Considerando a nova dinâmica geopolítica que se estabelece na América do Sul a partir dos anos 2000, o objetivo deste artigo é examinar a atuação do Brasil como potência regional a partir de evidências que corroboraram este papel e o exercício de sua liderança regional durante o Governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Verifica-se que, apesar de certas limitações e de não ser uma potência inconteste, sua estratégia, sua disposição de assumir uma posição como elo fortalecedor dos processos de integração, seu engajamento na cooperação regional e seus recursos materiais permitiram o exercício da liderança regional pelo país. Por fim, realiza-se uma breve reflexão sobre as condições para o mesmo exercício por parte do Brasil na gestão Dilma Rousseff (2011-2016), inferindo-se que houve traços de continuidade da política externa para a região, mas com menor pró-atividade brasileira em função de mudanças das condições domésticas e internacionais.
The Security Council, responsible for maintaining a peaceful global order, promotesthe discussion and implementation of conflict resolution measures that representthreats to international security. The present work demonstrates that the impassesand conflicts of interest between its permanent member countries in the case of theSyrian civil war resulted in the lack of direct action of the organ and its inability tosolve the humanitarian crisis in question.
Este paper tem como objetivo discutir as origens, o caráter de excepcionalidade e o protecionismo na agricultura no processo de integração regional da Europa. A partir da análise do contexto do imediato pós-Segunda Guerra Mundial, também são analisados quais foram os determinantes da Política Agrícola Comum (PAC), institucionalizada em 1962, e suas consequências até o início dos anos 1990. Apesar de icônica por diversas razões, demonstra-se que a PAC foi gestada e operacionalizada sem uma estrutura de governança política comunitária que possibilitasse a construção de uma verdadeira unidade de povos e Estados europeus. Como consequência disso, foram gerados grandes desequilíbrios produtivos e orçamentários, desvios de comércio, aprofundamento das desigualdades, controvérsias internas e conflitos de interesses. A despeito das incongruências, a estrutura protecionista da PAC foi conservada sem mudanças efetivamente estruturais até a década de 1990.
Este artigo identifica os principais fatores que impulsionam as inflexões práticas do regionalismo na América do Sul no início deste século e discute quais são os seus principais desdobramentos e inovações em relação a períodos anteriores. Além disso, busca analisar como essa nova realidade tem afetado a produção intelectual brasileira de Relações Internacionais (RI) sobre essa temática. Como hipóteses, o artigo sustenta que as mudanças observadas no regionalismo na América do Sul decorrem de fatores sistêmicos e internos à região, que não projeta mais o seu desenvolvimento no tradicional modelo europeu de integração regional aprofundada e que há preponderância das análises temáticas que privilegiam questões políticas do regionalismo em detrimento da agenda econômica. Além de ampla revisão do contexto e das principais inflexões práticas sobre o regionalismo sul-americano, a análise da produção intelectual brasileira contou com uma amostra de mais de 60 artigos científicos, que tratam da temática.
Desde a institucionalização da Organização Mundial do Comércio (OMC), em 1995, ficaram evidentes as suas importantes conquistas na promoção do livre comércio e na gestão das regulações de bases multilaterais do Sistema de Comércio Internacional. No entanto, desde a última rodada (ainda em curso) de negociações da OMC, iniciada em 2001, em Doha, também foram revelados diversos impasses, que provocaram lentidão no avanço de entendimentos, parcos resultados no processo decisório e falta de interesse político dos seus membros. Esses obstáculos deixaram um vácuo no Sistema de Comércio Internacional multilateral, que vem sendo preenchido pelos Acordos preferenciais de comércio (APCs), ou seja, a opção dos países, em sua maioria membros da OMC, por barganhar APCs, neste início de século está intrinsicamente ligada às dificuldades encontradas por eles em concluir acordos satisfatórios nas rodadas de negociações comerciais multilaterais. No início do século XXI, a ampliação do número de APCs se dá a um ritmo de crescimento inigualável em todas as regiões do mundo. A partir de uma discussão pautada na perspectiva da Economia Política Internacional, os objetivos deste trabalho são: a) discutir os principais impasses no Sistema de Comércio Internacional multilateral, tendo em vista as dificuldades enfrentadas pela OMC ao longo das últimas duas décadas; b) a partir da análise dos dados disponíveis, identificar as principais configurações e tendências da proliferação de APCs no mundo, processos que se que intensificam na década de 1990, mas que ganharam mais fôlego no início do século XXI e formam estruturas normativas distintas da OMC. Abstract: Since the institutionalization of the World Trade Organization (WTO), in 1995, its important achievements in the promotion of free trade and in the management of the regulations of multilateral bases of the International Trade System have been evident. However, since the last round (still in progress) of the WTO negotiations, which had begun in Doha in 2001, a number of deadlocks were also been revealed, which have resulted in slow progress in understandings, lack of results in the decision-making process and lack of political interest of its members. However, a number of deadlocks have also been revealed, which have led to slow progress in understanding, poor results in the decision-making process and lack of political interest of its members. These obstacles have left a vacuum in the multilateral International Trade System, which is being filled by the Preferential Trade Agreements (PTAs). This is the option of countries, mostly of them WTO members, to bargain PTAs, is intrinsically linked to the constraints they encountered in concluding satisfactory agreements in the rounds of multilateral trade negotiations. At the beginning of the 21st century, the expansion of the number of PTAs is at an unequaled growth rate in all regions of the world. From a discussion based on the perspective of International Political Economy, the objectives of this work are: a) to discuss the main deadlocks in the multilateral International Trade System in this century, given the difficulties faced by the WTO over the last two decades; b) from the analysis of the available data, to identify the main configurations and trends of the proliferation of PTAs in the world, processes that have been intensified since the 1990s, but have been a growing trend in the 21st century and taking different normative structures other than the WTO. Keywords: World Trade Organization (WTO); International Trade; Preferential Trade Agreements; International Trade System. Recebido em: maio/2018 Aprovado em: agosto/2018
ResumoEste artigo discute como associar o ensino do Comércio Internacional à preparação dos estudantes para o mercado de trabalho por meio de atividades em inteligência comercial. Assim, apresenta-se uma experiência bem-sucedida em nível de graduação que congrega o ensino de Comércio Internacional ao desenvolvimento de um projeto de pesquisa, cujo objetivo é apoiar a formulação de políticas públicas voltadas para a promoção do comércio do Estado do Rio de Janeiro. AbstractThis article discusses how to associate the teaching of the International Trade as a subject with the preparation of students for the labor market through activities of commercial intelligence. For this purpose, it presents a successful experience at undergraduate level that brings the teaching of International Trade to the development of a research project that supports the formulation of public policies focused on the promotion of trade of the State of Rio de Janeiro.
O objetivo deste artigo é examinar a atuação do Brasil como potência regional na América do Sul no século XXI por meio da análise de evidências que corroboraram (ou não) o exercício deste papel e de sua liderança na região. Verifica-se que durante o governo de Lula da Silva (2003-2010), apesar de o Brasil ter enfrentado certas limitações no desempenho deste papel e de não ser uma potência regional inconteste, mostrou vontade de assumir uma posição como elo fortalecedor dos processos de integração. Contudo, a atuação do país como potência regional encontrou obstáculos na gestão de Dilma Rousseff (2011-2016), que demonstrou menor ativismo em função de mudanças nas condições domésticas e internacionais. Por fim, analisa-se o cenário atual, em que o governo brasileiro é conduzido por Michel Temer (2016-2017), cujos esforços demonstram intenção de modificar a política externa para a América do Sul em relação aos governos petistas, desacelerando o ativismo do Brasil nos processos de integração regional. Neste sentido, infere-se que enquanto no governo Lula o Brasil posicionou-se como uma potência regional, no alvorecer desta década, a pró-atividade do país na região foi menor, demonstrando a falta de uma perspectiva de longo prazo no que tange à política regional.
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