A poluição ambiental pelos resíduos sólidos urbanos está muito ligada à geração do biogás. Entretanto, de poluente, esse gás pode passar a representar uma importante fonte de eletricidade, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e diversificando a matriz elétrica brasileira. Aliado a melhorias de práticas de gestão, consegue-se alcançar a combinação entre aproveitamento energético e a redução da emissão de gases de efeito estufa. O presente trabalho propõe avaliar a viabilidade econômica do aproveitamento energético do biogás do aterro sanitário do Consórcio de Andradas-MG, além de analisar a redução de gases de efeito estufa em diferentes cenários hipotéticos de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos. Considerou-se uma projeção de geração de resíduos sólidos urbanos para 20 anos de funcionamento do aterro, cuja produção de biogás foi estimada por meio do software LandGEM©. As emissões de gases de efeito estufa foram estimadas aplicando-se o modelo Waste Reduction Model (WARM©), considerando três cenários de gerenciamento de resíduos. A análise de viabilidade econômica foi realizada por meio dos indicadores de valor presente líquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR) e custo nivelado de energia (LCOE). Para uma potência de 300 kW, o aproveitamento energético do biogás produzido pelo aterro foi de 1,57 GWh/ano, em um período de 20 anos. O projeto apresentou viabilidade econômica, com um VPL de mais de R$ 3.300.00,00 e TIR de 13,15%, tendo o retorno econômico pelo sistema após 9 anos. Para a administração do consórcio, gera-se uma oportunidade de reinvestimento de mais de R$ 865.000,00, com o abatimento do consumo atual de energia dos municípios integrantes do consórcio. A redução mais expressiva da emissão de gases de efeito estufa foi de 115.754,03 MTCO2E, obtida no segundo cenário, o qual priorizou melhorias quali-quantitativas para o gerenciamento dos resíduos.
A geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis de energia vem ganhando mercado e confiança no mundo e sendo tema de discussões sobre sustentabilidade em fóruns mundiais e locais, e em particular no Brasil, com recentes incentivos regulatórios na geração distribuída. Os edifícios públicos dos municípios gastam montantes consideráveis de recursos financeiros públicos para garantir a eletricidade da administração. Este estudo analisou a viabilidade técnica para o dimensionamento da implantação e operação de sistemas de geração fotovoltaicos em telhados de edifícios e a viabilidade econômica do investimento, através de recursos próprios e de financiamento, para atender a demanda de eletricidade dos serviços e sistemas da administração pública localizados na cidade de Itajubá-MG, como estudo de caso. Os resultados demonstraram a necessidade de haver investimentos iniciais consideráveis e com vantagem econômica mais atrativa de investimento a partir de financiamento. É possível concluir uma grande oportunidade da administração do município em se tornar autossustentável na geração de energia e reinvestir, aproximadamente 1 milhão de reais ao ano em outras áreas do município, com o retorno econômico do sistema após 6 anos no pior cenário analisado.
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