Objetivo Avaliar práticas de aleitamento materno de crianças menores de dois anos de idade com base em indicadores da Organização Mundial da Saúde. Métodos Estudo transversal realizado durante Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite 2012 em Guarapuava, Paraná. Os acompanhantes de 1.814 crianças responderam ao questionário estruturado sobre alimentação da criança nas últimas 24 horas. Foram avaliados nove indicadores de aleitamento materno da Organização Mundial da Saúde. As estimativas foram calculadas por pontos e intervalos de confiança de 95%. Resultados Das crianças avaliadas, 79,3% (IC95,0%=76,2-82,0) foram colocadas para mamar na primeira hora de vida. Apesar de 96,0% (IC95,0%=94,6-97,0) das crianças iniciarem a amamentação, a prevalência de aleitamento materno exclusivo em menores de 6 meses foi baixa: 36,0% (IC95,0%=30,7-41,7). A prevalência da continuidade do aleitamento materno com um e dois anos foi de 35,8% (IC95,0%=30,0-42,1) e 21,1% (IC95,0%=16,2-27,0) respectivamente. A duração mediana do aleitamento materno foi de 351,6 dias (IC95,0%=330,3-373,0), totalizando 11,7 meses. O aleitamento materno em idade apropriada, levando-se em conta a prevalência de aleita-mento materno exclusivo em menores de 6 meses, a alimentação complementar e a continuidade do aleitamento materno entre crianças de 6 a 23 meses, foi de 27,9% (IC95,0%=25,0-31,0), sendo influenciado pela baixa continuidade do aleitamento materno. A proporção de crianças que utilizaram mamadeira foi elevada: 78,3% (IC95,0%=75,8-80,6). Conclusão As práticas de aleitamento materno evidenciaram situação ruim ou muito ruim para a prática do aleitamento materno exclusivo em menores de seis meses, continuidade do aleitamento materno (um ano, dois anos e duração mediana do aleitamento materno), aleitamento materno em idade apropriada e uso da mamadeira.
This study's objectives were to identify the prevalence of breastfeeding in children younger than 12 months of age enrolled in the Family Health Strategy and identify cases of reported acute diarrhea, associating them with breastfeeding categories and factors that interfere in the practice of breastfeeding. This descriptive and cross-sectional study, based on statistical analysis, was conducted with 854 children living in a municipality in Northeastern Brazil. The prevalence of exclusive breastfeeding among children under six months of age was 32%. Exclusively breastfed children under the age of six months were less likely to experience diarrhea compared to mixed-breastfeeding children. Children using pacifiers, bottles or consuming water were less likely to be breastfed, while those consuming porridge were more likely to experience diarrhea. Strategies to promote, protect and support breastfeeding require continuous improvement, especially in regard to factors leading to early weaning, in order to achieve better indicators and improve prevention of acute diarrhea and promote child health. DESCRIPTORS:Child. Breastfeeding. Acute diarrhea. ALEITAMENTO MATERNO E DIARREIA AGUDA ENTRE CRIANÇASCADASTRADAS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA RESUMO: Os objetivos foram identificar a prevalência do aleitamento materno em crianças menores de 12 meses cadastradas na Estratégia Saúde da Família, e identificar os casos de diarreia aguda notificados associando aos tipos de aleitamento materno e aos fatores que interferem nessa prática. Estudo descritivo, transversal, realizado nos domicílios com 854 crianças, em município do Nordeste brasileiro, com análise estatística dos dados. A prevalência do aleitamento materno exclusivo entre menores de seis meses foi de 32%. Crianças menores de seis meses amamentadas exclusivamente tiveram menos chance de apresentar diarreia do que as em aleitamento misto. As que usaram chupeta, mamadeira e água tiveram menos chance de serem amamentadas. As que usaram mingau tiveram mais chance de ter diarreia. Estratégias de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno necessitam contínuo aprimoramento, especialmente nos fatores do desmame precoce, buscando melhores indicadores e maior impacto na prevenção contra diarreia aguda e promoção da saúde infantil. DESCRITORES:Criança. Aleitamento Materno. Diarreia aguda. AMAMANTAMIENTO MATERNO Y DIARREA AGUDA ENTRE NIÑOS REGISTRADOS EN LA ESTRATEGIA SALUD DE LA FAMILIA RESUMEN:Los objetivos fueron identificar la prevalencia del amamantamiento materno en menores de 12 meses registrados en la Estrategia Salud de la Familia, identificando los casos de diarrea aguda notificados asociándolos a los tipos de amamantamiento y a factores que interfieren esta práctica. Estudio descriptivo, transversal, realizado en domicilios con 854 niños, en municipio del Nordeste brasileño, con análisis estadístico de datos. La prevalencia del amamantamiento materno exclusivo entre menores de seis meses fue 32%. Niños menores de seis meses amamantados exclusivamente tuvi...
This study compares complementary feeding World Health Organization (WHO) indicators with those built in accordance with Brazilian recommendations (Ten Steps to Healthy Feeding). A cross-sectional study was carried out during the National Immunization Campaign against Poliomyelitis in Guarapuava-Paraná, Brazil, in 2012. Feeding data from 1,355 children aged 6-23 months were obtained through the 24 h diet recall. Based on five indicators, the proportion of adequacy was evaluated: introduction of solid, semi-solid, or soft foods; minimum dietary diversity; meal frequency; acceptable diet; and consumption of iron-rich foods. Complementary feeding showed adequacy higher than 85% in most WHO indicators, while review by the Ten Steps assessment method showed a less favorable circumstance and a high intake of unhealthy foods. WHO indicators may not reflect the complementary feeding conditions of children in countries with low malnutrition rates and an increased prevalence of overweight/obesity. The use of indicators according to the Ten Steps can be useful to identify problems and redirect actions aimed at promoting complementary feeding.
RESUMO: O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de aleitamento materno exclusivo entre profissionais de saúde em hospital credenciado como Amigo da Criança e as variáveis de risco para a não adesão ao aleitamento materno exclusivo. Estudo transversal realizado entre janeiro e junho de 2014, com EXCLUSIVE BREASTFEEDING PRACTICES AMONG HEALTH PROFESSIONALS OF A BABY FRIENDLY ACCREDITED HOSPITALABSTRACT: The present study aimed to identify the prevalence of exclusive breastfeeding among health professionals of a baby friendly accredited hospital and the risk variables for non-adherence to exclusive breastfeeding. Cross-sectional study carried out between January and June 2014, with 53 health professionals who had babies at the time they were working at a hospital in the state of Maranhão. Data was collected with the use of a structured questionnaire. Of these, 15 (2.83%) sustained exclusive breastfeeding for the first six months of their infants' lives. Breastfeeding was facilitated by the following factors: rooming-in facilities (n = 45/84.9%), support to breastfeeding provided by health professionals, friends or relatives (n = 43/81.1%). In turn, breastfeeding was complicated by the following factors: nipple trauma (n = 22/41.5%), pain (n = 20/37.7%), mastitis (n = 11/20.7%), formula milk, babies were given water (n = six /11.3%) and teas (n = four/7.5%). The fact that the lactating women performed their activities at a Baby Friendly Accredited Hospital did not have a positive influence on the duration of exclusive breastfeeding. DESCRIPTORS: Breastfeeding; prevalence; Health staff; Cross-sectional studies; Hospitals. El objetivo del estudio fue identificar la prevalencia de lactancia materna exclusiva entre profesionales de salud en hospital caracterizado como Amigo del Niño, y variables de riesgo de no adhesión a la lactancia materna exclusiva. Estudio transversal realizado entre enero y junio de 2014, con 53 profesionales de salud que tuvieron hijos mientras trabajaban en hospital del interior de Maranhão. Datos recolectados mediante instrumento estructurado. Practicaron lactancia materna exclusiva, hasta el sexto mes, 15 (28,3%) profesionales. Facilitaron la lactancia el alojamiento conjunto (n=45/ 84,9%), apoyo para amamantar de profesionales de salud, amigos o familiares (n=43/ 81,1%). Dificultaron la lactancia materna fisuras del pezón (n=22/ 41,5%), dolor (n=20/ 37,7%), mastitis (n=11/ 20,7%), ingesta de leches industrializadas (n=9 /17%), agua (n=6/ 11,3%) y tés (n=4/ 7,5%). El hecho de tratarse de profesionales trabajadoras en hospital "Amigo del Niño" no influyó positivamente en el tiempo de lactancia materna exclusiva.
Objective: To verify the type of milk consumed by children under one year of age and identify variables associated with non-maternal milk consumption (formula or cow milk). Methods: Cross-sectional study developed during the 2012 National Vaccination Campaign against Poliomyelitis. The companions of 935 children under one year of age answered a structured questionnaire on the child’s diet in the last 24 hours. The estimates are presented by points, with 95%CI. F-statistics were used to check for differences in the proportion of the types of milk consumption according to the children’s age range (<6 months and 6-11 months) and the association between non-maternal milk consumption and the study variables. Results: The consumption of maternal milk and child formula was higher for children under six months of age - corresponding to 82.8% (95%CI 78.5-86.3) and 70.4% (95%CI 61.4-78.0), respectively -, whereas the consumption of cow milk was higher among children between 6 and 11 months of age - 74.2% (95%CI 66.5-80.6) -, with differences in the consumption proportions (p<0.0001). The variables associated with higher cow milk consumption were lower maternal education (p<0.0001), the fact that the mother does not have a paid occupation (p=0.0015), child doctor’s appointment in the public health network (p<0.0001) and participation in the Child’s Milk Program (p<0.0001).Conclusions: The infants received cow’s milk early (before the first year of life), especially children from families with lower socioeconomic levels and children who took part in a specific social program for milk distribuition.
Objetivo: Verificar variáveis associadas ao consumo de alimentos não saudáveis por crianças de 6-23 meses. Métodos: Estudo transversal realizado durante Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite 2012 em Guarapuava-PR. Os acompanhantes de 1.355 crianças responderam ao questionário estruturado sobre alimentação da criança no dia anterior à entrevista. Com base no Passo 8 dos “Dez passos para uma alimentação saudável - Guia alimentar para crianças menores de dois anos”, investigou-se o consumo de 10 alimentos não saudáveis e adotou-se a estatística F para verificar diferenças na proporção de consumo dos alimentos segundo variáveis socioeconômicas. Resultados: Crianças filhas de mães adolescentes (≤19 anos), quando comparadas às de mães adultas (20 a 34 anos e ≥ 35 anos), apresentaram consumo significativamente maior de bolacha recheada (40,9%, 28,5% e 22,1%), salgadinhos de pacote (41,4%, 31,2% e 21,4%) e alimento adoçado (78%, 70% e 65,4%), respectivamente. Crianças filhas de mães de baixa escolaridade materna (< 8 anos), quando comparadas aos demais níveis de escolaridade (8-11 anos e > 11 anos), apresentaram maior consumo de salgadinhos de pacote (42%, 31,2% e 11,3%), guloseimas (60,2%, 53,9% e 37,4%) e alimento adoçado (75,2%, 70,6% e 61,4%). Entre crianças filhas de mães que frequentaram o serviço público de saúde comparadas com as que frequentaram o serviço privado/convênio, foi maior o consumo de bolacha recheada (32,7% vs 21,3%), de salgadinhos de pacote (37,2% vs 19,8%), de café (41,9% vs 28,1%) e de alimento adoçado (72,6% vs 66,2%), respectivamente. Em crianças moradoras da área rural, quando comparadas à urbana, evidenciou-se maior consumo de suco industrializado (49,5% vs 42,5%), salgadinhos de pacote (39,6% vs 30,4%), guloseimas (68,2% vs 52,1%), café (46,6% vs 36,2%) e alimento adoçado (80% vs 69,5%). Conclusão: O consumo de alimentos não saudáveis foi maior entre crianças de mães adolescentes, com baixa escolaridade, frequentadoras do serviço público de saúde e residentes da área rural.DOI: 10.12957/demetra.2019.43705
O objetivo do estudo foi avaliar a escolha alimentar de usuários universitários beneficiados com o auxílio alimentação. Foi realizado um estudo transversal em uma Unidade Produtora de Refeição de um restaurante universitário da cidade de Guarapuava-PR, com 175 participantes. Foi avaliado o Índice de Massa Corporal (IMC) auto referido e a avaliação da escolha alimentar deu-se por meio de um cartão e do registro fotográfico dos pratos, para verificar a presença dos grupos de alimentos no almoço de cinco dias. De acordo com o IMC, a maior parte dos participantes encontrava-se em estado de eutrofia. Em relação a escolha alimentar, 96,5% (n=169) dos participantes escolheram alimentos do grupo dos cereais, raízes e tubérculos nos cinco dias avaliados, 60,5% (n=106) escolheram alimentos do grupo das leguminosas (feijão) todos os dias da semana e 27,4% (n=48) dos participantes escolheram esse alimento 3 a 4 vezes na semana, já a escolha de alimentos do grupo das hortaliças durante cinco dias da semana foi de 90,2% (n=158), do grupo das carnes 84,5% (n=148) dos participantes escolheram alimentos desse grupo todos os dias da semana e 11,4% (n=20) de 3 a 4 vezes. Em relação ao grupo de doces e açúcares aqui representado pelas sobremesas, 72,5% (n=127) dos participantes não escolheram alimentos desse grupo e 20,5% (n=36) escolheram 1 a 2 vezes na semana. A maioria dos participantes realizam escolhas saudáveis, o que mostra que o auxílio alimentação tem sido um ponto positivo para a alimentação dos comensais beneficiados.
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