RESUMO Objetivo: analisar o perfil epidemiológico e ocupacional dos trabalhadores da saúde notificados para COVID-19 no Brasil, nos anos de 2020 e 2021. Método: trata-se de um estudo ecológico, que utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), dos anos de 2020 e 2021. Analisaram-se variáveis sociodemográficas e ocupacionais. Foram calculadas as taxas de prevalência de COVID-19 em trabalhadores da saúde, modeladas por Regressão de Poisson no software Stata 14. Resultados: em 2020 e 2021, 35.545 trabalhadores da saúde foram acometidos pela COVID-19. Observou-se maior prevalência da doença no sexo feminino (79,0%), entre 30 e 49 anos (65,5%) e em pretos e pardos (41,4%). Foram observadas maiores taxas em mulheres (793,9/100.000 em 2020), trabalhadores jovens (839,9/100.000 em 2020), não brancos (1.497,4/100.000 em 2020) e no Norte do Brasil, com 1.688,1 casos a cada 100.000 trabalhadores em 2020. Profissionais da enfermagem, médicos e fisioterapeutas apresentaram as maiores taxas da doença em 2020 e 2021. Conclusão: observou-se diferença entre os sexos, bem como iniquidades sociais, raciais e ocupacionais que traduzem a necessidade de ampliar medidas de vigilância em saúde, a fim de garantir maior prevenção, proteção e assistência aos trabalhadores de saúde.
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