INTRODUÇÃOEste século tem inserido no escopo da Linguística Textual diferentes desafios a serem enfrentados teoricamente. Pode-se dizer que a presença de elementos não verbais esteja na agenda dos novos desafios teóricos a serem enfrentados (conforme BENTES; ALVES FILHO; RAMOS, 2010). O assunto já vem sendo citado em algumas das obras teóricas ligadas à área, muitas vezes postulando que abarcar tais produções significa também revisar ou ampliar o próprio conceito de texto.Ante a ideia de que o texto seria um evento comunicativo em que atuam ações linguísticas, cognitivas e sociais, Marcuschi (2008) entende que tal definição traria algumas implicações. Uma delas é que o conceito de evento comunicativo permitiria ler que se trata de um sistema de conexões entre distintos elementos, de modo que o texto seria
paulo ramos paulo ramos é jornalista e pesquisador do Núcleo de pesquisas de Histórias em Quadrinhos da ECa-usp. rEsumoCostuma-se dizer no circuito de produção e de circulação das tiras cômicas que estas seriam piadas narradas em quadrinhos. Estas linhas investigam a premissa e revelam que, de fato, há um conjunto de pontos comuns entre os dois gêneros do humor, em particular no processo de construção textual do efeito cômico. palavras-chave: tiras cômicas, piadas, gêneros, humor, sentido. aBsTraCTOn the circuit of production and distribution of comic strips it is usually said that they are jokes narrated in comic-strip form. This research examines that assumption; and shows that the two humor genres in fact have some points in common, especially as regards textual strategies aimed at achieving comic effects.
RANÇOIS TRUFFAUT disse certa vez que toda a obra de um cineasta está contida no primeiro carretel de seu primeiro filme. Talvez essa afirmação seja válida somente para aqueles realizadores que apresentam grande coerência no interior de suas obras. Esse é o caso de Nelson Pereira dos Santos.No primeiro carretel de Rio, 40 graus, podemos identificar uma característica que estaria presente durante toda sua trajetória como artista: o amor pelo Brasil. No entanto, a nação que Nelson Pereira dos Santos decidiu levar para as telas não é aquela dos cartões-postais, com belas praias ensolaradas. O Brasil que o diretor se propôs a retratar em seus filmes era grande demais para caber em versões oficiais, pois era o país dos favelados, dos flagelados pela seca, dos artistas do povo, do universo mágico popular, dos intelectuais em crise ou atuantes diante dos regimes ditatoriais.No dia 15 de janeiro último, o cineasta concedeu uma entrevista a Estudos Avançados, quando falou sobre alguns de seus filmes e, por extensão, sobre o Brasil dos últimos cinqüenta anos. ESTUDOS AVANÇADOS -Você começou a ir ao cinema ainda na década de 1930. Quais eram os filmes a que o menino Nelson Pereira dos Santos assistia nas matinês dos cinemas do Brás?Nelson Pereira dos Santos -Minha mãe contava que levava a família às matinês dominicais do Cine-Teatro Colombo. Morávamos no outro lado da rua. As sessões começavam logo depois do almoço -"Quem não comer tudo não vai ao cinema!" -e terminavam às 7 da noite. No programa: dois longas, dois seriados, tipo Tom Mix ou Tarzan, uma comédia de curta-metragem, pelo menos um desenho animado e alguns trailers dos programas a seguir.Acho que o primeiro filme que vi, ou pelo menos aquele que mais me marcou, foi um western. Lembro-me apenas da parte final, quando o herói, um jovem caubói, atravessa o deserto, última etapa para voltar à sua cidade e aos braços da amada. Está faminto e sedento. Encontra uma casa em ruínas e, nela, um poço com terrível aviso: "Quem beber dessa água, morrerá em uma hora". O herói despreza a advertência, mata a sede e continua a cavalgar. Consegue chegar à cidade, que se encontra em plena celebração de um casamento. O casamento de sua amada com outro. É importante assinalar que, para mim, e acredito tenha sido para muita gente, o Partido foi uma outra universidade. Uma universidade pelo avesso, pois questionava a versão tradicional da história do Brasil, por exemplo. Outra coisa que o Partido proporcionou foi um convívio amplo com pessoas de classes sociais, origens e formações diferentes, que se encontraram nas organizações partidárias como fiéis de uma Igreja, e que, por força do companheirismo polí-tico, tornaram-se companheiros por amizade. ESTUDOS AVANÇADOS -
Nos últimos trinta anos, a violência urbana no Brasil atingiu níveis inéditos em sua história. O tema, que vem sendo abordado por diversos setores da sociedade, não foi ignorado pelo cinema brasileiro. O propósito deste artigo é discutir algumas questões levantadas pelo documentário brasileiro contemporâneo sobre esse dado complexo de nossa realidade. Para tanto, foram escolhidos como objetos de análise as seguintes realizações: Notícias de uma guerra particular (João Moreira Salles e Kátia Lund - 1998/1999), Ônibus 174 (José Padilha - 2002), Justiça (Maria Augusta Ramos - 2004) e Falcão: meninos do tráfico (MV Bill e Celso Athayde - 2006). Essas obras expõem o impacto da violência na sociedade brasileira de ângulos distintos: o tráfico de drogas e seu efeito na vida das pessoas envolvidas direta ou indiretamente com ele (Notícias e Falcão), a justiça criminal brasileira e seus personagens: advogados, juízes, acusados e seus familiares (Justiça) e a violência como desenraizamento (Ônibus 174).
Resumo: Este artigo procura debater a psicologia social no cinema através de um conceito específico: a humilhação social como problema político. Para tanto foi tomado como objeto de análise o filme Ônibus 174, documentário realizado pelo cineasta José Padilha em 2002. Os comentários elaborados aqui visam compreender as estratégias narrativas utilizadas pelo diretor, que incluem aspectos estéticos e a participação do público, que transformam sua obra em um objeto de estudo da humilhaç ão social que ocorre no âmbito da esfera pública, onde a ação define as relações sociais entre os indivíduos. Palavras
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