Towards the critique of the centrality of labor: a contribution based on Lukács and PostoneResumo -O artigo procura contribuir para a autocrítica que a tradição marxista deve a si mesma. Baseia-se especialmente em Lukács e Postone para sustentar que a crítica das concepções correntes sobre trabalho, no interior da tradição, constitui um imperativo para tal autocrítica e, consequentemente, para a restauração da dimensão crítica da teoria marxiana. O argumento concentra-se na diferença entre trabalho como categoria fundante e central, e apresenta a seguinte estrutura: em primeiro lugar, oferece uma explanação sobre o caráter fundante do trabalho na gênese e desenvolvimento do ser social; em segundo, procura mostrar que a centralidade do trabalho é exclusiva do capitalismo e constitui a contradição básica desse sistema; em terceiro, defendendo que crítica de fato é crítica ontológica, sustenta que a crítica da economia política de Marx consiste na crítica do trabalho, ou da relação social armada pelo capital que unidimensionaliza os sujeitos como trabalhadores.
Resumo Poulantzas é um autor incontornável para o entendimento da categoria Estado moderno no campo marxista. Há em sua obra diferenças existentes, reconhecidas pelo próprio autor, entre suas primeiras produções teóricas e seu último trabalho – Estado, poder e socialismo. O presente artigo procura esboçar algumas críticas à figuração de mundo (ontologia) de Poulantzas, expostas na obra As classes sociais no capitalismo hoje. Para isso explora as possibilidades de diálogo entre este trabalho e a teoria crítica do valor, tomando por referência, em particular, a leitura da teoria do valor de Marx feita por Moishe Postone. O foco da crítica são as categorias capital, Estado, classes sociais e luta de classes.
O artigo examina criticamente as contribuições de Polanyi e Granovetter sobre as noções de enraizamento e inserção do indivíduo em redes sociais a partir da construção proposta por Lukács em “Para uma Ontologia do Ser Social”. Propõe-se a repensar e apontar pistas para uma explicação, adequada ao pensamento marxiano, das necessárias articulações entre as tomadas de decisão realizadas no aqui e agora, no cotidiano do mundo dos homens, e as legalidades e tendências mais gerais produzidas por elas e sentidas na totalidade do ser social.
Partindo da constatação de que Marx pouco tratou sobre a construção do metabolismo social que deve ser instituído a partir da superação da sociedade capitalista, e da constatação do fracasso das formações pós-capitalistas do capital (o chamado socialismo real), acreditamos ser tarefa importante resgatar contribuições de autores marxistas sobre o tema. Faremos uma tentativa de esboçar a posição de Lukács, expressa no ensaio “O Processo de Democratização” escrito em 1968, sobre a política e a democracia no quadro de luta pela auto-reforma do socialismo realmente existente. Nossa ideia é apontar a forma de apreensão dessas categorias e, ao mesmo tempo, sinalizar as dificuldades teóricas que o autor apresenta.
Este artigo parte do entendimento de que a construção teórica de Marx é uma ontologia materialista do ser social e que as categorias capital, Estado e política devem ser tratadas como categorias ontológicas. Baseia-se em Chasin e Coutinho, que põem no horizonte teórico e prático a superação da lógica do capital e da sua sociabilidade específica. Destaca, em Chasin, o desvelamento da ontonegatividade da política e a categoria de metapolítica. Posiciona-se criticamente em relação à leitura de Gramsci proposta por Coutinho, marcada por uma concepção ontopositiva da política e a algumas conclusões sobre o processo de transformação social e a perenidade da política. Por fim, assinala uma possível convergência entre as duas abordagens.
O artigo busca apresentar as categorias trabalho, objetivação e alienação tal como surgem em Para uma Ontologia do Ser Social. Esse conjunto constitui um dos principais núcleos estruturantes da obra de Lukács e é decisivo para a compreensão das categorias reificação e estranhamento. A ontologia materialista de Lukács opera com categorias universais/gerais; a análise de formações sociais específicas exige a intensificação categorial, o aumento de mediações especificadoras de cada categoria, de modo a aproximá-las das suas formas de aparecimento. A elucidação da centralidade do estranhamento autoproduzido pela reificação da mercadoria pressupõe adequada compreensão das referidas categorias.
O artigo, tem por objetivo demonstrar que Lukács, em sua Para uma Ontologia do Ser Social, situa a categoria trabalho (universal/geral) como fundante do Ser Social, categoria acionadora do processo de afastamento da barreira natural que associa-se ao processo de humanização do ser humano. A humanização do ser humano se revela como a substância específica do ser social. Substância que é continuidade na mudança, mas que também se modifica de acordo com cada formação social específica em que se apresenta e manifesta fenomenicamente. Decorre que a compreensão de substância oferecida por Lukács é totalmente distinta da apreensão idealista-religiosa predominante em amplos setores da tradição filosófica ocidental. Para Lukács, a possibilidade de se identificar a permanência, permite que se capture a coisa enquanto essência. Ainda assim, trata-se de uma essência em permanente devir e que se instaura a partir da protoforma do agir humano – o trabalho geral/universal. Por fim, o artigo expõe o tratamento dado por Lukács ao conceito de liberdade e como esse conceito de liberdade se associa ao de substância do ser social.
Resumo: O artigo realiza uma homenagem póstuma a Mario Duayer, cuja vida foi ceifada pela pandemia do COVID-19 no início do ano de 2021. Trata-se de um relato pessoal da convivência com Mario Duayer, do resgate de sua importância na formação de uma geração de pesquisadores, professores e lutadores sociais que têm no marxismo o horizonte de teoria e práxis. Oferece um resumo da produção teórica de Mario Duayer, enfatizando os últimos dez anos de sua produção e apresenta as linhas gerais de seu esforço último por aproximar teoricamente a Ontologia de Lukács e a reinterpretação do pensamento de Marx, proposta por Moishe Postone.
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