Objetivo: Conhecer a opinião dos estudantes do curso técnico em enfermagem em relação ao ensino remoto, observando os impactos da pandemia no cotidiano estudantil. Métodos: Estudo transversal descritivo conduzido com 50 discentes do curso técnico em enfermagem de uma instituição pública de ensino, situada no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. A opinião dos discentes sobre o ensino remoto no curso técnico em enfermagem foi avaliada por meio da aplicação de um questionário on-line com dezesseis perguntas objetivas. Os dados obtidos foram analisados por estatística descritiva com auxílio do software STATA. Resultados: Verificou-se uma aceitação da oferta de disciplinas na modalidade não presencial, dada a impossibilidade da realização de aulas presenciais. Contudo, foram levantadas dificuldades para a realização das mesmas como a ausência de equipamentos de informática e de internet de qualidade, além da dificuldade em acessar as plataformas das aulas. Conclusão: Conclui-se, que os entrevistados não têm intenção de evadir do curso e reconhecem que o importante papel que os profissionais de saúde estão tendo diante do cenário da COVID-19 influencia sua permanência no curso.
Objetivo: Avaliar o grau de independência dos idosos de uma instituição de longa permanência na realização das atividades básicas da vida diária e correlacionar com o seu perfil sócio-demográfico. Métodos: Trata-se de estudo transversal descritivo, com abordagem quantitativa. O estudo foi conduzido com 24 idosos, de ambos os sexos, residentes em uma instituição de longa permanência em uma cidade de Minas Gerais. Os dados foram coletados por aplicação de questionário sócio-demográfico e da escala de Katz, para a mensuração das Atividades Básicas de Vida Diária. Os dados obtidos foram analisados por estatística descritiva. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: A amostra, com idade entre 60 e 95 anos, apresentou maioria masculina (54,2%), solteira (71%), analfabeta (83%), que não possui filhos (71%). Na avaliação do desempenho das atividades básicas de vida diária, constatou-se que a maioria dos idosos era independente (54,2%), seguida dos dependentes (37,5%) e dos parcialmente dependentes (8,3%). Dentre os seis itens avaliados, apenas em vestir-se, a maioria foi dependente (54,2%). Conclusão: Conclui-se que na avaliação da capacidade funcional, os homens apresentaram dados de independência mais positivos que as mulheres, sendo que a maioria dos independentes possuía idade inferior a 80 anos.
Resumo O objetivo deste artigo é avaliar a prevalência e fatores associados aos Transtornos Mentais Comuns (TMC) em quilombolas residentes em comunidades rurais localizadas no norte de Minas Gerais, Brasil. Trata-se de estudo transversal realizado em 2019 a partir de entrevistas estruturadas e aplicação do Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). Foi conduzida regressão logística binária. A prevalência de TMC foi de 38,7%. Houve maior chance de TMC entre quilombolas do sexo feminino (OR: 2,69; IC95% 2,00-3,62), com 1 a 8 anos de estudo (OR: 1,70; IC95% 1,15-2,51), renda familiar entre 1 a 1,5 salário mínimo (OR: 2,51; IC95% 1,60-3,94); que sofreram discriminação em serviços de saúde (OR: 2,44; IC95% 1,44-4,13); com autorrelato de doença pulmonar (OR: 2,10; IC95% 1,25-3,54), doença cardíaca (OR: 1,58; IC95% 1,01-2,50) e insuficiência renal crônica (OR: 1,97; IC95% 1,08-3,94), e com autopercepção de saúde negativa (OR: 3,07; IC95% 2,31-4,07). A alta prevalência de TMC observada neste estudo demonstra a necessidade de políticas de atenção à saúde mental voltadas para as populações vulnerabilizadas, como as comunidades quilombolas, a fim de mitigar o sofrimento mental e favorecer uma atenção profissional contextualizada com as singularidades das condições de vida e saúde desse grupo populacional.
Resumo Objetivo: Analisar a prevalência de obesidade abdominal e fatores associados em comunidades quilombolas do norte de Minas Gerais, Brasil. Métodos: Estudo transversal realizado em 2019, a partir de entrevistas estruturadas e mensuração do perímetro da cintura; empregou-se regressão de Poisson, separada por sexo, para calcular razões de prevalência (RP) da obesidade abdominal ajustadas pelas variáveis independentes e intervalo de confiança de 95% (IC95%). Resultados: 56,6% (IC95% 50,9;62,0) dos quilombolas observados apresentaram obesidade abdominal; na análise ajustada, entre homens, verificou-se associação do desfecho com idade de ≥60 anos (60-69 anos: RP=2,52 - IC95% 1,33;4,75), não ser tabagista (RP=1,73 - IC95% 1,17;2,55) e referir hipertensão arterial (RP=1,42 - IC95% 1,11;1,80), enquanto, nas mulheres, associou-se com idade ≥50 anos (50-59 anos: RP=1,25 - IC95% 1,01;1,54), ex-tabagismo (RP=1,26 - IC95% 1,00;1,58), consumo de frango com pele (RP=1,09 - IC95% 1,00;1,19) e hipertensão (RP=1,22 - IC95% 1,11;1,36). Conclusão: Encontrou-se prevalência de obesidade abdominal alta entre os quilombolas, maior nos idosos, hipertensos, fumantes e ex-fumantes.
Resumo Objetivo investigar a autopercepção das condições bucais e fatores associados em idosos quilombolas rurais do norte de Minas Gerais, Brasil. Método Trata-se de um estudo analítico e transversal de base populacional, no qual utilizou-se uma amostragem por conglomerados com probabilidade proporcional ao tamanho (n=406). A coleta de dados envolveu a realização de entrevistas e exames clínicos odontológicos. A autopercepção das condições bucais foi avaliada por meio do GOHAI (Índice de Determinação da Saúde Bucal Geriátrica). Resultados A maioria dos idosos autopercebeu a saúde bucal como ótima (46,3%) ou regular (30,2%). Os pesquisados revelaram ainda precária saúde bucal e acesso restrito aos serviços odontológicos. Verificaram-se, na análise múltipla, associações significantes (p˂0,05) entre GOHAI regular e variáveis relativas ao local da última consulta e uso de prótese, bem como entre GOHAI ruim e variáveis atinentes ao estado conjugal, religião, motivo da última consulta, índice CPO-D e uso de prótese. Conclusão Parcela expressiva dos idosos quilombolas manifestou uma autoavaliação mais positiva da saúde bucal, divergente do quadro odontológico constatado profissionalmente. Constatou-se ainda que o relato de percepção ruim das condições bucais esteve fortemente associado a uma saúde bucal mais precária entre os investigados.
Objetivo: Identificar e analisar os principais instrumentos de avaliação da qualidade de vida em obesos. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cujo corpus do estudo foi formado pelas produções científicas que evidenciam os instrumentos especificamente construídos e/ou validados para medir a qualidade de vida em pacientes com obesidade. A busca orientou-se de acordo com PRISMA. Os bancos de dados PubMed, Web of Science e Scielo foram utilizados para identificar os estudos. Foram estabelecidos três blocos de termos de pesquisa: (a) população-alvo (obesidade); (b) construto de interesse (Qualidade de Vida); (c) tipo de instrumento (questionário). Resultados: Dos 5.020 artigos completos encontrados, 23 artigos descreveram desenvolvimento de um instrumento de medida e foram considerados elegíveis. Entre os estudos analisados, foram encontrados onze instrumentos específicos para a mensuração da qualidade de vida em obesidade. Ressalta-se que não foi encontrado questionário específico para obesidade desenvolvido no Brasil. Considerações finais: A utilização de um instrumento específico para a avaliação do impacto da obesidade na qualidade de vida pode ser um importante indicador de saúde, podendo subsidiar políticas públicas que almejem à melhoria da qualidade de vida.
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