visãoé tão romântica quanto falsa. Se um texto carrega a marca autoral de seu autor, tambémé certo que esteé um trabalho dotado de sociabilidade, em que diversas pessoas deixam suas marcas, mesmo que invisíveis, em sua confecção. Tal produçãoé tributária, como expressou Walter Benjamim de forma tão bela,à "corveia anônima dos contemporâneos". Esteé o momento em que dedicamos algumas palavras de agradecimento a todos aqueles que contribuíram muito mais do que estas poucas palavras deixam transparecer. Em primeiro lugar quero agradecerà minha família. Aos meus pais, Ana Maria e Rubens Eduardo, pelo profundo amor e dedicação que sempre dedicaram a mim e aos meus irmãos e pelo exemplo de humanidade que nos proporcionaram;à Lívia, esposa, companheira e amor da minha vida, pelo apoio e carinho incontáveis e sem os quais este trabalho não seria possível; a minha amada "filota" Bijuca, linda e talentosa, cuja presença abençoa os meus dias; aos meus irmãos Júlio e Caio, pelo companheirismo e exemplo de integridade; aos meus sobrinhos Dudu e Flora, com seus sorrisos largos e risadas gostosas;à minha tia Lu, pessoa de uma alma gigante, pelos cafés, bolos e companhia; aos meus sogros Iuri e Kengo eà minha cunhada Luciana, pelo carinho e apoio. Ao meu orientador, Prof. Dr. Luiz Bernardo M. Pericás, por ter me acompanhado nessa jornada, sempre paciente e atento.
A publicação de “Materialismo e Empiriocriticismo” em maio de 1909 marcou o fim da trégua estabelecida desde 1904 entre as diferentes correntes que compunham a Facção Bolchevique em assuntos filosóficos e colocou em rota de colisão seus dois principais líderes naquele momento: Vladimir Lenin e Aleksandr Bogdánov. Tal controvérsia é comumente vista a partir da leitura isolada de “Materialismo e Empiriocriticismo”, de Lenin, sem dar a devida atenção para o complexo contexto político, tático e epistemológico no qual tal obra foi produzida, fundamental para um adequado entendimento do rico cenário intelectual que cercava as lideranças do Partido Operário Social Democrata Russo (POSDR), na primeira década do século XX. Este trabalho busca atingir dois objetivos, a saber: propor, para além da questão epistemológica, a hipótese que qualifica tal debate em um nível mais profundo, essencialmente organizacional; e, a partir dessa dimensão, refletir comparativamente sobre as formas que Bogdánov e Lenin empregaram para tratar das questões referentes à constituição da hegemonia enquanto condição prévia para a tomada de poder revolucionária.
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