Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana representa um dos maiores problemas de saúde pública, sendo a transmissão vertical a principal via de transmissão na infância. Objetivo: Este estudo pretendeu analisar fatores associados à transmissão vertical do HIV em crianças expostas que foram atendidas em serviço especializado de referência no cuidado de pacientes infectados e não infectados pelo HIV no estado do Maranhão. Método: Estudo retrospectivo e descritivo, cuja população é representada por crianças expostas ao HIV nascidas entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018. As variáveis referentes aos fatores determinantes da transmissão vertical foram: uso de antirretrovirais durante o pré-natal, uso de antirretrovirais para profilaxia durante o parto, tipo de parto, aleitamento materno, uso e duração de profilaxia com antirretroviral oral para o recém-nascido. Foram associadas à evolução para infecção ou não pelo HIV e analisadas estatisticamente para compreensão da relevância como possíveis fatores de causalidade. Resultados: A maioria dos pacientes (93,9%) não foi infectada; a taxa de transmissão foi de 6,1%. As mães que não usaram terapia antirretroviral durante a gestação tiveram 19 vezes mais chance de transmitir o HIV a seus filhos; não usar profilaxia na mãe durante o parto e não instituir profilaxia no recém-nascido aumentaram em 24 e 32 vezes essa chance, respectivamente. O ato de não amamentar e o parto cesáreo foram identificados como fatores protetores. Conclusões: Todos os fatores elencados neste estudo exerceram influência significativa sobre o desfecho dos casos positivos de infecção congênita pelo HIV.
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