OBJETIVO: A fim de simplificar a utilização das tabelas correspondentes aos fatores de qualidade no TRS-398 da International Atomic Energy Agency na calibração cruzada da câmara de placas paralelas por comparação com uma câmara cilíndrica calibrada em um feixe de elétrons de qualidade Q cross , é introduzida uma energia intermediária e arbitrária Q int na qual a câmara de placas paralelas deverá ser calibrada. O objetivo deste trabalho consiste em avaliar a escolha desta energia intermediária. MATERIAIS E MÉTODOS: Uma câmara de placas paralelas da Scanditronix, modelo NACP-02, e uma câmara PTW Markus foram calibradas em dois aceleradores lineares da Varian, Clinac 2100C e Clinac 23EX, nas energias de 16 e 20 MeV, respectivamente. Como câmara de referência foi utilizada uma câmara da Nuclear Enterprises, modelo 2571, previamente calibrada em termos de D w no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, para um feixe de 60 Co. RESULTADOS: Os fatores de calibração N D,w assim obtidos apresentam uma variação de 0,07%, o que pode ser considerado desprezível. Os valores de dose absorvida na água determinados no Clinac 2100C para uma Q int de 16 MeV apresentam uma variação de 0,04% para a menor energia (4 MeV) e de 2,6% para a maior energia (16 MeV), em relação ao protocolo TRS-381. Já para uma Q int de 20 MeV, as variações observadas são de 1,3% e 3,5%. Por outro lado, as doses determinadas no Clinac 23EX para as Q int de 16 MeV e de 20 MeV são de 1,9% e 2,0% e de 2,8% e 3,0%, respectivamente. CONCLUSÃO: A escolha de Q int não é tão crítica assim, principalmente quando não de dispõem de feixes de elétrons que tenham na prática um valor de R 50 exatamente igual a 7,5 g.cm ². Unitermos: Calibração de câmaras de placas paralelas; Dosimetria de feixe de elétrons; Protocolos de dosimetria.Implementation of TRS-398 protocol for electron beams at Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, Brazil. OBJECTIVE: In order to simplify the use of the corresponding tables for the quality factors of International Atomic Energy Agency TRS-398, the cross-calibration of parallel chambers is performed by comparison with a cylindrical chamber calibrated at a quality electron beam Q cross ; an intermediate and random energy Q int is introduced in which the parallel chamber will be calibrated. The objective of this study is to evaluate the selection of this intermediate energy. MATERIALS AND METHODS: A parallel chamber from Scanditronix, model NACP-02 and a PTW Markus chamber were calibrated in two linear accelerators from Varian, Clinac 2100C and Clinac 23EX, in the energies of 16 and 20 MeV respectively. A Nuclear Enterprises chamber, model 2571 previously calibrated in terms of D w at Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, São Paulo, Brazil, for a 60 Co beam was used as reference. RESULTS: The calibration factors N D,w thus obtained show a variation of 0.07% that can be considered negligible. The absorbed dose values in water determined at Clinac 2100C for a Q int of 16 MeV present a variation of 0.04% for the smallest ener...