RESUMONo presente trabalho, que o autor considera exploratório, foram es tudadas as invertases presentes em folhas de cafeeiros das variedades Geisha (SH 1 SH 5 ) e Kent (SH 2 SH 5 ), inoculados com as raças III (ν 1 ν 5 ) e XXIV (ν 2 ν 4 ) de Hemileia vastatrix. Devido ao genótipo do material utilizado as reações são opostas, ou seja, o cafeeiro Kent é resistente à raça III e suscetível à raça XXIV e o Geisha o contrário. Em cada par de folhas, uma foi inoculada e outra mantida como controle e a determinação das invertases foi feita aos 6 e 16 dias após a inoculação.Os resultados preliminares obtidos mostraram que, independente da variedade de cafeeiro ou da raça de Hemileia vastatrix, nas combinações suscetíveis não houve alteração das invertases presentes, iguais às de plantas sadias, com o máximo de atividade em pH 4,5. Já nas combinações resistentes no 6.° dia após a inoculação houve o aparecimento de uma "invertase ácida pH 4,0", ausente tanto nas plantas sadias como nas combinações suscetíveis das mesmas variedades. O aparecimento da "invertase ácida pH 4,0" está relacionado com a diminuição do teor de sacarose nas folhas. Quanto ao significado desta "invertase ácida pH 4,0" na patogenese da ferrugem do cafeeiro, o autor aventa 3 hipóteses que poderiam ocorrer isolada ou simultaneamente.1. A sacarose seria desviada para a formação de defesa, tais como fenóis, fitoalexinas e outras.2. A sacarose seria desviada para outras partes da planta, num processo fisiológico semelhante ao das folhas em senectude.3. Haveria um aumento da respiração e metabolismo dos tecidos doentes, com o implícito consumo da energia armazenada.
INTRODUÇÃOA ferrugem do cafeeiro causada por Hemileia vastatrix, desde o seu aparecimento epidêmico em 1970, constitui o problema fitopatológico mais importante para o Brasil. Desde aquela data, tem sido a doença estudada e a que tem recebido a maior somatória de pesquisas em nosso meio. Neste contexto, a compreensão do processo da pato-* Entregue para publicação em 29/12/72.
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