A educação sempre mereceu atenção por parte dos filósofos. Basta citar o exemplo de Sócrates ensinando em praça pública. Sua atividade era um convite ao saber. O filósofo alemão G. W. F. Hegel ( 1770 - 1834 ) também não ficou indiferente a essa questão muito embora não tenha se manifestado detidamente sobre ela em sua obra. No entanto, Hegel sempre ocupou cargos ou desempenhou funções relacionadas à educação. Por isso é possível apontar essa preocupação em sua filosofia e sugerir as possíveis contribuições. Para Hegel não há sociedade que se sustente sem a educação, pois ela é expressão da razão que busca estabelecer a liberdade e implantá-la enquanto prática corrente. Disso deriva a concepção hegeliana de homem que se caracteriza pela construção de si com seus semelhantes através da história. Esse homem é responsável pelo seu destino e por sua felicidade que não se identifica de forma absoluta com qualquer estrutura material. Nesse sentido Hegel atribui centralidade ao conteúdo e não aos métodos e técnicas. O conteúdo deve ser ministrado enquanto direito e também necessidade, pois é por ele que o homem aprende a ser livre, isto é, racional. A liberdade como fim da educação somente se realiza na totalidade da comunidade o que implica a superação de posicionamentos individualistas.
É possível ensinar filosofia? O filósofo alemão G. W. F. Hegel (1770-1831) não somente responde afirmativamente à questão posta, como também indica o que deve ser ensinado e como em filosofia. A resposta hegeliana tem como fonte sua atividade como diretor do ginásio de Nürnberg, onde ele procura estabelecer diretrizes e procedimentos para que a filosofia seja ensinada aos jovens. Segundo Hegel, a filosofia sempre é pertinente na medida em que se manifesta sobre o que é fundamental para o homem, isto é, sobre sua vida com as questões que lhe dizem respeito. Para tanto, a filosofia deve assumir o homem como seu objeto de consideração. Isto deve resultar na apreciação da realidade humana para que a partir dela sejam levados e elevados à sua maior e melhor compreensão pela reflexão e pela especulação. Tais habilidades não são adquiridas senão pelo contato direto com a filosofia em sua especificidade na sua produção histórica, ou seja, nos textos. Conhecer a história da filosofia já é aprender filosofia, mas tal aprendizagem necessita da mediação do professor. A mediação se faz necessária, pois a aprendizagem não é natural e, portanto, não se dá espontaneamente. Aprender é sempre aprender com alguém.
O que é a verdade? Há uma verdade ou muitas? A verdade é absoluta ou relativa? Hegel e Marx proporcionam através de suas obras respostas a essas questões. As posições hegeliana e marxista orientam-se pela abordagem dialética segundo a compreensão de cada um. Tanto em Hegel quanto em Marx a verdade situa-se na relação sujeito-objeto. O esforço de ambos é resolver a dicotomia sujeito-objeto através do conceito de processo que remete à historicidade do real. No entanto, fica evidente neles que a resolução não se realiza senão através de passagem do sujeito pelo objeto (Hegel) e do objeto pelo sujeito (Marx). Desse modo a verdade em Hegel e em Marx deve ser compreendida como uma construção contínua enquanto exercício da liberdade (Hegel) e atividade eminentemente social (Marx).
O trote é uma maneira de recepcionar os calouros que ingressam na universidade. Os alunos veteranos são geralmente seus articuladores diretos do trote. A instituição universitária não reconhece oficialmente o trote como a forma mais adequada de recepção embora articule o trote indiretamente, pois acaba aceitando sua prática ou por incentivo de alguns de seus setores ou por não tratar da questão com a devida consideração. Ser acolhido e ser recepcionado representa um deferimento em relação a quem chega e pode também ser gratificante para o mesmo. Quem recepciona dá mostras de respeitabilidade porque reconhece o outro em sua novidade. Contudo, pode-se ser indelicado, agressivo, violento em nome da recepção e, mais ainda, se a recepção estiver envolvida por clima de jocosidade no qual podem ocorrer fatos reais com pretensão de ficção. A recepção pressupõe uma certa gratuidade, pois é iniciativa de quem recepciona. Por isso, o recepcionado tem o direito de aceitar ou não a forma da recepção. Quem recepciona deve pensar mais em si ou no outro ? A minha alegria é a alegria do outro? A alegria é a mesma para o outro e para mim? Quem pretende amar deve indagar-se sobre a própria forma de amar. Um amor ininteligente pode ser pior do que o ódio (Hegel).
RESUMO.O objetivo é o papel da lei no Estado a partir da filosofia de Hegel. As reflexões desenvolvidas têm como referência o texto Princípios da Filosofia do Direito. A hipótese é que a lei enquanto resultado da formação do Estado, dialeticamente, se constitui em elemento formador do próprio Estado. Este, enquanto condição para a lei, é, ao mesmo tempo, resultado dos momentos que o precedem, ou seja, a família e a sociedade civil. Desse modo, no processo de formação do Estado a lei já se apresenta anterior ao Estado. Contudo, o que a lei é na família e na sociedade civil será suprassumido na realidade do Estado. ABSTRACT. The law in the State and the state in the law. The focus of this work is the role of law in the State according to Hegel. The reflections developed have as reference the text Elements of the Philosophy of Right. The hypothesis is that law, as the result of the formation of the State, dialetictly constitutes itself the forming element of the State. While condition for the law, the State is, at the same time, a result of the moments that precede it -that is, the family and civil society. The formation of the State allows to infer that the law already comes previously to it. However, what law is in the family and in civil society will be overcome in the State.
O presente artigo procura apresentar a compreensão da dor e do sofrimento segundo a perspectiva fi losófi ca de G.W.F. Hegel. Para tanto foram tomados os volumes correspondentes ao seu texto ‘Enciclopédia das Ciências Filosóficas’ nos quais o autor em questão também traça considerações a respeito da dor e do sofrimento. Foram identificadas as referências de Hegel no texto original em alemão às quais correspondem as indicações no texto utilizado da tradução portuguesa. A análise apresentada seguiu a ordem dos parágrafos conforme a menção feita a um e outro termo. Evidencia-se em Hegel que a dor e o sofrimento têm seu signifi cado na determinação historicamente posta pelo homem racional na medida em que este, pela sua racionalidade, constrói-se pelas relações estabelecidas. Dor e sofrimento não têm sentido em si mesmos, mas somente através das relações que eles criam e que também os cria. Desse modo, nem a dor nem o sofrimento possuem todo o significado possível na manifestação empírica nem na interpretação teórica. É na totalidade da racionalidade que reúne tanto a empiria quanto a teoria que o sentido de vida na dor e no sofrimento podem ser contemplados no humano.
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