Neste artigo, são apresentados resultados de um estudo sobre a força de trabalho que atua nas atividades STEM (acrônimo para Science, Technology, Engineering and Mathematics) a partir de uma correspondência entre a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e as definições internacionais das áreas STEM, principalmente os critérios adotados pelo órgão americano de estatística Economics and Statistics Administration (ESA). O principal objetivo é averiguar o perfil de gênero e de salário desses trabalhadores para identificar características já observadas em outros países. Primeiramente se observou que o trabalho STEM não se distribui homogeneamente entre as regiões brasileiras. O Distrito Federal e mais oito estados respondem por mais de 81% dos trabalhadores STEM do país, estando seis desses estados nas regiões Sul e Sudeste. Em termos nacionais, os postos de trabalho nas atividades STEM representam 1,19% do total de empregos no Brasil, em 2017. No estado de Santa Catarina, 0,87% dos empregos formais são em atividades STEM e esses empregos representam 3,41% do total nacional. O perfil de gênero dos trabalhadores em atividades STEM em Santa Catarina se alinha ao que tem sido observado internacionalmente, sendo as mulheres apenas 19% desses trabalhadores. Em termos de salários, o prêmio salarial STEM aparece em Santa Catarina, mas com tendência de redução ao longo do período 2010 e 2017.
Resumo: Este artigo fornece uma análise do perfil de salário, produtividade e gênero da força de trabalho nas indústrias de transformação e de informação e comunicação, nos polos tecnológicos da região sul brasileira. Aos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), de 2011, é aplicada uma metodologia baseada na economia da discriminação e método de decomposição de Oaxaca. Os resultados da análise econométrica sugerem que existe discriminação salarial feminina na indústria enfocada, nos três estados da região, sendo o Rio Grande do Sul o estado com maior desvantagem salarial feminina e o Paraná, com a menor desvantagem. Além disso, o recorte ocupacional, que separa os analistas de TI de um conjunto mais amplo de 726 ocupações, evidencia que a média salarial dos analistas de TI é maior do que a média das demais ocupações, indicando a vantagem salarial da carreira de analista de TI. Também é evidenciado que os empregos de analistas de TI constituem um território predominantemente masculino, uma vez que a participação feminina é de apenas 22%, na média da região sul. Porém, a vantagem salarial dos analistas de TI é maior para as mulheres do que para os homens, o que implica um menor grau de discriminação feminina para as analistas de TI. Esse resultado, encontrado nos três estados da região sul, se alinha à evidência reportada na literatura para os países da OCDE e é inédito em termos da literatura para a economia brasileira.Palavras-chave: Discriminação salarial feminina. Polos tecnológicos. Prêmio salarial TI.Abstract: In this paper we provide an analysis of the wage, productivity and gender profile of the labor force in the manufacturing and information-communication industries, located at the technology clusters in the southern Brazilian states. A methodology based on the economics of discrimination and Oaxaca decomposition is applied to data drawn from RAIS (a statistic office of the Brazilian Labor Office) for the year 2011. The results of the econometric analysis point out the existence of female wage discrimination, being the Rio Grande do Sul the state where women have the
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Este artigo apresenta resultados sobre a distribuição espacial e de gênero dos cursos de graduação ligados à ciência e tecnologia em Santa Catarina. Especificamente, enfoca-se na no perfil de gênero dos cursos de formação de aplicação direta de ciência e tecnologia agrupados acrônimo STEM (Science, Technology, Engeneering and Mathematics), tanto em termos de qualificação em nível superior quanto em termos de força de trabalho. A metodologia consiste em análise descritiva de dados primários e secundários sobre ensino universitário e mercado de trabalho. Utilizam-se dados primários de universidades catarinenses e dados secundários do censo universitário do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), para o ano de 2015, quantificando os cursos de graduação em termos de pessoal entrante e pessoal formado em 2015.
Esse artigo analisa o impacto de política fiscal e de seguridade social em presença de bônus demográfico num modelo de equilíbrio geral dinâmico com agentes se comportando de acordo com a hipótese do ciclo da vida. Permitindo uma estrutura demográfica não estacionária, sob a hipótese do ciclo da vida, o modelo teórico captura o impacto da política fiscal e de seguridade social sobre a distribuição de renda durante a fase de bônus demográfico. O método de análise se baseia em técnicas de economia computacional para simular choques demográficos a partir do equilíbrio estacionário do modelo. O crescimento provisório da parcela da população correspondente aos trabalhadores causa aumento da poupança e redução da taxa de juros. Já o estoque de capital segue uma trajetória em forma de U invertido, tal como sugerido na literatura. A políticas que elevam o grau de contribuição da seguridade social são ferramentas de estímulo ao consumo e à redistribuição da renda em favor dos aposentados. A principal contribuição do artigo é fornecer uma análise das implicações macroeconômicas do bônus demográfico a partir de um modelo teórico com fundamentos microeconômicos para as decisões de consumo e acumulação de ativos.
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