RESUMO. Partindo da palavra PSICOPATOLOGIA, o autor mostra, de forma resumida, como cada contexto histórico tentou "decompor" o sofrimento psíquico em seus elementos de base para classificá-lo, estudá-lo e tratá-lo. Após uma breve apresentação da psicopatologia na contemporaneidade, o autor introduz os pressupostos da Psicopatologia Fundamental e suas contribuições na compreensão do sofrimento psíquico. Ainda que não seja objetivo do texto participar do debate atual sobre as diretrizes curriculares que norteiam a formação do psicólogo, o autor toma o estudo do conhecimento (logos) da alma (psyché)-a psicologia-como exemplo de um dos campos de aplicação da Psicopatologia Fundamental.
Sexualidade e preconceito Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., III, 3,[18][19][20][21][22][23][24][25][26][27][28][29][30][31][32][33][34][35][36][37] Retomando o debate sobre "sexualidade e preconceito", o texto discute por que a sexualidade continua sendo o grande enigma do ser humano. Embora tenham ocorrido tantas "evoluções", tabus e preconceitos em relação à sexualidade continuam a existir. Para lançar alguma luz sobre a questão, o autor faz uma rápida digressão histórica para contextuar o pensamento ocidental em relação à sexualidade desde os primórdios do Cristianismo até o surgimento do discurso psiquiátrico no século XIX. Em seguida, é analisado o impacto causado pela teoria psicanalítica neste pensamento. Com base nas noções introduzidas pela psicanálisesobretudo o recalcamento e os ideais -a origem do preconceito é analisada e suas conseqüências debatidas seja no âmbito social como na clínica psicanalítica e na escuta do psicanalista. Como forma de evitar o preconceito, o autor propõe que as manifestações da sexualidade sejam compreendidas como soluções particulares que cada ser humano tem de dar diante do enigma de sua própria organização pulsional. Palavras-chave: Sexualidade, preconceito, perversão, ideais, recalque REVISTA LATINOAMERICANA DE PSICOPATOLOGIA FUNDAMENTAL 1. P. R. Ceccarelli. O sexual da violência. Boletim de Novidades da Livraria Pulsional. São Paulo, Escuta. 11(106): 78-81, fev. 1998. 2. Conf. M. Foucault. Histoire de la sexualité. Paris: Gallimard, 1976. 3v.
Segundo o autor, a humanidade sempre foi marcada por alguma forma de controle de acordo com o discurso do momento sociohistórico que atravessa: esse texto discute alguns instrumentos de controle e repressão da contemporaneidade. Se, por séculos, foi a religião que ditou as normas sociais, na modernidade, as verdades religiosas foram substituídas por enunciados científicos que sugeriam uma linearidade histórica e propunham uma compreensão determinista do mundo, baseada na capacidade da ciência em dar respostas. As certezas da modernidade foram radicalmente questionadas na pósmodernidade, fazendo surgir outros mecanismos de controle. Para o autor, a necessidade do ser humano de criar representações e dispositivos para suportar e nomear a angústia inerente ao desamparo que lhe é próprio o leva a submeter-se aos mais variados discursos repressivos. O discurso científico atual vem sendo transformado em instrumento ideológico que, com as inúmeras expressões do politicamente correto, traduzem uma busca de normatização e de padronização de comportamentos, gerando uma nova ordem repressiva. No que diz respeito à saúde psíquica, os manuais de diagnóstico, financiados pela indústria farmacêutica, transformam comportamentos, individualidades e diversidades em patologias: as singularidades tornam-se anormalidades. Qual é o compromisso social dos psicólogos nesse debate?
Resumo: A partir do sexual freudiano, o texto aborda a questão da perversão dentro da perspectiva freudiana no trabalho de cultura (Kulturarbeit). Para Freud, uma das maneiras de se entender as perversões leva em conta a não "domesticação" das pulsões pelo trabalho da cultura. Nessa perspectiva, discutir-se-á as potencialidades de perversão, da perversão nossa de cada dia às grandes perversões do sexual passando pela perversão do outro lado do divã, assim como a posição do analista na escuta das perversões. Palavras-chave: Trabalho de cultura. Pulsão. Destinos pulsionais. Perversões.
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