ResumoO presente trabalho objetiva analisar as contribuições da obra Sobre a morte e o morrer, de Elisabeth Kübler-Ross, para a problematização da condição humana em pacientes com doenças em fases terminais. Após a realização, durante anos, de seminários sobre a morte e o morrer, a autora desenvolveu com seus alunos uma teoria a respeito dos estágios pessoais que um paciente e seus familiares passam nas circunstâncias de proximidade da morte. Esta abordagem fornece condições de possibilidade não só para esclarecer várias reações possíveis dos pacientes que se defrontam com a morte, mas também de compreender como as sociedades atuais não estão estruturalmente preparadas para encarar essa temática. Tal percepção consolida-se com a análise dos desdobramentos bioéticos da contribuição da autora, relacionando-os com as recentes pesquisas biopolíticas de Giorgio Agamben. Palavras-chave: Pacientes internados. Morte. Adaptação psicológica. Política social. ResumenCuando la muerte ya no tiene poder: consideraciones acerca de una obra de Elisabeth Kübler-Ross Este estudio tiene como objetivo analizar los aportes de la obra Sobre la muerte y los moribundos de Elisabeth Kübler-Ross para problematizar la condición humana en pacientes con enfermedades en fase terminal. Después de la realización de un seminario sobre la muerte y el morir durante años, la autora ha desarrollado junto con sus alumnos una teoría acerca de las etapas personales que un paciente y sus familiares pasan en condiciones de proximidad de la muerte. Este enfoque proporciona condiciones de posibilidad, no sólo para aclarar distintas reacciones posibles de los pacientes que se enfrentan con la muerte, sino también para comprender cómo las sociedades actuales no están estructuralmente preparadas para enfrentar esta temática. Esta percepción se consolida con el análisis de las repercusiones bioéticas de la contribución de la autora relacionándolas a las recientes investigaciones biopolíticas de Giorgio Agamben. Palabras-clave: Pacientes Internos. Muerte. Adaptación psicológica. Política social. AbstractWhen death has no power anymore: considerations on a work by Elisabeth Kübler-Ross This paper is aimed at analyzing the contributions of the work Abouth death and dying by Elisabeth Kübler-Ross in order to problematize the human condition in patients with terminal illnesses. After conducting a seminar on death and dying for many years, the author developed with her students a theory regarding personal stages that patients and their relatives go through when death is near. This approach provides possibility conditions not only to clarify many possible reactions patients may have when facing death, but also to understand how current societies are not structurally ready to face this subject. Such perception is consolidated with analyzes of the bioethics ramifications of the author's contribution relating them with recent biopolitics researches of Giorgio Agamben.
O presente trabalho buscará fazer uma breve fenomenologia da ação humana tendo como ponto de inflexão a concepção de trágico na ação, isto é, pensar a ação humana como portadora de aspectos trágicos que exigem de nós respostas e atitudes que geralmente os sistemas éticos clássicos não conseguem proporcionar. Esta concepção pode ser apresentada a partir de vários autores de épocas e lugares bastante distintos. Todavia, optaremos por buscar em dois, dos três grandes tragediógrafos gregos, uma perspectiva trágica da ação humana para então examinarmos, a luz do pensamento de Friedrich Nietzsche e Hannah Arendt, possíveis modos de redenção aos infortúnios em que as ações humanas podem nos colocar.
RESUMO: o presente trabalho fala do deslocamento das atenções de Giorgio Agamben do homo sacer para um instituto jurídico romano tão fundamental quanto, o iustitium. Muitos materiais têm sido escritos sobre a obra do filósofo italiano encontrando no primeiro paradigma a chave de leitura privilegiada para sua obra. No entanto, pouca atenção é dada ao segundo paradigma. Procuraremos ampliar os estudos agambenianos reconstruindo sua argumentação sobre esse deslocamento em relação com a teologia política de Carl Schmitt e o messianismo de Jacques Derrida.Palavras-chave: Homo sacer. Justitium. Estado de exceção. Agamben. Schmitt FROM HOMO SACER TO IUSTITIUM: AGAMBEN AND ANOMIE ZONE OF THE STATE OF EXCEPTIONABSTRACT: This paper talks about the change of Giorgio Agamben's attention from homo sacer to a Roman juridical institution as crucial as: the iustitium. Many materials have been written about the work of the Italian philosopher, all finding on the first paradigm a privileged reading key to his work. However, little attention is given to the second paradigm. We will try to expand the agambenian studies rebuilding his arguments on this dislocation, in relation to the political theology of Carl Schmitt and messianism of Jacques Derrida.
O presente artigo tem como objetivo apresentar as contribuições de Ludwig Wittgenstein à fundamentação do saber e prática psicológica. Isso será feito em dois movimentos fundamentais: em primeiro lugar, reconstruiremos os interlocutores de Wittgenstein (psicologia empírica, fenomenologia e psicanálise freudiana) e as questões que estavam pressupostas em cada um deles (cartesianismo e uso impreciso da linguagem). Em segundo lugar, argumentaremos sobre o método analítico que Wittgenstein escolheu para lidar com essas questões. Isto significa, pelo menos, duas coisas: (1) Wittgenstein assume que a linguagem descritiva (dos fatos no mundo) é o padrão para a interlocução humana, mas que também a linguagem expressiva (das ocorrências subjetivas) tem seu lugar de importância, ainda que com ressalvas; (2) essa distinção de gramáticas fundamentará o seu método de lidar com as questões psicológicas: através da interpretação e descrição do comportamento, entendido como manifestação externa das vivências internas, a terceira pessoa terá um acesso privilegiado às ocorrências da consciência da primeira pessoa. Concluiremos o trabalho com considerações críticas sobre os benefícios e as deficiências da abordagem wittgensteiniana.
O artigo tem como objetivo apresentar os problemas teóricos e históricos ligados à compreensão da técnica moderna na filosofia de Martin Heidegger. Para tal investigação começaremos investigando sobre qual é a constituição da essência da técnica para que, então, possamos explorar o significado da técnica à luz de sua caracterização mais essencial. Isto nos dará condições de identificar quais sãos os riscos envolvidos na era em que a dominação técnica atingiu níveis nunca vistos antes. Tudo isto será questionado para que possamos estabelecer, inspirados pelo pensamento de Heidegger, um modo de relacionamento livre com a técnica que nos permita uma redenção à regência da técnica como o modo de desencobrimento moderno
no conjunto imenso e nada sistematizado da filosofia de Slavoj Žižek, a noção benjaminiana de “violência divina” é recorrentemente articulada. Para os propósitos do presente artigo, que é pensar a introdução de um terceiro elemento destituinte da dialética da violência que põe e mantém o direito, nos valeremos três textos do filósofo esloveno: Robespierre, ou a “divina violência” do terror (2007), Violência divina (2008) e Da democracia à violência divina (2009). Nesse sentido, reconstruiremos o que está no centro da sua argumentação em que Žižek se apropria do conceito benjaminiano, para em seguida, mostrarmos a inadequação de sua interpretação para pensarmos uma teoria do poder destituinte. Corremos o risco de afirmar uma inadequação, não pelos resultados que Žižek alcançou, mas porque ele arroga para si uma interpretação do conceito de Benjamin que em nosso entendimento não está próximo de sua argumentação.
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