Este texto apresenta resultados parciais de uma pesquisa em andamento sobre as possibilidades e os limites de uma história comparada do neoconcretismo brasileiro e do minimalismo norte-americano, fundamentada na análise de obras artísticas e teóricas ligadas à gênese e ao desenvolvimento dos dois movimentos, bem como na produção historiográfica que vem buscando, nos últimos anos, articular algumas de suas aproximações. Como toda proposta comparativista, esta também investe no valor de uma iluminação recíproca, ou seja, pressupõe o interesse daquilo que o estudo de um objeto pode provocar sobre o estudo de outro, o que implica admitirmos analogias, semelhanças e diferenças entre ambos.
A partir dos acontecimentos envolvendo a escultura do Borba Gato (de Santo Amaro) em 2021, procura-se pensar tanto a especificidade quanto a complexidade das obras no espaço público da cidade contemporânea, suas relações com a História da Arte, a sociedade, e a multiplicação, dentro e fora dos circuitos artísticos mais restritos.
O texto elabora uma aproximação conceitual entre dois usos da teoria da Gestalt na arte: um pelo crítico Mário Pedrosa no Brasil, outro pelo artista Robert Morris nos Estados Unidos. Através de intervenções estratégicas em seus distintos ambientes e circuitos, ambos afirmam o antagonismo entre forma artística e forma gestáltica.
No campo rarefeito da historiografia artística no Brasil, cabe aos artefatos e práticas indígenas o lugar de capítulo inicial, como frutos de culturas sem história, obliterados pelo advento da arte brasileira. Nos capítulos subsequentes, o indígena restringe-se a tema figurativo, objeto da melancolia acadêmica ou do essencialismo modernista, e nunca se constitui como agente capaz de produzir materialidades, processos e sistemas artísticos determinantes para a arte nacional. Ressaltamos a exceção de Mário Pedrosa, que nos anos 1960 e em intenso contato com a produção contemporânea, propôs a compreensão de condições e processos artísticos locais a partir da arte indígena.
Em 1961, convidado a participar de uma publicação coletiva em homenagem a John Cage, o artista Robert Morris escreveu um texto intitulado Blank Form. Breve, enigmático e sarcástico, esse texto revela, porém, a referência a um terceiro artista, Marcel Duchamp, central para a conformação da cena vanguardista nova-iorquina em que se deram as trocas entre Morris e Cage. Neste artigo pretendemos refletir sobre o conceito de blank form introduzido por Morris, buscando entendê-lo do ponto de vista de uma recepção específica da obra de Duchamp, através do qual Morris deflagrava o que se constituiria a seguir numa estética minimalista. Propomo-nos a pensar blank form como um conceito operativo de uma certa leitura minimalista de Duchamp, ligada à construção histórica deste artista pela geração dos anos 1960 nos Estados Unidos. Ao apresentar e comentar tal conceito – que poderíamos traduzir livremente por forma vazia, branca, neutra ou inexpressiva –, Morris sugere questões que nos parecem cruciais para a identificação do que se convencionou chamar de Duchamp effect na arte contemporânea, especialmente o particular viés cético, até solipsista, enfatizado sob as óticas minimal e pop. Assim, podemos indicar no texto de Morris um desvio da leitura cageana de Duchamp, vigente à época sobretudo através dos happenings e event scores de artistas como Allan Kaprow e George Maciunas, e a produção de uma outra leitura, um novo registro para duas importantes premissas duchampianas: a indiferença do artista e a arte-como-recepção. Esse novo registro da blank form nos ajudaria a compreender a emergência de obras tão distintas quanto as de Robert Morris e Andy Warhol.
A experiência migratória talvez seja um dos traços mais marcantes do mundo contemporâneo. É certo que migrar implica rompimentos dolorosos em vínculos afetivos, sociais e linguísticos, mas também costuma deflagrar a renegociação desses vínculos, experiências de borda que esgarçam limites identitários e implicam redesenhos existenciais. Abordamos aqui o trabalho da artista brasileira Iracema Barbosa, que viveu na França por 10 anos e elaborou de diversas maneiras a experiência da migração, portanto da diferença, do encontro e do desencontro. Consideramos sua produção a partir de três trabalhos: a instalação Ici ou ailleurs (2004-2007), a instalação Outro Canto (2013) e o trabalho sobre papel A Incrível Viagem de Shackleton (2016-2017).
A preocupação neste artigo, será apresentar um esboço, uma discussão, sobre a influência da globalização no mundo, no Brasil e de certa Forma na Educação Física, enfatizando pontos concernentes à sua intervenção social, inclusive no mercado atua de nossa profissão.The preocupation in this leading, whe to present an discusion at the influence of globalizacion of wolrd, to Brazil and of in a way, in breading physical, entevention social, inclusively the market of work present of our profession.
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