O pau-brasil (Caesalpinia echinata Lam.) tem grande valor cultural no Brasil e a sua propagação por sementes é dificultada pela rápida perda do poder germinativo delas. A estaquia pode ser usada para a produção de mudas de espécies florestais, principalmente quando existem algumas dificuldades de propagação por sementes. Este trabalho teve como objetivo caracterizar o efeito de concentrações e fontes de auxinas sobre o enraizamento de estacas de pau-brasil. Estacas com cerca de 12cm de comprimento e de um a dois pares de folhas foram tratadas na base com ácido indol butírico (AIB), ácido naftaleno acético (ANA) na forma líquida ou na forma de pó nas concentrações de 0, 1.250, 2.500, 5.000, 10.000mg L-1 ou mg Kg-1, respectivamente. As estacas foram transferidas para substrato contendo areia e mantidas sob nebulização (90-95% UR). Aos 120 dias de estaquia, foram avaliados a mortalidade, a retenção foliar, a formação de calo e a percentagem de estacas enraizadas. As estacas apresentaram índices de sobrevivência de até 70%. A formação de calos não foi relacionada com a concentração de auxinas utilizadas. O maior índice de enraizamento de estacas de pau-brasil, em torno de 16%, foi resgistrada com a utilização do ácido indolbutírico (AIB) e do ácido naftalenoacético (ANA) na concentração 2.500mg L-1. Os altos índices de sobrevivência e os baixos índices de enraizamento sugerem que as estacas devem permanecer por mais tempo sob nebulização, a fim de induzir o seu processo de enraizamento.
A importância da avaliação do banco de plântulas é a obtenção do levantamento de informações sobre a regeneração natural dos ecossistemas. O objetivo do estudo foi avaliar o banco de plântulas, identificando e analisando a participação das espécies envolvidas no processo de sucessão natural em um fragmento de mata ciliar no assentamento Sambambira, município de Santana do São Francisco, Sergipe. Foram distribuídas, em três ambientes distintos (fundo de vale, encosta e platô), 25 parcelas com dimensões de 20 m x 20 m, nas quais foram instaladas em seu interior sub-parcelas de 1 m². Todos os indivíduos encontrados nas sub-parcelas, com mínimo de 10 cm a no máximo de 100 cm de altura, foram identificados, quantificados e medidos. Foram analisados os parâmetros fitossociológicos e índices de diversidade de Shannon-Weaver (H’) e de equabilidade de Pielou (J’). Os grupos ecológicos foram identificados, bem como o efeito dos ambientes no banco de plântulas através da análise de variância. Foram amostrados 1.618 indivíduos, sendo encontradas 117 morfoespécies pertencentes a 24 famílias. A densidade média mensal foi de 16,18 plântulas m-². As espécies Ruellia sp. e Pavonia cancellata foram as mais abundantes no banco de plântulas. O fragmento apresentou elevada diversidade do estrato regenerante em processo inicial de sucessão secundária, indicando autorregenerarão da vegetação.
A pressão pelo uso do solo, principalmente para expansão agropecuária e ocupação urbana, têm sido os principais obstáculos à preservação das matas ciliares. Este trabalho foi realizado com o objetivo de analisar a composição florística e a estrutura fitossociológica do estrato arbustivo-arbóreo de um fragmento de mata ciliar na região do Baixo Rio São Francisco, no estado de Sergipe. O fragmento foi analisado pelo método de amostragem sistemática, utilizando-se 25 parcelas de 400m² (20m x 20m). Todos os indivíduos com circunferência à altura do peito (CAP) igual ou superior a 6cm foram registrados, tendo seus diâmetros mensurados e alturas estimadas. As amostras de material botânico foram levadas aos herbários da Universidade Federal de Sergipe (ASE) e do Instituto de Meio Ambiente de Alagoas (MAC), onde foram identificadas e depositadas em suas coleções. As famílias com maior número de espécies foram Fabaceae, Myrtaceae, Rubiaceae e Euphorbiaceae. A espécie com o maior índice de valor de importância (IVI), foi Croton jacobinensis Baill. destacando-se também em termos de dominância, freqüência e densidade. No estrato vertical médio observou-se 75,6% do total de indivíduos. O remanescente apresentou uma diversidade consideravelmente acima do esperado para ambientes ciliares em área domínio de Caatinga, tendo a condição edáfica diretamente associada a esse aspecto florístico e estrutural, principalmente para a vegetação encontrada na região de fundo de vale.
O Ingá [<em>Inga fagifolia</em> (L.) Willd. Ex Benth.] é uma árvore nativa da Mata Atlântica. Tem sido usado na restauração da mata ciliar. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos dos fitoreguladores ácido indolbutírico (AIB) ou ácido naftalenoacético (ANA) e do inibidor da ação do etileno tiossulfato de prata (STS) sobre o enraizamento de estacas de ingá. Foram montados três experimentos em delineamento fatorial. No primeiro foram utilizadas três concentrações de STS (0; 0,5; e 2,0 mM) e quatro de concentrações AIB (0; 12,50; 25 e 50 mM). No segundo a fonte de auxina foi trocada por ANA. Ambos feitos na época úmida. O terceiro experimento foi igual ao primeiro somente feito na época seca. Após tratadas, as estacas foram transferidas para uma câmara úmida, com 120 dias, foram avaliadas as porcentagens de estacas sobreviventes, formação de calo, enraizamento, número de raízes por estaca, comprimento de raízes e retenção foliar. Os resultados mostraram que o ácido indolbutírico (AIB) em todas as doses testadas inibiu o enraizamento. O ácido naftalenoacético (ANA) até a concentração de 50mM não teve efeito sobre o enraizamento. Doses acima de 0,5 mM de STS na ausência de auxina foram mais eficientes no enraizamento de estacas, talvez por aumentar a retenção foliar, o qual deve ser considerado como base para novos estudos envolvendo propagação por estaquia. A época mais favorável, para a estaquia correspondeu ao mês de maio (época chuvosa).
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