O presente artigo tem como proposta uma primeira aproximação aos trabalhos do fotógrafo German Lorca tendo como contraponto a figura do flâneur e o conceito de imagem dialética presente no livro "Passagens", de Walter Benjamin. Pretende-se localizar a produção desses dois autores e identificar uma experiência de cidade em profundo processo de transformação que ambos acompanham e presenciam. Para esse fim toma como eixo de análise a relação perceptiva e sensível perante dois contextos distintos, por meio de revisão bibliográfica: o primeiro, de Walter Benjamin, em um processo crescente de industrialização e modernização no começo do século XX na cidade de Paris, passando por um momento de transformação e adaptação, e o segundo de German Lorca, diante de um forte processo de urbanização a partir do pós guerra em São Paulo.
RESUMOAtravés de um sistema lúdico composto por modelos tridimensionais dobráveis em papel, busca-se levar a crianças de nove a quatorze anos questionamentos acerca de patrimônio cultural, enfatizando o patrimônio arquitetônico. Antes de iniciarem-se as aplicações desse sistema em escolas, procurouse evidenciar e entender alguns pontos pertinentes às questões patrimoniais, como: as influências mercadológicas sobre o patrimônio arquitetônico; os efeitos do turismo nas relações entre indivíduos e bens tombados; os fatores que contribuem para apropriação cultural; e, as razões de mantê-los. Entende-se que o tombamento auxilie a formação de uma identidade coletiva, uma vez que integra a memória de certa comunidade. Contudo, também, se percebem as perdas causadas pela lógica de mercado, as ressignificações proporcionadas pelo turismo e os efeitos disso sobre os integrantes da comunidade. Nesse estudo, a fazenda Santa Maria do Monjolinho, patrimônio tombado em 2007, foi utilizada como base de construção dos modelos lúdicos e, a partir deles, pretende-se mostrar como as relações sociais, presentes na construção, imprimem-se no espaço físico, permitindo a discussão do tema pelas crianças, visando a melhor formação do cidadão
Ouro Preto, que se conhece hoje, foi adquirindo importância ao longo da história do Brasil. A imagem de cidade tomou proporções que extrapolam o âmbito histórico-social, tomando o cenário turístico como o grande enfoque. Dentro desse percurso há dois acontecimentos que merecem destaque aqui: ter sido o palco das discussões acerca do caráter nacional brasileiro, iniciado no começo do século XX com os modernistas, e também ter se evidenciado pela formação do turismo, consolidado a partir da segunda metade do século XX. Diante disso, a intenção do presente estudo foi analisar as mudanças ocorridas nas representações de Ouro Preto nesses dois momentos. Para o primeiro período, foram escolhidas as pinturas do artista Guignard e os desenhos doGuia de Ouro Preto de Manuel Bandeira, e, para o segundo, as fotografias presentes no Guia Turístico de 2014 e as fotografias compartilhadas por turistas na rede social Instagram com a hashtag Ouro Preto. Essa análise permitiu comparar o quanto a imagem de Ouro Preto se modificou, como foi e é intensa a incorporação da cidade como produto de mercado e o quanto as representações da cidade seguem as transformações histórico-políticas.
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