Resumo Objetivo: identificar e analisar os fatores de risco à infecção pelo HIV entre adolescentes e jovens. Método: trata-se de uma revisão sistemática que teve como questão norteadora: quais são os fatores de risco à infecção pelo HIV entre adolescentes e jovens?”. As buscas em cinco bases de dados e no Google Scholar ocorreram em dezembro de 2021, tendo como filtro publicações entre 2012-2022 sem limitação de idiomas. As publicações foram selecionadas por dois revisores independentes. Os materiais incluídos foram submetidos à avaliação da qualidade metodológica e a uma síntese narrativa. Resultados: recuperou-se 26.191 materiais, sendo sete artigos incluídos. Todos os estudos foram conduzidos na África. Identificou-se que o sexo feminino, a maior idade dos jovens, baixa escolaridade, pessoas negras, múltiplas parcerias sexuais, uso inconsistente de preservativos, consumo de álcool e início sexual precoce constituíram fatores de risco para a infecção pelo HIV em adolescentes e jovens. Conclusão: a compreensão dos fatores de risco alicerça a propositura de políticas de saúde e estratégias de intervenção com a finalidade de fortalecer a capacidade de resposta dos serviços de saúde e o cuidado da equipe de enfermagem para a diminuição da transmissão do HIV entre adolescentes e jovens.
Introduction: Prisons context has the potential for the spread of infectious diseases, like HIV and tuberculosis, which prevalence is higher in the people deprived of liberty compared to the general population. Objective: to analyze which are the determinants of coinfection tuberculosis and HIV in prisons. Methodology: Case-control study conducted in the state of São Paulo, Brazil. New cases of tuberculosis in the population deprived of liberty in the period between 2015 and 2017 were considered. Data were obtained through the notification and monitoring system for tuberculosis cases in the state of São Paulo and included sociodemographic and clinical variables and diagnosis and treatment information. The data were analyzed through frequency distribution and bivariate analysis, testing the association of the dependent variable (tuberculosis/HIV coinfection vs. tuberculosis/HIV non-coinfection) with independent variables (sociodemographic, clinical and diagnostics variables) by calculating the odds ratio and p-value. Results: Among the determinants of tuberculosis/HIV coinfection in prisons, we identified: age between 26-35, 36-55 and 56-84 years, notification in hospitals, negative sputum smear microscopy and culture, X-ray suggestive of another pathology, extrapulmonary and mixed clinical form, and alcoholism. A high percentage of death was also identified among coinfected people. Conclusions: identifying the determinants of the tuberculosis/HIV coinfected individual can assist in the development and implementation of guidelines aimed at controlling both infections in the prison environment.
Objective: to identify and analyze HIV infection risk factors among adolescents and the youth. Method: this is a systematic review whose guide question is: what are the risk factors for HIV infection among adolescents and the youth?” In total, five databases and Google Scholar were searched in December 2021 and the found publications between 2012-2022 were filtered without language restriction. Studies were selected by two independent reviewers. The included materials were subjected to methodological quality evaluation and narrative synthesis. Results: overall, we included seven studies out of the 26,191 retrieved. All studies were conducted in Africa. We found that the female gender, older age, low schooling, Black ethnicity, multiple sexual partners, inconsistent use of condoms, alcohol consumption, and early sexual onset constituted risk factors for HIV infection in adolescents and the youth. Conclusion: understanding risk factors underscores the provision of health policies and intervention strategies to strengthen the responsiveness of health services and nursing teams’ care to reduce HIV transmission among adolescents and the youth.
Objetivo: descrever os fatores sociodemográficos, diagnósticos e clínicos associados ao local de notificação da tuberculose entre pessoas privadas de liberdade. Métodos: estudo caso-controle, com dados coletados de pessoas privadas de liberdade diagnosticadas como casos novos de tuberculose no período de 2015 a 2017 no sistema de informação em tuberculose do estado de São Paulo. Os casos compreenderam os indivíduos notificados fora do sistema prisional e os controles aqueles notificados dentro do sistema prisional, com razão de pareamento igual a três. As variáveis de exposição incluíram: dados sociodemográficos, de diagnóstico e clínicos e foram analisadas por meio da distribuição de frequência e análise univariada. Resultados: foram notificados 5.764 casos de tuberculose no sistema prisional. Apresentam maior chance para notificação fora do sistema prisional as pessoas da raça/cor branca e preta, que tiveram o diagnóstico durante a internação, cultura de escarro negativo e não realizado, forma clínica extrapulmonar e pulmonar+extra, diabetes mellitus e uso de drogas. Conclusões: o estudo mostrou as potencialidades do sistema prisional para a detecção dos casos de tuberculose, no entanto, apresenta limitações que vem sendo transpostas por meio da articulação com os serviços que compõem a rede de atenção em saúde.
This article aims to analyze the unfavorable outcome of tuberculosis treatment among the population deprived of liberty by social determinants of health. This retrospective cohort was conducted in the states of Rondônia and São Paulo, Brazil, with inmates with tuberculosis notified between 2008 and 2017. Data were collected from SINAN and TB-WEB and analyzed by relative risk (RR) and confidence intervals (95%CI), which tested the association between the dependent variable (unfavorable outcome (deaths from tuberculosis and other causes, and primary and non-primary lost to follow-up) vs. favorable outcome (cure)) and the structural and intermediary determinants of health. One hundred fifty-eight unfavorable outcomes were registered in Rondônia and 2,227 in São Paulo. For Rondônia, this outcome was associated with gender (RR 3.09; 95%CI 1.03-9.27) and AIDS (RR 2.46; 95%CI 1.63-3.71). In São Paulo, aged over 30 years (RR 1.36; 95%CI 1.26-1.47), AIDS (RR 3.08; 95%CI 2.81-3.38), alcohol abuse (RR 1.54; 95%CI 1.35-1.76), diabetes (RR 1.70; 95%CI 1.27-2.28) and self-administered treatment (RR 2.55; 95%CI 2.27-2.86) were risk factors for the unfavorable outcome. The study contributes with elements to the risk stratification of people with tuberculosis in prison units and, thus, improves health care towards a favorable outcome.
Resumen Objetivo: identificar y analizar los factores de riesgo de infección por VIH entre adolescentes y jóvenes. Método: se trata de una revisión sistemática que tuvo como pregunta orientadora: “¿Cuáles son los factores de riesgo a la infección por el VIH entre adolescentes y jóvenes?”. Las búsquedas en cinco bases de datos y en Google Scholar ocurrieron en diciembre de 2021, teniendo como filtro de publicaciones entre 2012-2022 sin limitación de idiomas. Las publicaciones fueron seleccionadas por dos revisores independientes. Los materiales incluidos fueron sometidos a la evaluación de la calidad metodológica y a una síntesis narrativa. Resultados: se recuperaron 26.191 materiales, siendo siete artículos incluidos. Todos los estudios se realizaron en África. Se identificó que el sexo femenino, la mayor edad de los jóvenes, baja escolaridad, personas negras, múltiples parejas sexuales, el uso inconsistente de preservativos, consumo de alcohol y el inicio temprano de las relaciones sexuales eran factores de riesgo de infección por el VIH en adolescentes y jóvenes. Conclusión: la comprensión de los factores de riesgo fundamenta la proposición de políticas de salud y estrategias de intervención con la finalidad de fortalecer la capacidad de respuesta de los servicios de salud y el cuidado del equipo de enfermería para la disminución de la transmisión del VIH entre adolescentes y jóvenes.
Objetivou-se descrever quais as situações de vulnerabilidades a que as pessoas vivendo com HIV/AIDS estão submetidas por meio de uma revisão narrativa da literatura. Este estudo considerou publicações entre os anos de 2010 e 2016. O levantamento bibliográfico foi realizado com a utilização de descritores controlados e palavras-chave nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), PubMed (National Library of Medicine)e Embase (Excerpta Medica data BASE). Foram recuperados 89 estudos que passaram por três etapas de seleção, dos quais foram incluídos nove artigos; estes abordavam aspectos da vulnerabilidade individual (situação física; conhecimentos, comportamentos e atitudes; e relações afetivo-sexuais), sociais (acesso à educação, emprego e salário) e programáticos (acesso e qualidade dos serviços de saúde).Conclui-se que é fundamental reconhecer as diferentes vulnerabilidades com suas dinâmicas e interfaces nos diferentes contextos sociais, políticos, econômicos e sanitários com vistas ao enfrentamento da epidemia do HIV e à produção de respostas considerando as singularidades e especificidades de indivíduos e/ou grupos sociais.
Introdução: Diante do encarceramento brasileiro em massa, a identificação do perfil e das características de acompanhamento das pessoas privadas de liberdade que vivem com vírus da imunodeficiência humana colabora para a propositura e oferta de ações em saúde, visando à diminuição da transmissão do vírus nessa população. Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico, de acompanhamento e do comportamento sexual das pessoas que vivem com vírus da imunodeficiência humana em situação de privação de liberdade. Métodos: Estudo descritivo, do tipo levantamento, cujos dados foram coletados entre agosto e novembro de 2015 em seis unidade prisionais do interior de São Paulo, após o cumprimento dos preceitos éticos. A população foi composta de pessoas que viviam com vírus da imunodeficiência humana e estavam encarceradas há mais de seis meses. As variáveis abordaram características sociodemográficas, de acompanhamento e prática sexual. Os dados foram analisados por estatística descritiva a partir da distribuição de frequência absoluta e relativa. Resultados: Foram incluídos 85 indivíduos, dos quais 82,4% do sexo masculino, 56% possuíam entre 23 e 39 anos, 50,6% solteiros, 40% concluíram o ensino fundamental II, 89,4% referiram utilização de drogas ilícitas antes do encarceramento, e a mediana do tempo de diagnóstico do vírus da imunodeficiência humana foi de 8 anos. Destaca-se que 50,6% tiveram o diagnóstico de infecção pelo vírus no sistema prisional e 78,8% possuíam prescrição de antirretroviral. Quanto às práticas sexuais, 20% referiram nunca ou quase nunca utilizar preservativos durante o sexo e 28,2% sempre o utilizavam. Nos 12 meses anteriores à entrevista, 38 participantes referiram a prática de relação sexual, sendo 73,7% com parceria fixa e 34,2% recebiam visita íntima. Conclusão: O perfil sociodemográfico identificado acompanha a trajetória da epidemia do vírus da imunodeficiência humana no Brasil. Reconhece-se que a prática do sexo seguro no contexto prisional representa um importante desafio na prevenção e controle do vírus da imunodeficiência humana e exige estratégias de enfrentamento pautadas em tecnologias educativas e no autocuidado apoiado.
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