A despeito da obrigatoriedade do ensino de Língua Inglesa (LI) na escolarização brasileira, o país figura entre aqueles com os menores níveis de domínio desta língua. Nesse sentido, compreender as dinâmicas que sustentam esse quadro pode propiciar o delineamento de estratégias e proposições didático-metodológicas para o enfrentamento desse cenário, sobretudo considerando que o aprendizado de uma língua estrangeira pode colaborar para o desenvolvimento dos indivíduos. Assim, a partir de revisão teórica e fundamentada na Teoria Histórico-Cultural, em diálogo com autores da Linguística Aplicada, este artigo objetiva discutir a questão do aprendizado de LI na escolarização brasileira e seu papel como elemento estruturante para o desenvolvimento humano. Deste modo, dentre os aspectos que tangenciam a problemática, evidenciam-se o ensino fragmentado e desvinculado da materialidade dos estudantes, as compreensões equivocadas sobre o ensino da LI na escola e as dificuldades de orientação didática dessa aprendizagem com foco em práticas sociais. O texto aponta, também, para contribuições de um trabalho pedagógico orientado pelo letramento científico, que vincula a apropriação do conhecimento ao uso social e intelectual. Assim, diante do debate proposto acerca do uso da LI pelos estudantes, espera-se contribuir para discussões que considerem as diversas frentes de impacto sob o aprendizado de línguas estrangeiras, principalmente no intuito de consolidar proposições de ensino e de aprendizagem que colaborem para o enfrentamento das desigualdades e para com o direito à escolarização plena dos sujeitos.
O texto analisa concepções de docentes de creches sobre o papel da Educação Infantil no desenvolvimento. A pesquisa foi realizada com nove professoras de duas escolas municipais de Porto Velho, Rondônia, que foram ouvidas por meio de entrevistas semiestruturadas. Os resultados, analisados à luz do referencial histórico-cultural, indicam que essas docentes concebem a Educação Infantil como base da escolarização e da preparação para o Ensino Fundamental, contudo, o processo de escolarização não é visto como promotor de aprendizagens fundamentais para o desenvolvimento. Conclui-se que são necessários investimentos na formação inicial e continuada de professores, com referenciais teóricos que forneçam subsídios para a atuação intencional e sistemática na atividade pedagógica.
Publicada em 2021, a obra organizada por Antonieta Megale tem seu fio condutor guiado pelo senso questionador de como se fazer uma Educação Bilíngue no Brasil, considerando as dimensões da realidade escolar, sobretudo, a partir do contexto de pandemia do Covid-19. Partindo de reflexões e experiências de docentes e pesquisadores do bilinguismo, além de prefácio e introdução, o livro conta com oito capítulos que abordam questões como a multiculturalidade, o ensino, a aprendizagem, a avaliação, a consciência fonológica dentre outros aspectos que perpassam a práxis bilingue na escola. Com farta problematização sobre o tema, mas, em igual medida, em proposições didáticas, Educação Bilíngue: como fazer? constitui-se como leitura imprescindível dentro de sua área, ao propor um debate localizado sob a conjuntura e especificidades latino-americana e brasileira, e guiado por um olhar crítico da Linguística Aplicada e da Educação sobre a aprendizagem de línguas estrangeiras na perspectiva do direito linguístico.
Resumo A resolução colaborativa de problemas (RCP) é uma competência de extrema relevância na sociedade moderna e uma das mais valorizadas neste século. O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) foi a primeira avaliação em larga escala a incluir a resolução de problemas em sua matriz de referência. Esse estudo preliminar se restringe aos resultados publicados nos relatórios oficiais do Programa. Aqui, especificamente, discutimos esses resultados à luz da literatura de referência, bem como descrevemos o conceito de RCP no Pisa 2015. O Brasil, dentre os 52 países participantes, ocupou a 51ª posição nas habilidades relacionadas à RCP, ficando no Nível 1 da escala de desempenho. O status socioeconômico, a variação nas escolas e o gênero relacionam-se, positivamente, com o desempenho brasileiro em RCP.
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