Peri-implantitis is a pathology that has been described in many clinical studies and case reports. However, it is still not clear how the roles of its etiologic agents work. This article is based on a review of the literature and a case report. It aims to offer data related to the factors that cause this pathology, and to analyze how these factors interact, leading to the contamination of the peri-implant tissue.
Quando a palavra “metalinguagem” foi criada, o prefixo “meta” adquiriu a conotação de “sobre”: a metalinguagem é aquilo que está sobre a língua. Em Mitologias, de Barthes, o mito aparece como uma metalinguagem: ele captura uma linguagem-objeto e instala sobre ela o seu próprio significado ideológico. Mas a metalinguagem também é empregada pelo intelectual que analisa o mito. O intelectual é um excluído: sua atitude crítica o condena a ficar à margem da linguagem da sociedade. Esse problema da exclusão aparecerá em toda a sua obra, mas será particularmente importante em Discours amoureux. Nos seminários de preparação do livro Fragmentos de um discurso amoroso, a metalinguagem é a responsável para exclusão do pathos amoroso. Para contornar o problema, o autor desenvolve um sofisticado aparelho teórico. Essa teoria desaparecerá no livro: o surgimento do pronome “eu” resolve, aparentemente, a questão. Ao fazê-lo, contudo, Barthes transfere a responsabilidade da metalinguagem para o seu leitor. Ao lermos as flutuações dos sentidos que ele confere à metalinguagem, percebemos que seus textos oferecem modos diferentes de ver as relações das metalinguagens com suas linguagens-objetos.
Resumo: As relações entre Leyla Perrone-Moisés e Roland Barthes passam por uma questão que reaparece constantemente nos escritos da autora: a fidelidade. O tema da fidelidade atinge, ao mesmo tempo, a crítica literária e a tradução, duas atividades praticadas por Perrone-Moisés. Ele está ligado a dois temas importantes nos textos barthesianos: a escritura e o neologismo. A escritura, além de ser, ela mesma, resultado de um processo de neologismo, é, por definição, produtora de novos sentidos. Para traduzir o termo francês, écriture, Perrone-Moisés propõe uma distinção entre “escritura” (o texto literário) e “escrita” (a escrita instrumental, próxima do texto intelectual). Essa distinção opera através de um tipo de neologismo particular, batizado de “paleologismo”, curiosa figura que se situa na fronteira entre fidelidade e infidelidade.
Paulo Ferraz realiza uma leitura atenta e minuciosa dos poemas de Migalha (2019), de André Luiz Pinto. O entulho da marca gráfica de dois anos inesquecíveis lampejará nos olhos do leitor do livro e da resenha: 2013 e 2016 marcam traumaticamente a história de um Brasil que parecia haver recebido alguma migalha de melhoria coletiva. Em resistência tonificada pelo talento, André Luiz Pinto conseguiu a proeza de fazer poesia de qualidade a partir da tristeza implantada pelo golpe.
Há um ano, um dos nossos colegas de pesquisas barthesianas, Wellington Furtado Ramos, contou-nos um episódio em que havia presenciado um certo desprezo quando uma pessoa o ouviu dizer que desenvolvia pesquisas sobre a obra de Roland Barthes. Ter-lhe-iam dito: "Mas isso cheira a mofo!". Dessa figura, para falar barthesianamente, surgiu a ideia deste dossiê, que lhes apresentamos agora com um conjunto de artigos que dialogam com os escritos de Barthes em suas múltiplas abordagens.Pudemos constatar que o fungo barthesiano continua crescendo em diferentes países. Recebemos contribuições de autores das mais diversas origens: no Brasil, na Argentina, em Portugal, na Espanha e na França, a obra de Barthes continua a proliferar. De onde viria esse diálogo profícuo senão exatamente do cheiro do mofo? Isso se explica com clareza, também barthesianamente, com uma metáfora ligada à comida, como tantas que ele criou. O mofo e o bolor são designações populares para o que, em micetologia, classifica-se como fungo. Como bom pharmakon, o fungo pode estar na causa de alergias e envenenamentos, mas pode também estar no pão nosso de cada dia, ou nos cogumelos que representam um suplemento de proteínas em muitos pratos. Guardemos a metáfora do pão, ou, antes, a metáfora do levain, o fermento que dá origem a esse alimento milenar e do qual ele tira o aroma que nos aviva a memória de uma forma ainda mais potente que as madeleines de Proust, se consideramos que seu personagem permaneceu longo tempo distante da mistura das madeleines com o chá de tília e, quando ele degustou essa composição novamente, toda a lembrança do que a rodeava no passado se lhe retornou vivamente. Ora, o simples cheiro do pão faz o mesmo trabalho, mesmo com sua presença em nosso cotidiano. Seja ao passar diante da padaria, seja em nossas mesas, sobretudo de manhã, o odor do pão sempre traz lembranças de outras mesas, de outros tempos.
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