Entre os artigos odonto-médico-hospitalares, os tubulares merecem atenção especial para o reprocessamento pela dificuldade de limpeza de seu lúmen, que pode permitir acúmulo de matéria orgânica e formação de biofilme. Com o objetivo de avaliar a esterilidade dos tubos de látex submetidos ao processo de esterilização em autoclave a vapor em um hospital de Goiânia-GO foram analisados 30 tubos pós-reprocessamento. Realizaram-se cortes transversais de 01 cm em dois segmentos dos tubos: extremidade (E) e metade (M) que foram inoculados em caldo BHI (Brain Heart Infusion) e incubados a 37o C por 20 dias. Amostras com turvação visível foram semeadas em ágar sangue de carneiro para isolamento microbiano. As colônias desenvolvidas foram caracterizadas pela morfologia e por testes bioquímicos. Houve desenvolvimento microbiano em 05 (16,7%) amostras, sendo 03 (10%) segmentos M e 02 (6,7%) seguimentos E. Os microrganismos contaminantes foram identificados como bacilos Gram-positivo (BGP), estafilococos coagulase negativa e positiva (ECN, ECP). Múltiplos reprocessamentos desses artigos facilita o desgaste, colabamento, ressecamento, formação de rachaduras, o que favorece a retenção de microrganismos. De acordo com estes resultados, conclui-se que tubos de látex reprocessados em autoclave a vapor podem representar riscos aos usuários.
Este estudo objetivou avaliar a eficácia do uso da estufa de Pasteur, como equipamento esterilizante, em consultórios odontológicos, por meio de monitoramento biológico. Para esta avaliação foram consideradas: adequação no carregamento dos materiais no equipamento, tempo/temperatura utilizados e manutenção preventiva da estufa. Os dados foram coletados em 101 consultórios odontológicos, no Distrito Central de Goiânia-GO, Brasil, por meio de observação, entrevista e realização de teste com indicador biológico. Os resultados demonstraram não-padronização de algumas condutas preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS), para esterilização dos artigos em estufa, e positividade do teste biológico em 46 (45,5%) dos ciclos testados. Os fatores intervenientes, com maior significância, relativos às falhas da esterilização foram: ausência do termômetro acessório para o controle da temperatura dos ciclos e a inobservância das relações tempo/temperatura recomendados para o ciclo de esterilização, por calor seco.
RESUMOA pastilha de paraformaldeído é um agente esterilizante de artigos odonto-médico-hospitalares termossensíveis que tem sido questionado pelo seu alto poder carcinogênico e dificuldade de manutenção nos parâmetros definidos para sua utilização. Os objetivos deste estudo foram identificar e caracterizar a utilização do paraformaldeído na prática odontológica. O estudo foi realizado no município de Goiânia no período de julho de 2005 a abril de 2006. Utilizou-se para a coleta de dados, um questionário previamente validado, aplicado aos responsáveis operacionais pelo reprocessamento de artigos em consultórios odontológicos. Participaram do estudo 204 profissionais e destes, 17 (8,3%) faziam uso de pastilhas de paraformaldeído. Embora estes profissionais tivessem ao seu alcance pelo menos um método físico de esterilização, as pastilhas de paraformaldeído foram utilizadas para o reprocessamento de artigos críticos e semicríticos, dentre estes alguns termorresistentes e descartáveis. Alguns profissionais indicaram a utilização de pastilhas de paraformaldeído com a finalidade de conservação e/ou esterilização, mas o seu uso tornouse proibido pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2008. Descritores: Odontologia; Controle de infecções; Esterilização; Formaldeído.
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